Dante Locateli
Coisa de Destino.
Uma coisa é o destino.
é a nossa humanidade.
Torna a vida da gente
aquilo que é em uma corrente.
outra coisa diferente
é o que eu faço com isso
a uma escolha minha
se eu rio se eu choro.
eu escolho
como eu conto
a minha história
se é uma comédia
ou se é uma tragédia.
Queria te ver sorri.
Queria te ver sorrir.
Ao me ver sorrir
pra ti
Tudo pra ti
Queria ser importante
Como é você pra mim.
Mas não
Não há querer.
Somente ser.
Um pedaço de carne
Bem tratado como tratei
Tantos outros
pedaços de carne também.
Antes de você.
Como dói perder
Algo de bom
Não ser bom suficiente.
Para você fui só
Hoje eu sei
como dói
como dói.
E o coração invertendo tudo
Como é duro não ser
Auto-suficiente.
Como é duro não ser
Bom o suficiente.
Onde está?
Estou procurando ainda
Você conhece bem
Você sabe quem
Aquela que você imitava
enquanto me enganava
Fingindo que me amava.
Onde posso encontrar?
Por favor me diga
Onde está?
Onde está?
Quem era aquela menina
que você fingia ser
onde eu posso encontrar
Onde está?
Onde está?
Olhar de novo nos olhos
Aquele ser que é par
Par do meu olhar
da alma minha é par.
Onde está?
Onde está?
A quimera Tupiniquim.
Em mitologia há um monstro
Que tinha três cabeças
leão, serpente e a cabra.
E tinha muito mais
O seu corpo era dividido
nas partes desses animais.
Respirava fogo,
ele era a Quimera.
a diante um leão
com o corpo de cobra
e a calda de uma cabra.
Foi morto por Belerofonte.
arrancando um de seus braços
espancou-o, até a morte.
Monstros assim são
feitos em partes como seria arte
cada uma com sua função
difícil no seu abate.
Temos diante de nós hoje
o mais terrível monstro da nossa história.
É a união de todas as mazelas e inglórias.
Criado em sementes da desgraça
Da nossa gente a doença da nossa raça.
Composta de vícios históricos
de nosso país e gente
de seus sonhos heroicos
simples e simplórios.
Que neste tempo
se confluíram e aglutinaram
Deixaram de acreditar em justiça
São mendigos de formação.
Hoje vivem de esmola que aceitam
são fracos e vencidos atrofiados
vitimas de uma luta que não houve
enganados na ilusão
da quilo que não são.
Esse monstro se fortaleceu
de uma anti-cultura
e se fez de dissidente
diante de uma ilusão
de um revolução libertária
que não é nem literária.
Hoje é barão sem coroa ou capa
Usa um martelo como açoite
E a foice para decapitar tudo
aquilo que seria o futuro.
Conhecimento de uma maquina podre
tornou o país refém,
os poderes corrompidos.
Pobre de espirito
Fisiologismo visível
Proteja se
Agora é o seguinte.
Moral é como aquele
sapato bico de aço
duro de usar até amaciar
Mas que é bom ter
Quando um ferimento alivia.
Não é um sapatinho da moda
esse é o liberalismo.
Aquele se usa todo dia
para proteger o pé
longe de modismo.
Pessoas que usam pelica
chamam mais atenção
estão mais na moda
geralmente tem não
tem contato direto
aquelas coisa suja
chamada realismo concreto.
Como adolescentes
temos todos muita opinião
pouca experiencia
e falta de mais educação.
A vida não são os discursos
em noites de festa.
o que resolve são medidas
que para popularidade não presta.
Pensada é a atitude
em conhecimento embasada
criada muito a milde.
A moral de todos os dias.
mantem sempre o conteúdo
instituir um caráter.
no brasil parece criação
de um bicho peludo.
A maior das dores
Eu me lembrei.
Andando pelas ruas.
Na cidade da garoa.
Lembrando de dores
Lembrei da maior.
Dos olhos perdidos de um avô.
Em um final de tarde
E no final da vida
Viu o que ninguém
jamais deveria ver.
Um avozinho e o netinho.
Indo para aula de inglês
decidiu ir de ônibus,
pois não estava enxergando bem.
teve medo de pegar o carro.
Chorava ele o seu erro.
Em uma perseguição policial
os bandidos atiraram
contra um ponto ônibus
No desempeno final.
Fazer a policia parar.
Socorrer os feridos,
acertaram a cabeça
do menino, do netinho.
