Cleverton
Uma flor singela
Os meu olhos e véus da minha alma não conseguem decifrar o que há de tão especial nessa gloriosa existência, crescemos, vivemos, aproveitamos e reproduzimos a nossa descendência, Posso olhar as cortinas do céu e me sentir aborrecido, posso enxergar os oceanos e não ver peixes em meu favor, procuro sempre me sentir em casa, sinto me mais distante do além consagrado, sinto o meu suor transpirando como uma brisa gelada, o meu amanhecer é como de beija flores, vivo experimentando o doce sabor do néctar, quando estou prestes a conhecer o estigma sempre me deparo com uma escuridão, um leve calafrio em minha alma e um doce amargo na minha boca, sabe, eu só queria me distrair por um instante, cada vez que olho para os lados sinto que os meus caminhos cada vez estão mais distantes do porvir, quando o beija flor desce na flor singela ele sempre vê gotículas de água, ele sabe que o sereno chegou e que o dia de labuta esta prestes a começar, a escada do céu cada vez mais me deixa ansioso e contrito, me sinto indignado por não conseguir o que quero, vivo em metamorfose, sinto tão sozinho ao ponto de eu mesmo crucificar a minha mediocridade da razão, vejo tantos olhares diferentes, parece que a minha forma de pensar esta cada vez mais subordinada da vida existente, vivo tentando mudar o que já é perfeito , mas, Deus disse que não existe ninguém perfeito.
Diz a lei da vida que o ser humano não alcança a perfeição e que sim só a lapida, tento me integrar no futuro, meu passado sempre está no presente em que vivo, sabe aquele dia em que você acorda e não quer ver o futuro. É como se a vida estivesse parada no tempo de um resquício, se minha vida se despedaçar, serei a como luz que anda sobre as trevas, se ás águas me afogarem as placas tectônicas se abrirão no solo para que eu possa atravessar grandes poços negros sem luz , se alguém me queimar eu renascerei das cinzas, serei como a águia na idade avançada, subirei nas mais altas montanhas e arrancarei minhas penas, por fim o bico e viverei por mais tempo, se uma pessoa de má espírito pisar em minha calda, renascerá outra novamente, então termino o meu fragmento dizendo: não faça o mal. Não julgue, pois a vida é baseada em cachoeiras, se ela secar pode ter certeza que a chuva em breve aparecerá, o passado sempre traz de maneira mais dura o incessante de um fel que não se apaga, baseado em uma cicatriz sem cura.