Claudinei Dias
Eu costumo pensar o seguinte: toda vez que nos sentirmos mal pensando que estamos ficando velhos e não conquistamos nada, devemos nos lembrar das pessoas que morreram mais novas do que nós e que independente de terem ou não um futuro promissor, tudo acabou ali. Nós por estarmos vivos estamos em infinita vantagem sobre elas, pois ainda temos aberta a porta para todas as possibilidades, cuja condição mínima é viver.
A verdade é que se uma pessoa não se bastar, não viver por si própria e para si mesma, sempre terá motivos para se sentir vazia, pois esperar amor, bondade ou compreensão dos outros é perda de tempo. Embora a vida de uma pessoa esteja interligada a dos demais, no fim das contas é cada um por si e Deus por todos, isto é, tem problemas que nem a nossa família pode resolver por nós...Se não encontrarmos uma resposta à nossas inquietações em nós mesmos, não a encontraremos em lugar nenhum.
Ainda não descobri o que é pior: a vida ou a morte. O calafrio do desconhecido, ou o medo do que se conhece, qual poderá ser o mais temível?
Se meditarmos sobre o estado no qual nos encontramos, ficaremos diante de dois abismos: podíamos estar em condições melhores, como também podíamos estar em condições infinitamente piores. Numa escala de comparações veremos que poderíamos ser bem mais felizes do que somos ou ainda mais desgraçados do que julgamos ser.
Tenho certeza de que se algumas pessoas pudessem prever o tipo de morte que lhes esperava, teriam preferido suicidar-se antes!
Queria estar morto, ou melhor inexistente: Alheio a tudo e a todos, inconsciente sobre a minha condição, indiferente à minha própria indiferença. Não querer, não sentir e não ter necessidade de nada. Imune à dor, livre da escravidão do prazer. Rijo e insensível como uma pedra, invisível como o vento. Um nada absoluto que nada quer, nada sente, nada sofre. Simplesmente um nada!
O segredo da felicidade é não desejar: Quando há desejo, pode haver fracasso, que resulta em frustração. A frustração gera a tristeza que pode evoluir à depressão. Portanto, a apatia não deveria ser vista como um defeito mas sim virtude e fator de proteção.
Vence a ti mesmo e não serás vencido por ninguém. Domina teus desejos e não serás dominado por eles. Conhece os teus pontos fracos e aumentarás os teus fortes. Aprende com os teus erros e não serás reprovado por eles.
As grandes revoluções nascem das maiores necessidades. Quanto maior a carga sobre um povo, mais difícil será esperar vê-lo suportá-la.
Quando temos em mãos uma verdade, devemos ser zelosos para não usarmos dela com leviandade como fazem os mentirosos com as suas mentiras.
A nossa falta de pragmatismo só vem à tona quando surgem problemas complexos e não sabemos como resolvê-los.