Dalila Maitê Rosa Sena
Tudo mundo precisa de alguém. E dói saber que eu não tenho ninguém. Cansada, vejo a vida passar. Ando à toa, eu sei, pois me falta alguém, um verdadeiro amor. Pra comigo andar e me entender. Pra me acompanhar e não me perder. Para me dar a mão e enfrentar a vida comigo.
A vida era difícil, mas juntos tudo estava bem, algumas brigas, claro, mas isso é tão normal quando se quer alguém.
Embora a dor nos faça crescer, esse não era o meu caso. Quanto mais dor eu recebia, mais esperança eu ganhava para tentar mais uma vez.
É difícil você olhar pra trás e vê que coisas não foram feitas, atitudes não foram tomadas por medo de errar. É difícil aceitar que oportunidades foram perdidas por não ter a certeza de que realmente daria certo. O tempo passa, as coisas mudam, as pessoas mudam, tudo muda. E quando você percebe isso pode ser tarde demais, tarde demais para voltar atrás, para voltar no tempo e consertar aquilo que você errou. Tudo se torna mais fácil quando você sabe das consequências. Tudo se torna fácil quando você sabe o que vai acontecer se você tomar tal atitude. Mas não é bem assim. Você nunca sabe o que vai acontecer quando você der um passo à frente ou um passo atrás. Tomei atitudes achando que eram certas, e me enganei. Deixei de tomar atitudes achando que estava errada, e na verdade, eram as certas. Nós nunca sabemos o dia de amanhã, nunca sabemos das consequências que virão sobre os nossos atos, e ainda que seja tão difícil aceitar essas coisas não podemos parar a nossa vida, não podemos parar o tempo, não podemos deixar de viver por causa disso. Por causa do medo, da insegurança, da incerteza. Eu quero dar uma segunda oportunidade a mim mesma. Uma segunda oportunidade, uma segunda chance de ser uma pessoa melhor, de ser uma pessoa menos insegura e com mais coragem. Mais coragem de enfrentar os problemas com a cabeça erguida sem medo das consequências que virão, porque elas virão, bem ou mal elas virão. Quero ser uma pessoa melhor do que fui no passado, uma pessoa diferente e com todas aquelas qualidades que eu não tive. Porque tudo na vida um dia passa, e quando chegar a minha hora, eu quero partir, partir e deixar a minha marca. Mas que seja uma marca especial e única, e que todos se orgulhem ao se lembrar de mim, ao se lembrar de quem eu fui.
Antes eu achava que a felicidade era um estado de alegria permanente. Aí descobri que ser feliz é parar de se abalar com bobagem.
O medo sacode o coração, faz o mar recuar, saudade bate como vento forte. É a maré subindo, me molhando feito areia sem saída, me debruço sobre a boia, não sei nadar, mas não me afogo. Aprendi que em correnteza forte não se nada contra, apenas deixe que te leve. Há tantas praias para se conhecer quando o mar se acalmar. Não deixe que a água gelada te assuste, no final a areia é branquinha e a vista inesquecível.
Todos nós temos nossas cicatrizes. Seja de amar alguém profundamente, ou por querer proteger muito alguém que já não está mais na nossa vida
Depois de tanto cair, a gente aprende que é besteira viver em turbulência. É tudo tão passageiro. A gente dorme pensando em morrer e quando acorda já pode sorrir outra vez. A gente chora, lamenta, ouve aquela música que faz a ferida reabrir, escreve pra ver se de alguma forma a dor escorre pelos dedos e fica só no papel. Parece pra sempre, mas não é. Nunca é. No fim a gente vê que nem vale a dor de cabeça, o embrulho no estômago. Não anula a dor, mas se aprende a lidar melhor com isso. Depois das turbulências, juro, a gente aprende. Hoje, enfim, meu coração re(pousa).
Sou uma guerreira. Depois de todas as quedas, todos os roxos, estou aqui. Firme e forte pra enfrentar um batalhão. Sobrevivi ao primeiro amor, amores não correspondidos, decepções de amigos e brigas com a mãe. Hoje olho pra trás e posso dar risada de como me senti e de como reagi. Pude aprender com meus erros, pude crescer. E sabe, por mais que eu tenha cometido erros, não tenho como me arrepender. Tenho muito orgulho de quem me tornei.
"A Bíblia é luz para nossa vida, mas nem por isso deve servir de abajur na sua estante. #LeiaABíblia"
Há um lugar secreto dentro de você, que só Deus conhece. Tem aquela mágoa, que só vocês dois sabem. Tem aquela ferida que você não sabe cuidar, mas Ele sabe sarar. Tem aquele dia que você acorda não querendo nada. Dias que você vai durmir querendo esquecer tudo. Mas olha, quem está contigo, é Deus.
É no meio do cansaço e do escuro, que as lembranças surgem. O jeito é corrigir os erros e lutar por novos acertos.
O pai ausente não é só o vazio físico de uma figura que não tivemos. Às vezes é também alguém que, mesmo estando, não soube ou não quis exercer o seu papel. É uma ausência psicológica capaz de criar em uma criança diversas feridas emocionais.
Hoje eu só queria que o vento levasse tudo o que de verdade não for meu. Que acabe hoje tudo o que não for durar. Que fique aquilo que dá alegria aos olhos, que faz o peito transbordar. Que fique e dure aquilo que for inteiro, porque de metades eu já estou cheia.
