D. Miranda Gomes
Algumas pessoas, que de nós se aproximam, se assemelham àquelas operações matemáticas onde temos que descobrir quem são os X e os Y.
Uma pessoa dizer que sempre fala com Deus, é próprio de um comportamento religioso normal. Agora, sair por aí dizendo que Deus sempre fala com ela, é psicose.
Algumas das maiores atrocidades neste mundo foram cometidas por pessoas que acreditavam estar realizando um gesto nobre a favor da humanidade.
Dedique diariamente algum tempo para refletir sobre a sua vida e em que direção ela segue, ou não...
Quando você ler um crítico literário expressando o seguinte comentário sobre uma determinada obra: "Este é um livro de leitura difícil", leia-se: "O autor deste livro, apesar de ser muito inteligente e culto, não sabia como se comunicar objetivamente com os seus leitores".
Perdoem-me o neologismo. Mas estamos presenciando a animalização dos seres humanos - a ponto destes resultarem inferiores às plantas e aos animais -, e a humanização dos animais, a ponto destes obterem uma maior proteção jurídica em detrimento dos seres humanos.
É impressionante como existem pessoas que se contentam com muito pouco. Têm todo o oceano pela frente, mas mesmo assim preferem passar a vida toda brincando na beira do mar, ali na areia da praia...
Cheguei à conclusão de que a humanidade, em sua maioria, é ignorante, pelos governos que escolhem, pelas coisas a que se submetem, por seus atos mais simples do cotidiano, por suas opções desvairadas, pela futilidade de suas motivações, pela preguiça da reflexão. O atalho sempre desejado e a busca para facilitar todas as coisas embruteceu o ser humano, o acomodou na poltrona da pobreza e revelou a miséria do seu espírito.
Um político, de esquerda ou de direita, não ter sido pego roubando não significa que é um bom político. Significa que, no máximo, ele pode ser um ladrão bastante competente.
A fé não anula nenhuma preposição universal e científica, da mesma forma que o fato de eu não crer em algo não influencia na existência ou não disto.
Somos arrogantes ao extremo, quando somos ninguém, quando somos como um cão vira-lata que avança contra os outros por medo, quando somos mendigos da nossa alma. Quando novo, eu era crítico, fundamentalista, detentor de verdades subjetivas que universalizavam em meu discurso hipócrita contra os contrários. Eu não os conhecia, mas os criticava, talvez por culpa da carga religiosa que me impedia de pensar e que me fazia rejeitar em meu ser tudo o que era contrário ao que eu tinha como certo. E assim é você! E assim somos iguais: Ateus, Agnósticos, Católicos, Protestantes, Evangélicos, Budistas, Judeus, Muçulmanos, Espíritas, Umbandistas. Somos todos iguais, idólatras, criadores de falsas religiões, de falsas doutrinas, de falsas ideologias, de falsos deuses, de falsas falsidades, e inimigos da verdade do respeito ao próximo.
Se você fizesse um inventário de sua vida, de suas realizações pessoais, do que você sentiria orgulho?
Independentemente da pessoa que você for, as pessoas irão te enxergar da forma que elas quiserem. Por isso, apenas viva a sua vida sem depositar suas expectativas na aprovação alheia.
Estamos vivenciando um período marcado por contradições e dualidades, onde as pessoas se veem perdidas e sem saber qual direção tomar, ao consumirem loucamente mídias as mais variadas, povoadas de perigosas Fake News, que divulgam uma enxurrada de informações desconexas.
Algumas pessoas preferem a ilusão da mentira em vez da verdade, a falsidade em vez da sinceridade, a bajulação em vez da opinião, o falso elogio em vez da crítica sincera. Não me admira que a vida dessas pessoas seja totalmente marcada pela hipocrisia.
Estamos sempre nos contradizendo. Queremos que as pessoas nos diferenciem dos demais, mas não cremos que sejam capazes de fazer isso. Queremos que as pessoas nos conheçam, mas também queremos que mantenham uma certa distância de nós. Sempre desejamos que alguém nos aceite como nós somos, mas nunca acreditamos que haverá alguém que aceite nossos caminhos distorcidos. É por isso que ficamos bem trancados, em nosso pequeno mundo privado, e jogamos a chave fora, para que ninguém possa nele entrar.
Você precisará conviver com você mesmo até o fim de sua vida. Então, comece a fazer algo digno de sua própria admiração.
A falsa religião está mais preocupada com a observância de suas normas legalistas do que com os reais problemas do ser humano.
Sou um pensador e não um mero reprodutor de ideias. Nunca tive medo de pensar diferente da grande maioria. A propósito, as grandes descobertas, via-de-regra, sempre tiveram a sua origem no fato de alguém ousar pensar diferente daquilo que era, até então, o convencional.
Nem sempre é fácil perceber que o nosso tempo, em algum lugar ou ao lado de alguém, chegou ao fim. Nem sempre conseguimos assimilar ou acreditar que aquilo que queríamos tanto, seja em que área for, não está reservado para nós. Nem sempre conseguimos abrir mão de nossos sonhos, planos, desejos e expectativas, numa boa, mesmo que nossa hora já tenha passado. Não é fácil entender que nem tudo o que a gente quer nos servirá. É preciso aprender a parar de insistir naquilo que não é para nós. É preciso aprender a aceitar que, desejar muito alguma coisa, não garante que ela seja nossa. É preciso aprender a aceitar as frustrações, os desejos desfeitos, parar de sonhar e, de algum modo, partir.
Saber a hora de sair de cena, de mudar o seu comportamento, o seu ponto de vista e a sua história, demonstra bom senso, amor-próprio, coragem, independência, liberdade e autonomia.
Não existe o emprego ideal, o relacionamento ideal nem a vida ideal. Existe você, analisando tudo o tempo todo, absorvendo e sentindo as experiências de forma real, e mudando sempre que possível.
Temos como prática rotineira olhar apenas para as coisas do passado, ou para aquilo que está bem próximo a nós, e a prestar atenção apenas no que acontece no dia de hoje. Porém, é necessário que aprendamos a olhar mais adiante, observando com cautela o caminho que estamos percorrendo, para que possamos evitar os problemas que poderão sobrevir sobre nós e transpor os obstáculos que, porventura, surgirão, ou até mesmo evitá-los, escolhendo uma rota alternativa. Como diz um conhecido provérbio: "Quem muito olha para trás, acaba tropeçando. É para a frente que se olha, que se anda e que se vive!"
Você pode se vitimizar pelo que te aconteceu ou encarar isto como uma oportunidade de transformação. Alguns acontecimentos são oportunidades de crescimento pessoal. Isso depende de como nós os enfrentamos.