Crislambrecht
Meus planos para o ano novo era deixar esta raça louca, abandoná-la, deixa-la só ... sem mim.
Mas agora eu desejo uma em meio à ela, e quero estar junto dela por muito tempo.
Algum Lugar Nenhum
O traidor entrou na sala
A sala que não vai à lugar nenhum
Todos torceram o nariz, o traidor abala
Os traidores não vão à lugar nenhum
O movimento Jesus, o beijo de Judas
O movimento não vai à lugar nenhum
Beijando todos na sala, plantando as mudas
As mudas talvez crescerão e irão à lugar nenhum
O traidor, a ovelha negra da família
A família não vai à lugar nenhum (end of the world in 25)
Provando e devorando, vivendo ou morrendo
Todos vão à lugar nenhum, não proves nada
Todos vão para o mesmo algum lugar nenhum
Correr atrás do vento que vai pra lugar nenhum
Andando em círculos como a terra
A terra já sem sabor, não vai à lugar nenhum
Nunca foi, não está indo e nunca irá
À algum lugar
Um traidor é pisoteado na sala e destruído
O nome dele vai à algum lugar por algum tempo
O tempo não pára, mas também não vai à algum lugar
Existem três momentos, desses três dois não existem
O passado nunca voltará, o futuro à deus pertence
Deus morreu e não foi à lugar nenhum
Os ossos viraram poeira e sumiram
A vida é um vão, não à viva em vão
E sempre tente chegar à algum lugar, mesmo que seja à algum lugar nenhum
Depois que eu morrer podem fuçar em todos os meus cadernos... o que escrevo pode ser confuso, e ainda escrevo em páginas aleatórias.. mas seria interessante conhecer a briga entre eu e mim....
Tanta coisa que pensei
Tanta ideia sobre coisas
Tanta coisa pra escrever
Toda vez sem papel e caneta
É só não ver uma foto
é só não sentir um perfume
é só não ouvir uma música
é só evitar lembrar de você
que não dói nem um pouco
Cada pessoa é um mundo
Somos cada um, um mundo
Para vivermos juntos temos que nos tornar um
Apenas um mundo
Mas somos tão diferentes
Vivemos em mundos tão distintos
Distantes....
Que nossa proximidade causou um
Um impacto
E nos quebramos
Em vários pedaços
Vários...
Aos poucos a saudade, o amor superficial e tudo que não tem importância desaparecem, e o coração pode bater livremente.
Indo de Volta
14022012
Acordei tão cedo que nem pude me ver no espelho, apenas saí pelas ruas sob o orvalho censurador. Passou por mim um jovem loiro, cabelos compridos amarrados e com um boné sobre eles. Pedalava com certo entusiasmo, conforme tocava seu mp3 Player. Antes que pudesse cumprimenta-lo ele passou por mim, tão rápido que levou consigo alguns anos.
Alguns metros depois eu já não via mais nada, a escuridão da noite chuvosa me fez correr em direção à luz. Próximo do nada eu me refugiei do gelado choro em uma construção. Por mim passaram dois jovens com o mesmo nome, muito amigos, que andavam sem se preocupar com a chuva.
Passados alguns segundos, a nuvem deu lugar ao sol, a chuva aos ventos, esses me distraíram e eu nem pude ver pra que lado foram os dois jovens. Estava muito frio, e as feridas que se abriram com a areia do vento ardiam ao sol. Encontrei abrigo em um colégio, onde vi as sementes de um possível amor, essas eu vi sendo semeadas de volta para suas flores e desaparecendo posteriormente.
Vi o fim do começo de uma banda, eram três amigos, foram se desconhecendo e se desencontrando, dois deles começaram uma amizade lentamente antes do terceiro nascer de um grande impacto e transformá-los em melhores amigos. Voltavam de suas casas e entravam sorrateiramente em festas.
