Claudeci Ferreira de Andrade
As máscaras formoseiam-me feliz demais para a morte, que é o único estado real e permanente de nossa existência, ou pelo menos, a realidade do nada.
A lei do menor esforço é real e prática do ser humano em todos os setores, e só as vantagens e propinas podem quebrá-la.
Porém, chegando lá, está um professor ajustado para trabalhar com a maioria sem o principal objetivo, faz-lho "amassar barro" em nome da uniformização, aprendendo o que já sabe. Uns esperando pelos outros. O progresso é proibido para os avançados.
Que nenhum aluno suponha, por ter sido usado como instrumentalidade para agariar fundos do sistema mantenedor, que é bom cidadão, só por isso não.
O alunado é o "Dom Quixote' do sistema que ataca os professores como aos moinhos, que o foram, outrora, por aquele herói sem nenhum caráter (anti-herói), comédia. O que diríamos, cá para o Brasil, "Macunaíma, herói de nossa gente". Os alunos perdem muito tempo armando-se e atacando os professores que supostamente "roubam" suas notas. E os moinhos de vento, atacados, continuam lá fazendo o seu trabalho como podem, rangendo: despedaçados.
Acho que a maior desgraça de um profissional da educação é ter que ensinar para quem não quer aprender.
É fácil fazer o professor trabalhar à toa. Todos de uma sala tiraram menos de dois em uma prova que valia cinco, o coitado foi obrigado pela coordenação a elaborar e aplicar outra prova – a culpa é dele. Será que os alunos não boicotaram?
O educador nunca será um verdadeiro educador, a menos que leve muito a sério o significado de ensinar.
Porém, o que vemos é que nem os próprios professores se importam com eles mesmos! Onde estão as assembleias de reivindicações?
Como são farristas os irreflexivos, vejo aqui a alegria carnavalesca, sem causa. Como é fácil pintar a religiosidade imposta com fútil brilho dos fogos!
A vida é como um GPS que reprograma a rota, quando se sai dela. No fim último, ninguém se perde, apenas teremos que percorrer distâncias maiores, remando a favor de objetivos alheios.
Falando do Bolsa Família, Corrija-me quem puder, mas entendo que eu na qualidade de professor público sou uma extensão dos benefícios do governo (também carinhoso) para os outros "miseráveis".
Dizem os bem relacionados que a liberdade não existe, eu procurei a solidão e encontrei a liberdade!
Estamos tão desacostumados de boas e sadias relações que elogios da parte deles, são uma tentativa para nos enganar. Vemos assim! Então, no trabalho, andamos e falamos como “quem pisa em ovos”, é impossível não quebrá-los.
Aliás, esta solidão, que realmente está bem resolvida aqui dentro, na minha alma, faz-me mais bem que muitas outras pessoas que fingem se importar comigo.
A água sempre discute com seus obstáculos antes de os contornar. Portanto, quando alguém lhe ofender ou frustrar, contorne-o, mas antes faça uma pressãozinha para achar o caminho mais fácil.
PARA MEUS ALUNOS QUE ACHAM QUE ESTOU MENDIGANDO SEU RESPEITO E PIRRAÇAM, PERTURBANDO A AULA DOS OUTROS.
Obediência forçada não é virtude. Não quero merecer seu respeito, e nem poderia pretender se mesmos seus pais não o têm. Esta é a prova de que educação escolar não substitui a familiar. Afinal, o céu não é feito de respeitados, mas sim de respeitadores.
Onde há a comida que me alimenta, há também os cheiros e os sabores dela, mas não sentirei nenhum prazer se não tivesse em minha própria língua e olfato a percepção e a distinção dos mesmos. Portanto, sou a razão do prazer que sinto. Se o prazer é pecado, então nossa existência é pecado.