Que haja fé, apesar das tempestades. Que haja serenidade, apesar das turbulências. Que haja gentileza, apesar dos tropeços. E que permaneça a gratidão, sempre e em todo lugar.
Veneno e rancor não merecem resposta, porque a verdade mais antiga é que quem desdenha quer comprar. O único sentimento que merece revide é o amor, que quanto mais se troca, mais se tem para dar.
Depois de quase vinte e oito anos assistindo a Chaves, percebi que Dona Clotilde está aí há décadas nos ensinando a como não persistir em algo que a gente já sabe que não vai acontecer. Não importaram quantos bolos, frangos assados e águas de colônia foram entregues, não importaram os cuidados, a dedicação exclusiva, o sentimento oferecido e implorado, Dona Clotilde nunca deixou de ser coadjuvante na sua própria história de amor.
A Bruxa do 71 é o retrato de nossas ligações não atendidas, de nossos convites ignorados, de nossas mensagens visualizadas e não respondidas. Somos nós esperando aqueles amores que a gente costura sozinhos rolando a noite na cama, deixando nosso sono sufocado junto a nossa paz de espírito no travesseiro. Quantos amores deixamos de viver enquanto insistimos em bater cheios de mimos na porta errada, sabendo que o Impossível é que vai nos atender?
Talvez ela pudesse ter se casado com o Sr. Barriga ou outro homem. Ou até aprendido a como é bom viver sozinha…morando em Acapulco.
É muito arriscado o caminho que a gente segue na direção contrária do nosso destino. É muito doloroso insistir em estradas erradas, quando é o coração que caminha descalço no asfalto.
Meu recado hoje é para você garota que está em uma porcaria de relacionamento.
Até quando você vai viver essa farsa de relacionamento?
O que te prende em um relacionamento infeliz?
Nem sempre persistir significa insistência, nem sempre amar significa confiar sempre que vai dar certo lá adiante.
Desista do que é preciso. Recalcule o que não faz questão de entrar na sua rota. Jogue para o alto o que está querendo voar por ai, sozinho. Você não precisa do que te diz “não”, a gente nem sabe muito bem o que fazer com as coisas que não se encaixam.
Ah, meus caros, amor não é uma coisa para viver controlando a porta, amor é liberdade de ir e vir, é tranquilidade de saber que o outro quer entrar e ficar.
Não caia nessa de que tem que sofrer para ter, que tem que suar para conquistar.
Ame alguém que você não tenha que puxar pelos braços. Ame alguém que esteja, que saiba se deixar ocupar, que você não precise matar um leão para conseguir um abraço.
Não ame o que te cansa para ter. Você precisará muito ainda do seu fôlego, vai por mim, não o desperdice no que já está fracassado.
Pesquisando pela internet descobri que há apenas um episódio que exibe cenas de casamento entre a Bruxa do 71 e o seu amado. Mas, era um sonho.
Na verdade, Dona Clotilde nunca se casou com seu Madrugada… só na sua ilusão.
E a gente precisa de um amor que corresponda nossos planos, que responda o que plantamos.
A gente precisa muito mais do que um sonho. A gente precisa viver um amor acordado.
O peso de palavras não ditas
Eu estava aqui lembrando de uma época em que eu ajudava a arrecadar alimentos para fazer cestas básicas no "Mutirão de Natal" com um grupo de amigos. Eu tinha uma amiga que preferia carregar os alimentos arrecadados, ao invés de abordar as famílias e pedir. E isso me fez refletir sobre uma coisa:
- Desde cedo, sempre fui do tipo que preferia falar ao invés de carregar peso.
Tirei uma lição disso. Hoje em dia não é diferente, muitas pessoas estão por aí carregando o peso de palavras não ditas, algumas estão se arrastando por que o peso tomou uma grande proporção.
Naquela época minha amiga tinha vergonha de abordar as pessoas, se preocupava sobre o que as pessoas iam pensar em ver ela arrecadando alimentos, ela ficava embaixo de uma árvore esperando a gente. Eu sempre dizia para ela que era tão fácil e rápido abordar as pessoas, mas ela nao estava disposta a tentar.
E hoje eu paro e penso: Será que ela ainda prefere o peso de palavras não ditas? Até quando a opinião alheia pode nos limitar e impor pesos diários para não nos expressarmos e preferirmos a passividade?
Eu tambem não sei. Aliás, só posso falae sobre o que vivo e sinto. Sair por aí dizendo tudo que pensamos irrefletidamente também tem um preço.
Tudo requer um equilíbrio, e "falar demais" também pode acarretar pesos desnecessários, as pessoas não estão acostumadas a ouvir os outros e as vezes as palavras chegam tão cortantes... Outro dia alguém me disse: "Dalila, cuidado com o que vc diz, as pessoas se inspiram no que vc fala" veio aquele frio na barriga sabe? Minhas palavras também tem um peso, não apenas sobre mim, mas sobre o outro.
Aí pensei o seguinte, é melhor ter o peso de não dizer nada ou o peso sobre o que os outros vão entender? O ideal é não ter peso algum, cada pessoa pode escolher o tipo de peso que está disposto a carregar ou se irá sair por aí leve e livre da opinião alheia.
O fato de você não gostar do Piloto, não te dá direito de torcer para o avião cair. Você também está a bordo.