Clauderlane Monteiro

Encontrados 3 pensamentos de Clauderlane Monteiro

“Degustar”, fazia muito tempo que não ouvia esta palavra.
Lembrei-me do momento em que a usei para expressar um momento inconsolável, incompreensível. Lembranças de um pedacinho da vida que se desfez, de um sonho que se traduziu em falsa realidade, de momentos... Cama dividida, lençóis espalhados, um guarda roupa vazio e um vago vasto de solidão.
Falta? Saudade? Ironia do destino? Quem sabe!
A verdade é que recomeçar a cada tropeço e um grande incentivo e é claro muito difícil. Pessoas entram em sua vida e marcam presença e outras não passam de um simples passeio de canoa que podem se molhar ao mergulhar de cabeça em águas desconhecidas.
É muito fácil parar, sentar calcular, projetar, mais é quando algo escapa pelas mãos que nem areia em contato com mar que nos damos conta que tudo na vida não passa de um malabarista em treinamento para um grande espetáculo com um grande numero de publico ou uma arquibancada neutra. É algo que não faz sentido! É ferida mal cicatrizada que fica inflamada e de vez em quando dar um alerta de que ainda esta ali, pronta para ter fazer chorar, em algum lugar nas redes sócias anônimas, nas fotografias cortadas ou quem sabe naqueles presentinhos guardados em um baú de difícil acesso, só para não maltratar muito.
E nesta espera quantitativa de dias intermináveis, o tempo vai oferecendo novas oportunidades e expectativas de um futuro e pessoas melhores...

Desapegando dos sentimentos ocultos e proibidos
Desapegando das emoções borbulhantes
Se desprendendo do que já foi perdido
Enterrando o que já foi fascinante
Mais em meio a tantas decisões
Surge-me uma duvida cruel
Como esquecer tantas emoções?
Que muito me deixou o gosto do mel
Mel, a cor dos teus olhos, tão brilhantes.
Mel o gosto do corpo, que inúmeras vezes,
Eu me perdi.
Mel o sabor dos seus beijos
Na qual me entreguei
Desesperadamente me entreguei,
Sem censo, sem medo.
Com desejo louco, insano de um novo amor.

Saudades... consequência de uma longa ou pequena ausência. Há quem diga que a distância pode amortizar emoções, pode ser que tenha fundamentos lógicos, mais acredito fielmente que é capaz de plugar uma turbina de desejos e sensações inexplicáveis.
Te ver mata a ânsia do desejo de te querer, ouvir a sua voz que ecoa no timbre dos meus definidos sentidos. Tato, olfato, degustação, visão e a ciência tentando me explicar que eu preciso disso para acalmar meu desejo, tão louco, incontrolável e proibido.
O mais maluco dessas sensações é a criação inconsciente do meu momento, que te englobar nas diversas paisagens humanísticas, físicas e críticas e prisioneiras dos meus próprios pensamentos.
Liberdade de expressar o quanto te quero nesse momento. E a razão vem à tona, me pôr no chão e sinalizar que ocultos estão e deverão ficar...quando não se pode ter aquilo que se almeja é melhor se desprender do fato de não ter aqui do meu lado.