Cláudio Buethner
Às vezes sou gato, noutras vezes, macaco. Perturbo o sossego de quem quiser ter. Sou silêncio, sou carinho, um redemoinho. Sou paz, aspas e até reticências. Sou o barulho e a estrada vazia. Sorrio, pra ver se me notas. Silencio, pra perceber se me ouves. E sigo caminhando assim, até que as minhas pegadas encontrem as suas, e só se percam de novo, se for de amor.
O problema não é passar pela insônia, mas desviar daquelas malditas frases feitas que são feito dardos que vêm na nossa direção.
Presença de Deus não significa ausência de dificuldades. Presença de Deus significa ausência de desespero durante as dificuldades.
Ingenuidade é você querer demonstrar com um olhar o que a outra pessoa não entenderia mesmo que você falasse...
Felicidade é quando você encontra alguém que mesmo no meio das tuas bagunças consegue encontrar seus valores.
Eu estava ali, ela distante. Eu era as frases, ela reticências. Eu via nos seus olhos o meu mundo, ela apenas o mundo. Eu sorria pra ela, ela ria de mim. Eu perdi meu tempo, e ela um amor sem fim.
Se passar pelos meus sentimentos e mesmo assim não gostar muito do que viu, por favor, não se exalte, não bagunce nem tire nada do lugar. Apenas devolva a chave por debaixo da porta que eu irei entender. Eu sempre irei entender...
Maior dor do que a dor de saudade que se sente de alguém é quando esse alguém não sente dor, nem saudade, nem ninguém.
Quando de repente o meu coração se partiu, a saudade que eu sentia escorreu pelos olhos e desapareceu lentamente. Nunca mais a vi, assim como nunca mais amei ninguém.
Logo eu que sempre disse pra ela que para tudo tinha um plano “B” me perdi em palavras que não deveriam ser ditas e nos planos que faziam das minhas juras de amor um castelo de areia sem fim. Acabou-se o castelo, o amor e os sonhos. Restou-me apenas um plano. O de começar tudo de novo e de admitir que o plano “B” deve ser improviso e não ensaio.
Eu sei que eu sou novo nessas coisas de amor. Mas eu tenho certeza que era isso que eu sentia. Nunca vi as minhas pernas tão bambas como naquele dia em que ela me anunciava a sua partida. Acreditei, verdadeiramente, que ela levava um pedaço de mim. Agora eu entendo quando as pessoas se fecham. Não é por falta de amor, mas de um coração que um dia foi levado embora...
Enquanto ela seguia com os seus olhos brilhantes compenetrados em um futuro incerto, eu vivia parando e escrevendo o nosso nome em árvores, bancos, muros. Foi assim que a gente se perdeu. Eu fiquei pra trás amparado nas lembranças que desenhei de nós e ela, apressada, não deixou sequer o endereço onde a sua saudade pudesse ser encontrada. E foi assim que a gente se perdeu pra sempre.
O problema nunca esteve na decolagem, mas no pouso. Assim como nunca esteve nos sonhos, mas naquele momento em que a gente se depara com a realidade bem desperta diante de nós, simples e simultaneamente complexa. É essa confusão que nos faz perder o sono ou querer dormir um pouco mais na dualidade de um próximo sonho ou noutra dose de café qualquer...
Antes de julgar pelas aparências externas lembre-se de que as pérolas surgem no interior das ostras que, em algum dia, já viveram o seu momento de desprezo aos olhos de quem se achava muito sábio.
O seu coração não é tanque de combustível para você ter que dizer ao outro: "COMPLETA". Você é o mais perfeito inteiro de todos. Aceite-se.
Todo e qualquer tipo de desenvolvimento advém do esforço. Sejam através de músculos, da mente ou do próprio coração. Exercite-se.
A solidão só existe para dois tipos de pessoas: àquelas que se recusam ler o mundo e todas as que ousam não interpretar a si mesmas.