Davi Sousa
Na vida tudo mata... Pessoas se matam, remédios matam, ideais matam, o ar que respiramos mata, a comida que comemos mata, às, ''bebidas'' que ingerimos matam, a falta de visão do ser humano é ASSASSINA!. Resta o álcool para suprir a morte enquanto os olhos ainda não fecham. No mundo da tecnologia respiramos doenças, nosso batimento cardíaco é ditado com o barulho da buzina dos automóveis e a nossa visão ofuscada pela neblina que criamos por causa da ganância, do dinheiro, do status. O nosso cérebro vive em stand-by para a reflexão da vida e só desperta quando é para interesse próprio. Emitimos o som do desespero e recebemos a radiação como o preço da nossa ''evolução''. Criamos bombas e achamos tudo que explode um verdadeiro espetáculo!. Criamos Deus a nossa imagem e semelhança, criamos deuses a nossa mera arrogância e brigamos por ''ideais'' mesquinhos de que somos perfeitos. A outra raça não presta?...De nada vale se, você respira? Por que eu o ouviria? Quem é ele?...’’Já se perguntou sobre quem é você?’’... Às vezes é bom beber e refletir!.
E de repente, as artes interplanetárias fluem como um passo de mágica, numa argúcia colossal e nisto, a poesia regida de loucura invade o meu telencéfalo e se mistura formando uma onda de pensamentos torrenciais.
Adentrar na cápsula, acoplar a nave e decolar rumo ao espaço das ideias é a principal fuga que um viajante pode fazer para buscar a realidade na irrealidade!
Seja como um camaleão, adapte a certos ambientes, porém, jamais deixe de ser quem você é. A camuflagem não é sinal medo, e sim de autodefesa.
Penso que a (Felicidade) seja o estado pleno de satisfação, alegria e prazer que está ligada mais ao momento presente do que a situações passadas. Lógico que fazendo algumas analogias sobre determinados momentos da vida de cada ser humano, podemos encontrar em experiências passadas alguma lacuna que nos ligue de volta para determinadas situações; (memórias, experiências, vivências e etc...) mas essa ligação pode ser feita ou não desde que aja interesse da parte vivida e algo de valia para esta ''volta''. Nem sempre a palavra ''gratidão'' acompanha essa linha de raciocínio efetuada no texto, onde, por algum motivo, essas experiências, vivências e situações não contribuíram em nada para o individuo, defasando infimamente a experiência com a situação passada e minando de certa forma o seu interior. Não que este tipo de ''minagem'' seja ruim, penosa ou insalubre mas com toda essa ilimitação de estímulos e a capacidade de querê-la ou não da parte do individuo, tudo isto torna-se apenas uma defesa do instinto!.
Parei de beber faz dois meses. Bebendo ou careta a situação é a mesma; acredito que preciso mudar de droga.
Talvez um dia eu escreva um livro. Talvez nesse dia eu mesmo leia e reveja tudo o que passei, vivi, ouvi e contei nesse livro. Talvez um dia o tempo ajude e faça sol, ou chuva, pois, isso é mero detalhe. Talvez nesse período de leitura eu ache que ainda falta alguma coisa a mais, e, acrescente no livro. Talvez acredite que não falta nada e queime-o, rasgue-o, descarte-o ou talvez leve-o comigo para algum lugar que acredito ainda não saber. Talvez tenha alguém para ouvir as estórias no livro, ou talvez, não tenha ninguém. Talvez um dia publique-o para que milhões de pessoas vejam mais um autor de muitos outros que vieram, semearam e se foram, e outros que ainda virão, lerão e se identificarão com as ideias. Talvez a estória seja chata, ou envolvente, ou dramática, ou piegas. Talvez o nome do tal livro se chame ''Talvez''...Engraçado ver como a vida parece um livro e que em boa parte das páginas ela se repete para que possamos reeditar seus momentos, reviver suas passagens, corrigir seus desacertos e lê-lo toda vez que precisar nem que seja pelas linhas da memória...Ao analisar o que é a vida eu vejo um conjunto de momentos que passam mais rápido do que os segundos de um relógio, giram numa velocidade muito maior que a rotação do planeta (pode parecer lento mas não é) e é mais oculta do que o mistério das pirâmides ou o espaço. A vida é realmente uma incógnita mesmo porque ''Talvez'' um dia eu nunca escreva este livro!
A cada dia que passa, pensar, virou uma arte escassa...O tempo vai ceifando os momentos íntimos do eu, e a vida coletiva impõe suas ideias sem sequer perguntar se lhe foi perguntado. O cotidiano acaba minando o prazer de uma massa avassaladora que desgastada pelo que nunca se gastou, procria uma prole de dantesca mimese
É bom conversar um pouco com o próprio cérebro e causar enquetes que talvez se fossem postas à tona, pudesse ser objeto de chacina (época da inquisição)...Ao imaginar ser desse planeta, eu vejo uma leve duvida sobre essa relação cronológica imaterial que fora-me apresentada quando aprendi a falar. ''Foi Deus quem criou o tempo ou o tempo que criou Deus?...''