Dayse Sene
Criaram conflitos...em suas almas.
E hoje, eles desconhecem a paz.
Quando tudo começou, o indio, era quem mais sabia viver a vida compartilhando com a natureza. Por ela zelando, aprendendo.
Dela tirando seu sustento.
Roubaram a paz, do coração de quem apenas queria viver, despido de ambição.
..se não tivessem vestido os índios!
Guardaríamos ainda hoje, a pureza do corpo e da alma, através da nossa nudez.
Meus Jardins e Meus Desertos
E foram tantas
as flores que eu colhi,
ao longo da vida!
Plantei em terra firme.
Reguei com meu amor.
Suores e sonhos.
Floresceram.
Sorrimos.
Cada amor foi um
jardim de flores encantadas.
Enamorados!
Vivemos momentos só nossos.
Mas tudo tem um tempo!
Jardins desfeitos!!
Hoje vejo a terra fértil.
Porém seca!!
Sem flores.
Sem sementes.
Quase sem sonhos.
Desejos permanecem…
Mas o deserto de mim
seca a minha pele.
Racha o meu chão…
E sozinha!
Escuto apenas
ventos que passam
arando os meus desertos.
Minha Pele Carrega Uma Ternura
Não sei
se acordei terna,
ou carregada
de desejos fortes.
Sinto que
minha pele carrega
uma ternura
misturada a desejos…
Que avançam pelas
veias como sangue.
E douram o meu corpo,
como raios de sol.
E que explode
em minha alma,
num querer avassalador.
Dominando
os meus pensamentos.
Me alimento de conhecimentos...
E de sobremesa, uso palavras.
Algumas cítricas e doces...
Outras bem meladas...
Quando a palavra é amor!
Nunca
dispense o
amor de uma poeta!
Você um dia
poderá ser um…
E os seus versos
poderão assim
como os meus…
Morrerem de solidão!
Preciso de você!
Será que só os
meus olhos te veem?
Provável que sim!!
Uma vez que só eu te amo.
Esse meu amor platônico,
que me faz dependente de você!
Preciso de você...
E o que posso fazer
para que seus olhos
olhem em minha direção?
Tenho me esforçado para plantar
muitas flores por onde passo...
Sou movida a perfumes.
Cheiros.
Essências...
Os espinhos que por ventura eu
os encontrar por entre elas,
serão sempre um alerta de perigo!
Um sinal de preocupação.
Posso observar que algo anda dando errado.
E ao observar isso...
Eu não os arranco, são como sinais de trânsito...
Indicam quando devemos passar,
e ou se preciso desviar.
Desvio deles e sigo adiante!
Sei que logo à frente,
encontrarei sombra e água fresca...
Fico muito feliz, quando as pessoas me dizem que se encaixam nos versos dos meus poemas. Por sentirem um pouco dentro deles acreditando que eu os escrevi para elas e que conheço o íntimo delas. Penso que todas as pessoas sensíveis se enquadram neles...porque almas sensíveis como a minha sente a alma do outro.
Só isso poderia explicar, tanta coincidência.
Almas sensíveis têm a mesma sintonia, captam sonhos semelhantes.
Não me construa coração duro...
Eu sou pura delicadeza.
Não saberia ser pedra.
Sou e serei sempre flor!
Mesmo que as dores
que deixou espalhadas
nos caminhos para mim,
firam meus pés!
Quando me cansar de tudo.
Voarei...
Mas dura, jamais serei!
(...)hoje só quero colher perfume!
Pés descalços...
E sonhos suaves.
Hoje quero asas...
Preciso visitar o infinito de mim!
Passei a vida inteira
colhendo:
Sonhos.
Delicadezas.
Sorrisos.
Abraços e morangos!
Hoje distribuo
tudo isso em versos,
para emocionar
o seu coração!
Gotas de orvalho.
Salpicados...
Por entre caminhos
de flores.
Borboleta passa!
Em busca de néctar!
Encontra sonhos
de primavera...
As palavras...
Quando mal faladas!
Palavras mal interpretadas...
Levam-nos à uma prisão!
Só se deixam soltas,
palavras de construção
e que nos elevam!!
Nossos pés...
São quem constroem as nossas estradas.
Galgam escadas...
E chegam-se aos nossos sonhos!
Ao longo das nossas vidas...
Vamos formando um amontoado de palavras soltas.
Onde quem sabe lidar com elas, cria-se sonhos e poesias...
Abre um leque, para ventilar as suas emoções.
E quem não sabe...sofre, sem saber construir partes de si mesmos.
Navegar é preciso!
Quando
o barco anda…
Quando essa energia
que impulsiona o barco,
fazendo-o navegar.
Vem da vontade
e da força
dos braços do amor!