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Um dia em que o encanto da vida tornou se uma afronta a nossa segurança, a liberdade e segurança tornou se uma prisão domiciliar e daí vem o questionamento é o fim? Ou apenas um aviso, Barra do Corda silenciou suas ruas e as expectativas por não se confirmar o covid - 19, oremos por nossos profissionais da saúde eles estão lá por cada um de nós. Façamos nossa parte.
Pessoas que se vão,
Vidas sem um adeus,
Morte em seres a toda hora,
Tristeza sem quietude,
Felicidade é recuperação,
O adeus agora é de longe,
Flores enquanto vida,
Por alguém que um dia ajudou a salvar vidas,
E hoje nos deixa saudades,
Não se encontra a paz nem na missa, ou cultos,
Pois as portas das igrejas estão fechadas.
Mundo em extinção,
Onde os seres se isolaram,
E os bons se vão,
Onde guerra (Covid) é o único que anda solto,
e a liberdade virou ilusão.
Em tempos de pandemia continue distribuindo amor...
Ele pode salvar vidas!
A vida de uma hora pra outra se tornou bem mais vulnerável, e o que ontem era prova de afeto, hoje é a arma letal, abraços e aperto de mãos não são mais cultivados e a maior prova de amor é cobrir o rosto e manter se sempre distante, hoje entendemos o grade objetivo das redes sociais que é manter alguém distante e ao mesmo tempo do seu lado.
Para conquistar sonhos precisamos renunciar coisas. O processo dói, mais o ápice da vitória sara todas as dores.
E se hoje fosse minha última chance de dizer “eu te amo”? A última vez que veria o céu tingido pelo pôr do sol, que sentiria o cheiro do café, ou ouviria o riso de quem amo?
Talvez eu olhasse mais nos olhos. Talvez perdoasse mais depressa. Talvez deixasse de lado as urgências pequenas para viver o que realmente importa. Porque, no fundo, a gente vive como se tivesse todo o tempo do mundo, mas o tempo… não nos pertence.
E se hoje fosse minha última vez, eu não guardaria palavras, não adiaria abraços, não economizaria afetos. Deixaria marcas leves nos outros — dessas que aquecem o coração quando a saudade chega.
Talvez eu sorrisse mais. Talvez agradecesse mais. Talvez me despedisse com dignidade e presença, em paz comigo e com o mundo.
Porque, se hoje fosse mesmo o fim, eu gostaria que minha vida tivesse sido, acima de tudo, cheia de sentido.
Um dia não vou mais estar aqui, aí não se preocupe mais comigo. Você teve a oportunidade de falar comigo, de dizer que me amava e até mesmo de postar uma foto no seu status e me fazer sorrir. Tudo faz sentido quando podemos partilhar momentos.
E se as flores ficarem para amanhã, talvez não terá o mesmo aroma ou a pessoa não poderá receber. Flores em vida.
Lembro-me daquele dia como se fosse agora. Estava deitado na cama de um hospital, cercado pelo silêncio frio e estéril do ambiente, enquanto minha mente era um turbilhão de pensamentos. A cirurgia se aproximava e, com ela, o medo. Era um medo que não se explicava apenas com palavras – era o temor do desconhecido, da dor, da possibilidade de algo não sair como o planejado.
Minha cabeça estava a mil. Pensei na vida, nos planos, nos compromissos que deixei pendentes, nas pessoas que amo. A ansiedade tomava conta do meu peito como se não houvesse espaço para mais nada. Até que, no meio de tudo isso, ouvi um hino tocar – suave, mas firme, como um sussurro vindo do céu: “Deixa eu trabalhar do meu jeito, deixa teus projetos comigo, deixa acontecer no meu tempo, o amanhã não te pertence.”
Essas palavras caíram sobre mim como um bálsamo. Naquele instante, entendi que precisava soltar o controle, parar de tentar dominar tudo com a força dos meus próprios braços. Entreguei. Entreguei minhas preocupações, meus medos, meus projetos e até minha vida nas mãos de Deus.
E Ele me fez triunfar.
A cirurgia passou, e com ela veio a paz. Não apenas a cura do corpo, mas um renascimento interior. Aprendi que quando confiamos verdadeiramente, o medo perde espaço para a fé. E a fé, ah… a fé transforma qualquer quarto de hospital em um santuário de esperança.
Existem momentos na vida que nos revelam quem realmente caminha ao nosso lado. Nem sempre a descoberta acontece nas festas, nas conquistas ou nos dias de alegria. Muitas vezes, é na dor, na doença e na dificuldade que enxergamos com clareza quem é verdadeiro.
Em tempos de fragilidade, quando a saúde nos escapa por entre os dedos, encontramos algo ainda mais precioso: o amor genuíno, o cuidado silencioso e as orações sinceras daqueles que nos veem além da nossa condição. Nessas horas, pequenos gestos se transformam em grandes demonstrações de afeto, e cada palavra de encorajamento se torna um abraço na alma.
Minha esposa é essa pessoa.
Ela é a presença firme quando o corpo fraqueja, o sorriso que ilumina os dias mais escuros, a força silenciosa que me lembra que ainda sou especial, ainda sou útil, ainda sou amado.
A sua dedicação, suas orações e seu amor incondicional me mostram, a cada dia, o verdadeiro significado da gratidão.
É por ela, e por tudo que ela representa, que eu sigo em frente, mais forte, mais confiante e infinitamente grato.
Já escrevi sobre o amor,
rabisquei sobre a paixão entre versos e vivência, hoje escrevo gratidão:
não como quem agradece por conquistas,
mas como quem reconhece a travessia.
Gratidão pelo impermanente,
pelo que nasce apenas para morrer,
pelas perguntas sem resposta,
pelos caminhos que, ao se perderem, me encontraram.
A vida — este breve suspiro entre o acaso e a eternidade —
se escreve em mim com tintas invisíveis,
e a gratidão é o silêncio que compreende o indizível.”
Deus não se limita a placas, nomes ou instituições humanas. Seu poder transcende a matéria, alcançando o mais profundo do ser. A fé verdadeira é a ponte que nos liga ao divino — é ela que cura feridas invisíveis e lava a alma cansada.
Quando confiamos de coração, encontramos alívio, força e renascimento. E, acima de tudo, aprendemos a agradecer: agradecer não apenas pelas vitórias visíveis, mas também pelas lutas silenciosas que moldam nossa essência.
Que saibamos sempre reconhecer que o maior milagre é o amor de Deus operando em nós, sem limitações, sem barreiras, sem fronteiras.