Que estava deitado e morto
Em uma sala de pronto socorro
Na frente do avozinho
Parado de pé
De lado de fora da porta.
Olhando a criança morta.
Com sua cabeça rota.
Isso tem de acabar.
quantas crianças mais
vão precisar faltar
Quantos morto vivos
Vão precisar sobrar.
A vida em mosaico.
Duas almas dividem uma vida
E suas experiências
na mesma machucada vivência.
Uma viveu o inferno na terra
o outro a mais sacrossanta existência.
Cada um constrói sua história
como vem preparado para entendê-la.
Aquele que ama é o valente.
Coragem e o peito aberto
recebe as pancadas do mar
as ondas direto no peito.
Cambaleia tomba quase se afoga
Mas sempre levanta
De novo e de novo tombar
Não é burrice ou teimosia somente
É o mais simples ato de amar.
O outro se protege e se guarda
Ultrapassa a arrebentação e espera
Goza a vida de sol e marola
Se queima na cara
Reclama da grande demora.
No final desta história
há persistência e glória
há cansaço e demora
há de tudo
todas as possibilidades.
Felizes e infelizes
Venceu aquele que cumpriu
seu propósito.
Apesar das desculpas
viveu sua vida
Seguindo o seu coração
esquecido do medo
sem perder tempo em vão.
Sem buscar de lucro absoluto
pelo lucro pleno somente
mas pelo lucro de ver o sereno
Na experiência da vida
pois na verdade somos simples
simplesmente humanos
aprendendo viver na vida
com simplicidade e enganos.
Acertos e paixões
erros e prisões
Das quais as maiores
e mais terríveis são os medos.
Comicamente mais sofridos
desses medos os mais preparados
para vencê-los.
Porque é sempre assim
quando a paixão
não é maior que o medo.
Eu você e a velocidade da luz.
Eu você e a velocidade da luz.
Eu estava a conversar
E você a me dizer
Sobre a impossibilidade
a incertezas que ocorre
Em grandes velocidades.
Minha querida a despeito
De ser amante sincero
de todo este papo doido
Não crie tanto empecilho
Para melhor entendimento é sério
A vida humana ainda é simples
Noventa e nove
virgula nove por cento
se passa aqui neste nosso plano
Faça um esforço aqui no centro
simplifique, me ouve.
Mesmo que a relatividade se prove
E todas a incerteza exista
Ainda assim a sua vida e a minha
Ainda dependerá muito mais
Daquilo que o bom homem faz.
Do que das estrelas la distantes.
Saber é saber não há o que dizer.
Só não invente uma desculpa louca
Para fazer loucura alguma
Baseado em coisas que no momento
Não tem o menor cabimento.
A Legião.
Eu adoro A Legião
foi da minha juventude.
O Renato era Manfredini.
Não era Russo nada.
Tinha outras coisas erradas.
Era um trovado
um letrista fantástico.
Se você não acha
está no seu direito
seja como for..
Só não dá
para negar o feito
milhões de fãs
por tanto tempo.
E a pergunta é:
Pode tanta gente errar?
Ele foi infeliz quando disse.
“O amor verdadeiro não magoa”
Há magoa!
O amor é confuso
como todo sentimento
mesmo que doa.
Você que ama perdoa.
Isso é amor abnegado
parece até estar errado,
mas há o tal do entendimento
e quem entende e ama perdoa.
Amor é coisa de doido.
De doido corajoso é verdade.
Mas sem pensar assim,
a vida não vale a pena,
pelo menos, não pra mim.
“NINFOMANÍACA
PARA APAGAR O SEU FOGO
SÓ EXISTE UMA MANEIRA:
COLOCAR LENHA NA FOGUEIRA.”
Daniel Brito.
MAS E DEPOIS
MAS E DEPOIS
QUE TODO FOGO QUEIMAR
O QUE É QUE SOBRA
DEPOIS QUE AS BRASAS
VIRAREM CINZAS.
O QUE VAI FAZER
COM TODO ESTE DESEJO
QUE AINDA BROTA E ARDE
COMO VAI RESOLVER COM FOGO
ALGO QUE NUNCA APAGA.
CONFUNDEM DESEJO COM FOGO
ELE É ISSO
E MUITO MAIS QUE ISSO
ELE É UM TURBILHÃO
DE SENTIMENTOS QUE SE FUNDEM.
