Dani Lopuch

Encontrados 8 pensamentos de Dani Lopuch

⁠O que é a depressão nesse mundo sem visão, apenas frescura de quem não tem ambição. Como explicar uma doença que parece não ter uma razão, fica o dito pelo não dito e o doente submisso. Submetido a críticas e apontamentos, como sendo fracos e sem nenhum alento. Depressão existe sim mas só quem tem pode sentir. Angústias, medos, incapacidades, nada compreendidos pela sociedade. Resta ao depressivo se esconder, deixar de viver, para satisfazer a hipocrisia de quem faz sofrer. Condenar e criticar só leva ao mau estar, um mau tão grande que só faz pensar, deixar de existir talvez seja o caminho a seguir.
D.L

Inserida por Danilopuch

⁠A dor as vezes é tão grande, rasga a alma faz chorar todo instante. Como navalha que corta, dilacera e não se importa. O coração sangra, verte sangue mas continua pulsante, deixa ofegante como se deixasse de bater no peito, sobe a garganta tranca o ar as vezes espanta. Sem o ar que faz o pulmão inflar, parece que enfim a morte vai chegar. Mera ilusão a ansiedade não quer matar apenas torturar. Mas até quando aguentar sem poder gritar, ecoar a dor que não quer passar. Como tratar, qual remédio tomar, se para a dor da alma não existe um curar. O desespero toma conta, o ser não se dá conta, mas a dor só aponta para o caminho que vai findar toda a afronta. Caminhos de espinhos, escuros e vazios, como o coração do ser que está ferido, acoado e reprimido, perdido no labirinto da solidão, perdeu a razão, segue sozinho por não ter mais esperança nem redenção. Pobre coração.
D.L

Inserida por Danilopuch

⁠E mais um dia que se vai deixando para traz um pedacinho a mais da dor. Aos poucos ela vai se afastando deixando apenas rancor. A ferida vai se fechando, embora ainda sangrando, na cicatrização o corpo segue chorando. Mas o corpo logo se acostuma, é só mais uma. Uma a mais que o tempo vai deixar para traz. Mas quanto tempo se precisa para essa ferida deixar de incomodar, o cronológico não vai ajudar.
A ferida não está na pele, mas na alma do ser se adere.
O tempo da alma demora passar, difícil sossegar, e tudo se torna um constante esperar. Ter paciência sendo impaciente é tortura e auto mutilar, um esperar que sufoca e se faz pensar. De que adianta a cura da ferida, se a dor da alma só castiga. Talvez a alma se defina na eterna poetiza que dita o rumo da vida. O alma, quanta dor ainda sentirá, até fazer cessar, esse sentimento que a consome e só a faz chorar.
D.L

Inserida por Danilopuch

⁠Hoje ela bateu na porta com tanta garra parecia querer entrar na marra. Com toque sutil, também na janela surgiu, com a esperança de por ela entrar e sentir o vazio. Subiu no telhado, meio molhado parecia buscar uma brecha que a colocasse pra dentro daquele corpo fechado. Mas quem é ela que chega tão bela, tão feroz e ao mesmo tempo singela. Confunde na chegada pois não é esperada, apenas desejada. E se a deixar entrar como tudo vai ficar, pois mesmo bela o fim ela trará. No que pensar nessa hora que teima em chegar, a formusura da morte acalentar. No corpo em pé sem alma para sustentar, faz pensar que é chegado a hora de repousar. Não lutar parece ser a melhor opção. Não precisa de perdão, pois o pecado não contemplou, apenas sonhou e se doou, já pode aceitar, o abraço daquela que é fria mas doa seu espaço com alegria. Tao serena parece ser, que oferece um eterno adormecer. Um adormecer que cessará o sofrer e em fim a paz florescer.
D.L

