Deyvyson Brasilino
Não sei
Hoje acordei em outro dia
Não sei se chorava ou se sorria
Não sei se era felicidade ou melancolia
Uma grande confusão em mim eu sentia
Numa manhã cinzenta e sombria
Não sei se era verdade ou fantasia
Não sei se era medo ou agonia
Não sei se sonhava ou se vivia
Um pesadelo no meu dia
Numa tarde amarga e vazia
Não sei se era ilusão ou solidão
Que prevalecia...
Não sei se era engano ou mágoa
Que me entorpecia...
Um simples final de tarde sem harmonia
Numa noite sem luar
No imenso mar da escuridão
Vejo os meus pensamentos à valejar
Não sei se sigo em frente ou se paro de remar
Não sei se é minha alma ou meu corpo à navegar
Não sei se esse meu dia vai acabar ou se eternizar
E nesse imenso mar obscuro
Não sei onde vou chegar
Não sei
Sou horrível por dentro e por fora
Inimigo da minha própria memória
Vivendo o que eu não sei o que é
Sendo o que for que vier
Chuva em dia de sol eu sou
Posso ser a poeira das estrelas
Uma ponte sobre o abismo
Posso ser também
Posso ser o "quem sou eu?"
Quem sou eu?
Caos de mim eu sou
Dias sem belos dias eu sou
Tentando transformar o tédio em vinho
Visando-me fico
Flutuo como o nada sobre o nada
Sendo o que sou, sou o "me pertenço"
Também sou aquele tal de "desconhecido"
Estrela brilhando na madrugada
Posso ser ou não ser
Porque de ser em ser eu vou sendo
Sendo aquilo que não sei
Sou em meu ser
Sem querer ser outro ser
Porque à mim me tenho
E serei isso até o fim...
Que fim?
Fim de ser o único pilar de mim
Sendo o que sou, vou ser sempre...
E exageradamente o que não sei quem sou...
Me afogando na alma do meu inferno vazio
Nasçendo serei nada
Vivendo serei o ser de mim
Morrendo eternamente
Vou me transformar
Em fim
Olhos negros
Teus olhos são tão negros
Quanto o abismo dos mares
Mais profundos
Mais negros que o ar que eu respiro
Nos meus dias mais sombrios
Teus olhos são buracos negros
E neles quero me perder
Teus olhos é o aviso
Me dizendo que a noite está chegando
Olhos que trazem emoção, mistério e paixão...
À me perpetuar
Olhos negros de infinitos vales
Necessito deles à cada dia
Porque sem eles
Sei que viverei uma eterna agonia
Noite linda, céu estrelado
E a lua, a lua nunca deixou de ser linda.
Quero mais o quer?!
Respiro o vento, beijo as nuvens
Me sinto sozinho, mas sozinho não estou
A noite me acompanha de mãos dadas
Quero mais o quer?!
Faço do teu sorriso bobo
O meu aconchego...
Às vezes baby
Acho que estou perdendo tempo
Se for pra perder tempo
Quero perder
Todo o tempo do mundo
Ao teu lado
O verdadeiro motivo
De vivermos
Está dentro de nós
Bem lá no fundo
Nas entranhas
Estamos nas entranhas
No fundo da gente
Somos isso
Loucura de te amar
Deixa eu te amar
Você me ama
Eu lhe amo
E assim, juntinhos
Vamos nos amando
Viver sozinho não tem graça
Viver ao teu lado faz sentido
Se distante de ti estou
Perco meu fôlego
Sem você
Vou morrendo aos poucos
Vem pra mim baby
Estás sempre em meus pensamentos
Dia após dia
Principalmente quando ouço
The Smiths
Incontrolável eu fico
E você me vem à cabeça
Venha! Pegue na minha mão
Deixa eu te amar
Você faz sentido na loucura
Loucura essa...
De te amar
Antes louco de amor por você
Do que um louco solitário
À morrer
Queria poder ser engolido pelo universo
Me envolver na imensidão
Mergulhar nas profundezas do desconhecido
Voar sem medo de cair
Saltar sobre os planetas
Embriagar-me com as estrelas
Dançar com a lua
Quem sabe até casar com ela
Quero ter a felicidade no meu olhar
Viajar à mil anos-luz da tristeza
Jogar os maus pensamentos
Num buraco negro
Bailar na cara da solidão
Descobrir o lado oculto da fantasia
Fugir da sociedade onde eu vivia
Na qual nunca existiu alegria
Mergulhando no infinito
Irei explorar todas as galáxias
Até não sobrar mais nenhuma
Morar em saturno eu vou
Ter meu próprio disco voador
Viver intensamente de perto
O calor do sol
Mastigar cometas
Bater um papo com alienígenas em marte
Esquecer que a terra existe
Sentindo o gosto do universo
Vou vivendo a minha fantasia
Construindo a minha felicidade
Na gravidade da minha poesia