ALGO LÁ DE DENTRO
COMO QUE DOENTE
É A ALMA DOENTE
DOENTE DE SAUDADE
DO QUE QUE FOI
E DO QUE NUNCA SERÁ
DESEJO É O QUE SE VÊ
DE UM MOTIVO INVISÍVEL
POR ISSO SE FAZ
SEM SABER PORQUE
SEM SABER SE VAI DAR
SEM SABER SER IMPOSSIVEL
Amor verbo intransitivo.
Quem ama
somente ama.
Sem ter ninguém.
Por força e coragem
ama.
Ama e só depois
ama alguém.
Ama o amor.
Ama ter amor.
Ama por amor.
Ama sem.
Ama cem.
O limite do amor
é a força
que se tem.
Morri.
Agora sei o que é
E desejo a vocês
que morram todos.
Não se apresse vento
não me responda
Na morte não há tempo.
A vida deveria ser
uma história de
homem-forte
definido em virtude.
Forte é aquele
que não cansa
não desiste e avança.
Muitos confundem com covardia
pouquíssimos veem coragem
que pode haver na desistência.
E aquela do Mário Quintana
a do passarinho
como verbo passar
em ilusão de sobrepujar
é belo
é só ilusão.
A força do coração
sempre surpreende.
Mas não me acostumo como são
as surpresas do coração.
O que é uma pena
gostaria de estar errado.
mas um falcão
não é um passarinho.
Apesar de figura perigosa
este e o outro
sim passaram.
Acho a tempos
e ainda vejo o beija-flor
como o mais forte.
E nem ele foge da morte.
Combina com a minha pessoa
a figura do forte.
mas como este não
que para no ar
em estática posição.
É também a sua figura
que causa maravilha
frágil como o amor.
Como um hiato.
Entre
a Estase
e
o êxtase.
Também o morrer
como o amor
é um hiato.
só se poder morrer
se estiver vivo
só vale a pena de viver
se for amando.
Teatro da Vida.
Ninguém é um só.
Na vida temos papeis
em trocas de cenas
e de teatro e hotéis.
Interpretamos crianças,
filhos, irmãos, alunos
amigos, professores e pais
colegas, maridos e esportistas.
Somos todos artistas de mais.
Uma imensidão de papeis
que trocamos
várias e várias vezes
durante um dia
palcos, figurinos em bordeis.
Nesta vida as estrelas,
seus contra pontos
em coadjuvantes papeis
somos todos heróis,
roteiristas e produtores
De nossas vidas
De nossos amores.
Inteligente.
Eu queria ser
menos burro.
Para poder rir
de desgraças.
Quem sabe sorrir.
Em especial
das desgraças.
Que estão por vir
e são inevitáveis.
Que venham,
mas rir?
Olha como sou burro.
Alguém inteligente
teria feito uma piada
que rimasse com gente.
Aansiedade, a angústia
me fere muito.
O que isso teria
haver com a tua tia?
A incerteza
me atormenta.
Melhor rir pensado
em chiclete de menta.
Desgraça
Sem graça
Isso rimar com
rir e cachaça.
Eu desgraçadamente
não bebo
como rir
Sem ser
Demente.
É preciso ser
Inteligente
Ou
Inconsequente.
Pode a angústia
Emburrecer?
Genialidade desatina?
Aí de novo a chata
da tua tia.
Genialidade está
em apesar do medo
achar no tormento
Um lapso e relaxar
Inverter e pensar.
Ridícula humanidade
Por que sofrer?
É tão melhor rir
e brincar sem idade.
Ter tempo de sorrir
Ter maturidade e saber
Deixe de beber
Não deixe de rir.
Tudo acaba
na pia do necrotério
Acene para vida com
Teu chapéu de aba.
Crie seu despautério.
Não se deixe
Perder em desespero
Não perca a vida
Como morre um peixe.
Coloque nela tempero.
Na hora de maior tormento.
Respire fundo levante a cabeça
Esqueça por um momento.
Se de a chance de inverter
Perverter a tragédia.
Tornar por um segundo
A vida uma comédia.
Mas saiba que fazer rir
Não alivia o tormento
do comediante
só dá plateia.
Procure quem te faça rir
Sem pegar gonorreia.
Se aproxime
dos que têm
uma vida leve
Não mime
não oprima
quando terminar
seja sublime.
Uma Obra de Arte.
É um arranjo.
A beleza está em
agrupar os iguais
E a partir destes
fazer contrastes.
Há de se entender
as igualdades em mudanças
respeitar as diferenças.
Obedecer combinações e degrades.