Inserida por Danilopuch

⁠O dia que a enfermagem entender que precisa se proteger talvez ela possa vencer.
O dia que a enfermagem entender que precisa se unir talvez possa se garantir.
O dia que a enfermagem compreender que a assistência é continuidade verá o que é ser profissional de verdade.
O dia que enfermagem parar de perseguir o colega do plantão vai saber que pode ter um aliado então.
O dia que a enfermagem parar de se achar melhor que o colega saberá que não precisa viver em guerra
O dia que a enfermagem parar de apontar o erro alheio saberá que é humano e também pode cometer erro e ter receio.
O dia que a enfermagem fizer seu trabalho sem julgar e apontar o trabalho do outro com certeza terá o respeito dos outros.
Enfermagem perseguida, pelos próprios que vestem a mesma camisa.
O dia que a enfermagem entender que para o problema resolver basta passar apenas a quem realmente tem poder, a guerra entre plantões termina pode crê.
Respeito aos colegas humanos, porque não se conhece uma máquina que não cause danos.
Hoje você aponta como soberano, amanhã pode estar na forca, porque também é humano.
D.L.

Inserida por Danilopuch

⁠Nas brincadeiras da vida as vezes encontramos verdades escondidas. Talvez uma realidade, disfarçada na mais pura crueldade, uma maldade velada onde todos te fazem pensar que vc não vale nada. Infelizmente a mente diz que não pode ser diferentes, deve-se seguir com esse achismo que vem de gente. Achismo esse que os fazem diferentes, desprezados e humilhados pela simples cor de sua gente. A escravidão passou mas o preconceito se consolidou, o negro não serve mais nem para amigo nem para amor, apenas um brinquedo do ódio de quem fere e machuca sem nenhum pudor. Uma cor que a tempos é tão valente, mas continua sendo criticada sem nem ao menos conhecer sua gente. Quando se aproximam só querem a ruína, usam, abusam e desprezam, como se a cor da pele fosse passe livre para tortura e sofrimento, simples divertimento daqueles que não tem sentimentos rasgam a alma alheia sem nenhum arrependimento. Sim, ser negro é puro sofrimento, não se tem alento, somente um constante continuar com um pé no sonho outro no tronco. Um passo a frente sentindo o peso das correntes, uma lágrima a rolar, ao ouvir o som da chibatada ecoar...assim é o caminhar do negro que apesar de apanhar segue seu caminho num lindo sonhar.
D.L.

Inserida por Danilopuch

⁠Num dia de chuva como hoje, um sonho. Sonho de ser, existir, renascer. Nos projetos colocados no papel uma esperança de chegar ao céu. As asas ainda curtas não permitem sair do chão, mas o coração pulsante parecia dar rasantes em rumo daquele sonho emocionante. Mas a chuva molha as asas, as lágrimas o coração, pesados não conseguem voar, resta apenas parar. Os rasantes se cessaram, o emocionante se findou, estatelado ao chão, o sonho acabou. Mas o vivido não é esquecido, vira marca, ferida, num anjo caído. A ferida escorre sangue, o líquido vital desenha o final, o céu sonhado, agora nublado, pois a chuva passou, deu as costas para o que devastou, anjo caído grita sua dor, sente que o fim chegou. O sangue marca o chão, como tinta num cordel, resta só a sombra num pedaço de papel. A morte de um anjo caído que ousou chegar ao céu.
D.L.

Inserida por Danilopuch

⁠São três horas da manhã, procuro pelo sono, mas ele como um menino rebelde brinca de se esconder. Procuro por ele no labirinto formado dentro de mim, e no vai e vem nos caminhos tortuosos encontro um a um, o medo me diz que a noite vai ser longa, a ansiedade ri me dizendo que não vou conseguir, mais a frente a tristeza, muda, parece só contemplar minha fraqueza, mais adiante e um pouco mais ofegante a incerteza parando por um instante dizendo que por mais que eu tente não verei mais a beleza, sigo, e como um fantasma me deparo com o desânimo, esse me diz que não tenho mais pra onde ir, que o caminho chegou ao fim. A agonia me faz companhia, e só me lembra que já vai nascer o dia. O coração acelera parece mais uma cerra, rasgando o peito, trazendo a tona todos os meus defeitos, e no fim do labirinto, como por instinto a lágrima rola, olhos marejados aguardam o romper da aurora. E na brincadeira de pique esconde o sono ficou para uma outra hora.
D.L.

Inserida por Danilopuch