Depois de tantas viações em marcha ré, vi o início de uma grande amizade começando aos poucos até deixar de existir. Logo então vi dois irmãos ficando cada vez mais jovens e mais inteligentes, mais preciosos, mais inocentes. Vi eles desaprendendo e ganhando muitas coisas das poucas que desejaram.
Logo depois vi um casal apaixonado, fazendo juras de amor em uma igreja, e eu só olhava, pois tinha acabado de acordar e não tinha forças para questionar. Eu acordei em queda livre, me libertei no final da queda, e não me importei com a escalada. Aproveitarei ao máximo a subida, sempre lembrando do tanto que me elevei enquanto caía.
Segunda feira de manhã é um ótimo momento pra chorar a própria morte, assim como qualquer hora de qualquer outro dia.
Pra você que entregou-se
Que entregou seu coração
Pra mim
Me apaixono fácil, e sempre foi assim
Sempre quis o bem pra todo mundo
Todo muno tem um lado bom pra mim
Meu jeito de ser sempre impediu muitas coisas
Minha sinceridade também
E se eu te abandonei, é porque me importo
Sempre estou mudando
Talvez um dia eu possa viver co alguém
Mas meu coração sempre quis abrigar o mundo inteiro
E não seria justo com quem ficou de lado
Este mundo injusto sempre parece nos abandonar
Por isso que sempre carreguei meu próprio peso
Por isso que desci das suas costas
E te deixei no lugar mais seguro possível
Desejando que tudo ficasse bem
E que você pudesse ser feliz
E que você pudesse resolver os seus problemas
Pois o mundo não é injusto
Ele se tornou esse caos geral
Pra podermos nos encontrar
E destacar nossa presença
Os poucos que carregam o mundo nas costas
Sempre se encontram sozinhos
No fundo
Porque, no fundo
Sempre estaremos sozinhos.
Ir para algum lugar
Sei lá
Dar uma sumida
Deixar todo mundo sozinho
E ser o caminhante que sempre fui
De noite ou de dia
Com estrelas e as nuvens
A lua, não o sol
Morcegos ao redor
Na sobra das árvores
A coruja lhe arrancou um olho
Beberam-lhe o sangue
Ouviu-se um som de blues
Um solo tocando sem parar
A ponta a se quebrar
Os olhos ardendo
Vozes e assovios
Vozes celestiais querendo me levar
Assovios de realidade tentando me trazer
E eu quero o meu sangue de volta
Mesmo que o mundo desmorone
Mesmo se um trator passar por cima de mim, da mina casa
Estou morto, num bar
Jimi Hendrix sola sem parar
E aquele pianista famoso
Que Elvis não parava de admirar
Blues e Reggae no bar pós-morte
Uma floresta antiga, intocada
A mata virgem, o Éden
Bob Marley vem montado num Leão
Com lobos me dar saudação
Babuínos me levam para a casa de Soul
Depois de uns drinks Amy foi e eu caí
Nos braços de Janis, um sorriso, cores e som
Paz finalmente, comentei com John e Raul
Eles sorriam e o reggae não parava
Ninguém sabia as horas, ninguém recisava
Infelizmente o trem dos bends distorcidos chegou
E fui embora ao som de um bom Rock n Roll
Page solava, era jovem e no Led não estava
Numa nuvem doida pousou o trem e eu desci
Cheguei em casa e escrevi tudo que vi até aqui.
O trecho que cantaste ao meu ouvido
de palavras intrigantes fora seguido
A pressão da indireta eu tenho sentido
ou talvez seja só o acaso, sem sentido
ou o dichote do destino
Sabendo que talvez nada aconteça
fantasmas passaram pela minha cabeça
talvez a sombra dos meus desejos eu mereça
aproveitarei antes que esse sentimento desapareça
e peço para que em nosso encontro, você não compareça
Mais uma paixão para a coleção particular
não sei seu nome mas nem preciso chamar
Temos nossos encontros, vou sem me atrasar
Mas o próximo será o último a passar
e sei que também não vou te amar