Clóvis Rosa
CURTÍSSIMA SOBRE A VARA DA FAMÍLIA, MINHA MÃE E MIM
Tantos viveram menos e foram tão mais importantes, que me sentirei constrangido se morrer antes de ser o que poderia ter sido.
Este sou eu que, em todos os momentos da minha vida, procura não envergonhar o menino que minha mãe tanto amou, e que, para minha educação, usou muitas vezes a 'vara da família', a única justiça que não falha!
Nossas escolhas são as realidades que criamos. O difícil é conviver com os resultados delas, ou não.
Pensar, saber mas nada fazer, é como se não pensasse ou soubesse; a sociedade reconhece ação, não pensamento ou conhecimento vão.
Ter diploma de curso superior não significa que o conteúdo do curso foi apreendido; o que se aprendeu só é válido quando aplicado.
Se você não sabe e mesmo assim discorda sem conhecer, é uma bênção, pois, ao não querer saber evita grande angústia.
CURTINHA SOBRE A PALAVRA DEPOIS
Para onde vamos depois?
Não posso garantir que existe algo depois do ‘depois’, mas posso acreditar que sim; crer é o primeiro e mais importante passo para ser verdade, a nossa verdade, que é o que importa. Um dos sentimentos básicos é poder estar certo de que tem para si, a qualquer momento desta vida, um lugar para ficar – “o descanso do guerreiro é o seio da mulher amada”; o da guerreira é o seio do homem amado, sei-o eu.
‘Um lugar para ficar’ para o ‘depois’ é uma promessa bíblica, onde “... há muitas moradas...”.
Não era bem isso que eu queria dizer sobre o ‘depois’, mas sim que, enquanto estamos aqui, precisamos fazer o máximo que pudermos, para não nos arrependermos quando bem próximos do ‘depois’, ou antes, quem sabe?
Em nosso país, 5% das pessoas lutam para formar uma nação, porém 95% lutam para deformar o Brasil. Precisamos inverter essa equação.
Tenho CINCO eternos conselheiros, que são fiéis em todos os instantes da minha vida, são eles:
a LUTA, que me aconselha a não desistir, a ESCRITA, que me aconselha a buscar o impossível para alcançar o possível, o APRENDIZADO, que me aconselha a humildade quando creio saber tudo do muito que ignoro, o ENSINO, que me aconselha focar os detalhes que fazem a diferença no aprendiz, a MÚSICA, que me aconselha a fechar os olhos para ‘ver’ melhor.
Ser pai não é dar ao filho o que ele quer, mas sim o que ele necessita para encontrar o próprio caminho.
Ser pai não é apenas estar presente quando o filho precisa, mas também ausentar-se quando ele não necessita.
Ser pai não é querer o filho para si, mas saber dividi-lo com quem ele prefere conviver.
Ser pai não é somente gostar dos bons resultados das coisas que o filho faz, mas compreender e dividir os maus resultados.
Ser pai não é amar o filho que você quer que ele seja, mas amá-lo como ele é.
Ser pai não é apoiar o filho quando se quer, mas sim quando ele quer.
Ser pai não é construir o filho, mas apoiá-la em sua construção e reconstrução.
Ser pai não é "sufocar" o filho, mas deixá-lo vir a você quando ele precisar.
Se você não sabe e mesmo assim discorda, isso é ótimo! O ignorante é um ser feliz, pois sempre tem certeza de tudo.
A função do professor universitário jamais é pensar pelo aluno, nem mesmo complementar as ideias dele, mas sim prestar auxílio suficiente para que ele descubra o máximo do que está dentro dele, estudante. Depois, se necessário, completar.
O professor universitário não deve poupar, ao aluno, o esforço pensar, mas sim, estimulá-lo a refletir por si próprio.
O professor universitário orienta, mostra caminhos, retira obstáculos; o aluno, se desejar, aprende.
Não sou capaz de entender todos os meus alunos, mas do primeiro ao último dia de aula dedico o máximo de mim para que eles compreendam o que precisarão ser no futuro que viverão.