Diário de Anne Frank
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E apesar de rir e fingir que não me importo, eu me importo, sim.
O Diário de Anne Frank
Anne Frank, Diary Of A Young Girl. 2001. Pág. 110
Nota: Tradução de um trecho do livro, na entrada do dia 30 de Janeiro de 1943.
...Mais “Meus próprios pensamentos me dão pesadelos.”
Mas ninguém se incomodou em perguntar como eu me sentia.
Não consigo confiar em alguém que não me conte muita coisa sobre si próprio, e como sei muito pouco sobre ele, não consigo me sentir mais íntima.
Minha vida aqui ficou melhor, muito melhor. Deus não me abandonou, e nunca abandonará.
Comecei a me sentir abandonada. Estou rodeada por um vazio muito grande. Eu não costumava pensar muito nele, já que tinha a mente cheia de meus amigos e de diversão. Agora penso sobre coisas infelizes ou sobre mim mesma.
20 de Junho de 1942
Tenho vontade de escrever, e tenho uma necessidade ainda maior de tirar todo o tipo de coisas de dentro do meu peito.
A gente poder estar sozinha mesmo quando é amada por muitas pessoas, quando não é o “único amor” de ninguém.
Ideias, sonhos e esperanças crescem em nós, e depois são esmagados pela dura realidade.
Vai e procura os campos, a natureza e o sol: vai, procura a felicidade em ti e em Deus. Pensa no que é belo e que se realiza em ti e à tua volta, sempre e sempre de novo.
A monotonia estava me matando.
Eles criticam tudo a meu respeito – e quero dizer tudo mesmo: meu comportamento, minha personalidade, meus modos; cada centímetro meu, da cabeça aos pés e dos pés a cabeça.
Se ao menos eu tivesse alguém que levasse meus sentimentos á sério.
Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.
O Diário de Anne Frank
Anne Frank, Diary Of A Young Girl. 2001. Pág. 110
Nota: Tradução de um trecho do livro, na entrada do dia 30 de Janeiro de 1943.
...Mais Bem no fundo, os jovens são mais solitários do que os adultos.
Tento rir por que não quero que vejam meus problemas.
Essa existência cansativa começa a transformar todos nós em pessoas desagradáveis.
Olhei para o céu e confiei em Deus.
Eu era maluca pelo seu sorriso, que o fazia parecer moleque e malandro.
Estou sempre precisando de consolo, costumo me sentir fraca e com frequência deixo de atender às minhas expectativas. Sei disso, e todos os dias resolvo ser melhor.
Estamos todos vivos, mas não sabemos porquê ou para quê; estamos procurando a felicidade.
Eu o amava tanto que não queria enfrentar a verdade.
Ninguém quer ver o perigo até que ele aparece cara a cara.
Vou tentar ser forte de novo, e se eu for paciente, o restante virá.
Por que deveríamos ficar separados se nos amamos?