As combinações podem vir
de grupos próximos ou ir
Nas que causa mais bem estar.
E a combinação complementar
com o oposto absoluto.
Como se a arte ensinasse
como deve ser a vida.
Sem forçar
nem as semelhanças
nem as diferenças.
Aproveitando sim
para mostrar a beleza
na diversidade na grandeza.
Qualquer coisa diferente disso
é ignorância
é violência.
Amar.
Tantas e tantas vezes
sem conta amei.
Todas as vezes
as pessoas teimaram
em demonstrar
que é impossível amar.
Mas sou apaixonado em amar.
Sempre tentando
e tentando encontrar.
Continuar procurando o amor.
Mesmo não sabendo
mais o que é isso.
Hoje meu amor cresceu.
Ninguém mais o define só.
Hoje ele sou eu e mais.
Ele sou eu e um amigo
e companheiro meu.
Brincamos de falar com o mundo
por ideias que transbordam sem parar
em palavras sem fim e figuras
de todas graças e até abstratas.
Que meu amor se espalhe assim.
Em belas e por vezes feias
figuras e ideias.
Que variadas sejam
e transmitam todos os sentimentos.
Cada um em uma hora
oportuna ou não.
Que acalente e incomode
na medida e na hora certa.
E possa provocar
o desejo e desprezo
mas que não passe somente.
E de qualquer maneira
e isso é imprescindível
que no final seja bom
e cause o bem.
Porque é isso
que quer o amor.
Perfeito.
A palavra que na cabeça
se deforma em grandeza
quando perfeito
é um conceito sutil.
Perfeito parece maior
no desejo que na realidade
Se confunde com glória
assim é tristeza
para a maioria.
Como ser feliz
Com algo menor
mesmo que não poça
ser melhor.
Como fazer uma pessoa
ter prazer com algo
que está pronto
mas não quer
e não há como melhorar.
O que é que tem de mudar
Quando o perfeito
não traz contentamento
Venho por meio desse tomar posse do termo "viajou na maionese".
Há várias tentativas de se explicar o termo.
Explicação: O termo foi usado a primeira vez em 1989.
Em Medicina no velho hospital escola, eu Dante Vitoriano Locateli, Hudson Umeoka Edson Antonio Nicolini Nicolini e Carlos Alberto Ikoti Takenaka após uma aula de semeologia do dr. Lindenberg Neto estávamos discutindo.a capacidade Dr. Edson querer colocar tudo nesta "Anaminese" fizemos a observação que o Nico "viajava na anaminese" começou a bagunça "viajar na maionésia" e ficou "viajou na maionese".
Assim o termo foi inventado pela XXI turma da med. Taubaté
AUSÊNCIA.
Buda viveu como Cristo
nada nunca escreveu
sem nada deixar escrito
disse coisas ao mundo
que o mundo nunca esqueceu.
Budistas e católicos
Enfim todos os religiosos
Guardam suas visões de Deus
Engraçado não ser o oposto
O homem toma conta, adeus.
O mundo continua em antítese
O reverso do esperado
Criam os infantes as teses
Ideia de que tudo isso
pode ser demonstrado.
Eu espero o amor
tomando conta de tudo
o que se sucedeu
foi só a vida engoliu
todos os amados do mundo.
Sobram sempre as crianças
Livres do tormento e consciência
Correm atrás de sonho
Essas vidas de latência.
O que sobra a nos carecas da idade
Aqueles que não perderam cabelos
Ainda assim se foi o tempo
Sobrando as vidas nem sempre as verdades.
Vender a ilusão da vivência
Assumimos a posição guardiã
Desesperançosos de sonhos
e quem sabe da própria existência.
Sobram os monges
Trancados um seus monastérios
Longe da vida e da experiência
Sem erros e sem vivências.
Sem sofrer
ou viver
mas
em paz.
É essa a resposta
Uma vida autocontemplativa.
É assim o homem perfeito
Apagando a emoção
soterrando a vida.
Pensem em uma vida perfeita
Voltem a ser crianças
Hoje é seu dia renasça
Entre neste trem sem destino
E não conte a ninguém só faça.
Pode não sair do lugar
As viagens do coração
quando assim tem e são
nem sempre locomovem.
Tenha sua jornada tranquila
meditativa, apaixonada
madura, louca, ocorrendo no ar.
Que dominada a emoção tão revolta
não perca seu ímpeto latente
possa mesmo apaixonados tornar-nos
gentis figuras de gente.