Diego Ferrari
Que o verdadeiramente simples nos surpreenda. Que seja o nosso guia. Com singelos e bons sentimentos. Eternos. Caminhando com a leveza e a pureza da semente do Todo.
Queria saber quando fosse o último abraço, para ter destemor de expressar as palavras certas para a eternidade.
Mas o enigma da eternidade, então, se encarregou de fazer de cada abraço o último para que ele fosse eterno.
Muitas vezes, de fato, nos falta coragem. Mas ela chega quando começamos a nutrir outros sentimentos presentes em nosso coração, como esperança, amor e o querer.
Cada um sempre vai oferecer o que tem. Não adianta condicionarmos às pessoas o recebimento de algo que nós mesmos precisamos nos doar.
A humildade é um dos degraus mais altos na escada de conquistas da alma. E ela começa com um 'bom dia', um sorriso, um gesto de estar fazendo para o outro como se fizesse a si mesmo.
O próprio tempo é a nossa fé, os nossos sonhos e amores. Pois o uso que damos a ele é todo o sopro da nossa alma exatamente no sentido que almejamos.
Gastá-lo com sabedoria é a garantia do bem-estar integral do ser. Seja de sorrisos, de sonhos, de amor...
Nossa alma é um jardim. Cultivamos dia sim e o outro também. Levamos para todos os cantos nossas sementes e nossas flores. E renascemos na terra fértil de Deus: em nós.
Se fala tanto em plantar, que esquecemos da importância de cultivar. Nossa terra pode já ter mais sementes do que seria necessário, mas ainda queremos plantar para ter o resultado do outro que já cultiva há décadas.
Passamos boa parte da existência terrena tentando vencer um duelo ilusório, colocando como opositores tudo que impede alcançarmos ao nosso tempo. E nunca existiu adversário. Só era necessário disciplina e vontade no amadurecer do tempo.
Já fiz a mala de todo conhecimento do ano que termina. Gentilmente despedi-me e acenei, em sinal de gratidão, por ele ter feito a travessia do meu espírito para uma nova era. A fé, a esperança e o amor se mantém.
O silêncio pode ser a maior ação transformadora do eu. Os despertares são singulares e transitórios, e um dos fatores para a conquista do ser em plenitude passa pela capacidade de se ouvir.
Os seus medos são ilusórios.
Chega um momento que o medo se torna ilusório, e a alma só irradia aceitação e amor, sabedoria de que fez o seu melhor, buscando só conquistas imateriais em uma competição apenas consigo mesma.
Não há batalhas externas se já vencemos todas as interiores.
A apatia diante dos nossos sonhos é o peso que nos damos e dizemos que é culpa dos outros.
O esforço diário para mais um passo é partícula do nosso próprio fluído espiritual.
Temos perfeitamente o tempo necessário para cumprir a nossa missão aqui na Terra. Até sobre, porque o ensinamento virá após sucessivos erros. O que nos cabe é disciplina e persistência
O mundo está realmente de passagem para tempos melhores. Mas não vamos perceber isso se não nos transformarmos. O externo vai ser sempre reflexo do nosso interior.
Estamos aqui, justamente, para viver isso e muito mais.
Nossos bons pensamentos desarmam toda ansiedade causada pelo medo presente em nossa alma. Viver é renovar.
Viver é curar-se através do novo. Com outros olhos e outro coração.
O sentimento de que poderia ter sido diferente é um dos mais nocivos para o equilíbrio do nosso ser ao longo dos tempos.
Tenhamos em nossos corações espirituais que nada é por acaso.
Tudo tem um motivo de ser justamente como ajuste na nossa jornada evolutiva.
Hoje resolvi me vestir com meus melhores sentimentos, compreendendo a mente como alguém que precisa ser abraçada e não julgada pela minha essência espiritual.
O silêncio nos convida a ter espaço mental, ou melhor, nos revela que temos um espaço interno.
A prática do silêncio não é uma peculiaridade de sábios ou introspectivos.
É um estado essencial de reequilíbrio da alma e de aceitação de que nem sempre existe algo a ser enunciado.
Só evolui quem tem disposição para aprender.
O maior erro para a nossa evolução é não aceitar o acontecimento, que não remete a concordar. Remete a compreender como aquilo foi necessário para a transformação integral do ser.
Não há batalhas, apenas aprendizados e progresso.
A autocobrança ceifa as nossas melhores ideias, que submerge quando estamos apenas velejando e não querendo pescar.
Há infinitos momentos, mas todos eles existem ao seu tempo.
Por apenas um minuto... esvazie a mente de todos os pensamentos e beba desse silêncio integral do ser, a verdadeira dose da essência de quem somos.
Além de recomeçar é preciso continuar.
Não há grandeza sem antes reconhecermos a nossa pequenez, compreendendo a humildade como energia salutar da Criação.
O verdadeiro, singelo e sereno sopro de Deus em nosso espírito.
O agora sempre será um ponto de recomeço.
Quando começamos a sentir incômodo com a energia do externo, o reequilíbrio ocorre ao retornarmos ao nosso interior. Pois é de lá que estabelecemos e sobejamos as melhores sintonias.
Sempre haverá uma maneira prudente de se viver diante de uma situação ainda sem solução: com o amor incondicional que nosso ser nunca deveria parar de pulsar.
O que realmente elegemos como mais importante?
A ruptura de conceitos e crenças arraigados em nossa alma traz a libertação da sabedoria.
O sofrimento deixa de ser sentido para ser observado, como uma dor que não mais machuca e cumpre o seu real papel: ensinar.
Não saber a hora nos convida à serenidade contínua. De que qualquer hora viveremos outra condição. Sublime, mais sutil, com a certeza que não há fronteiras para o amor.