Clara Furtado
Já limpei lágrima no meu rosto de tanto rir, já chorei de inchar meus olhos, já fiquei passada de vergonha para aprender que certas coisas não tem nada a ver, já fui ridícula de não querer nem lembrar e, depois, lembrar e rir daquilo, já fui patética no Amor para poder entendê-lo melhor, já quebrei a cara em certas situações para aprender a valorizar os pequenos detalhes da vida e as melhores pessoas, já fui mal criada com os meus pais para poder entender que eles sempre tinham razão e hoje, respeitá-los como merecem, já briguei na escola para entender que não é assim que se resolvem as coisas, já me arrependi de ter feito coisas e não ter feito tantas outras para entender que a vida é assim mesmo, já fiquei de castigo para aprender a ter limites, já levei fora e já dispensei quem me amava para poder dar valor a quem merecia, já me decepcionei e decepcionei, já menti para alguém e para mim mesma para entender depois que bom mesmo, é ser verdadeira sempre, já pensei ter amado alguém para aprender a não teimar mais comigo mesma, já toquei campainha e saí correndo para aprender que, se a gente aprontar, um dia, nos pegam, enfim...
Como todo mundo, não sou perfeita e jamais serei; já errei e já acertei e continuarei errando e acertando e de tudo que já fiz e hei de fazer na vida, sei que todo esse tudo tem a sua razão de ser, porque nada acontece por acaso e no mínimo serve para o nosso aprendizado; se tudo o que já fiz me fez a pessoa que sou hoje, tudo o que hei de fazer me fará melhor ainda; é só entender a nossa condição de humanos que erram e tem chance de aprender com seus erros e, realmente não os repetir e humanos que acertam e não perdem a oportunidade de sorrir e também aprender com esse acerto e, assim, como eternos aprendizes, não parar de crescer com a vida e não se punir por errar. Todo mundo já fez uma meia duzia de coisas ditas aqui, mas só quem é esperto aprende com os erros e aproveita bem os acertos e não esquece que tudo tem uma razão de ser. Viva!!! Viva sem medo de ser feliz, errando ou acertando. Só não prejudique nem a você e nem aos outros.
Prenda-se, mas mesmo amarrada, continue solta, como nasceu, de coração leve e livre de pressões ou temor algum de desapegar-se do que atrase, atrapalhe, não compense ou tenha qualquer resquício de pretensão de te fazer algum mal.
Prenda-se, é permitido e não é ruim, mas não amarre-se totalmente, isso sim, é um tanto quanto perigoso. Entrelace-se ao Amor pelo outro da forma mais plena e harmoniosa, um nó apertado, mas não cego, intenso no coração, mas não a ponto de confundir e emburrecer a cabeça; um laço firme e, ao mesmo tempo, totalmente escorregadio, forte mas, tanto quanto, fácil de desatar, para que, ao menor sinal de 'amor' enganoso ou destrutivo, possa então soltar-se, libertar-se, com toda facilidade do mundo do que por instantes pareceu verdadeiro, apenas pareceu.
Entregue-se sem medo ou neuras, afinal, esse Amor pode ser, sim, realmente verdadeiro, o da sua vida e como tal deve ter todos os momentos bem vividos, mas cautelosamente, ele também pode perfeitamente não ser e sofrer jamais será imagem de felicidade.
Ame cegamente, mas só no modo de dizer, porque no fundo deve-se ter olhos bem arregalados e de excelente visão, daqueles que enxergam muito bem, porque ao contrário do que alguns dizem, o Amor não é cego e nem muito menos burro.
Ame intensa e profundamente, mas bem no raso e isso não quer dizer de forma superficial, diz apenas que é correto e esperto procurar enxergar sempre e atentamente o que acontece na superfície, do lado de fora das profundezas desse seu coração.
Ame, mas antes, ame-se.
Vencendo ou perdendo, acertando ou errando, mas vivendo, respirando e, na vida, sempre tentando.
Porque só quem está vivo é quem tem o privilégio divino de tentar e nas tentativas, vencer ou perder, acertar ou errar, sem desistir. Isto é viver.
Não saio por aí amando todo mundo, definitivamente. O Amor não é um brinquedo ou a roupa que trocamos todos os dias ou o produto à venda em prateleiras de lojas. Amor é coisa séria. Mas quando e quem eu realmente amo, eu amo mesmo, pra valer e de verdade. Pode ser Amor da amizade leal, pode ser Amor da paixão que nos completa, se eu sentir que é verdadeiro e genuíno, amo sem neuras e sem medo de demonstrar e afastando, assim, a cautela que, diante do real Amor, passa a ser dispensável e desnecessária.
Amo e não é que eu dependa de tais amores; isso nem seria possível, pois na verdade amar não é depender e porque sempre existe o Amor a Deus e a nós mesmos, sempre incontestáveis. Amo porque isso nos faz sentir sempre pessoas melhores ainda, melhores que nós mesmos, porque nos desperta a vontade de cuidar, proteger, zelar, de literalmente, amar.
Amo muito quem nasceu para que eu ame e quem eu sinto uma enorme vontade de amar, embora esse Amor todo não precise de esforço algum para acontecer, tampouco para existir e permanecer, porque de alguma forma, eles merecem que os ame e é sempre muito fácil perceber, porque esse Amor vem de volta, sincero como o meu. Amo essas pessoas especiais, as que fazem parte das nossas melhores orações e estão em todos os nossos momentos e pensamentos, aquelas que, quando citamos o Amor, sabem que estamos falando exatamente delas, as mesmas com quem queremos dividir nossas coisas, as agradáveis, porque queremos o melhor para esses nossos seres amados, e as não tão agradáveis assim, dos desânimos da vida, pois confiamos e nos sentimos seguros com estas mesmas pessoas que entregamos o nosso melhor, porque no fundo sentimos que é com estes que podemos contar, abaixo de Deus, pois sentimos também que eles vieram e existem em nossas vidas a mando dEle.
Amo e isso, é tão bom. Bom demais!!!
No mergulho de mar, nos pingos da chuva, nos raios do sol e na brisa invisível que toca a nossa pele, assim como no ar que entra e sai dos nossos pulmões, no Amor que existe, na lua que clareia a escuridão da noite tranquila e necessária ao sossego pelo movimento do dia, no carinho do bichinho de estimação, nos grãos de areia que se movem de lugar, na planta que nasce, no fruto da árvore que brota para alimentar, nas marés, nas folhas que caem, no perfume das flores, nas estações, na força de uma formiga, na leveza dos movimentos de uma baleia, no canto dos pássaros, na concepção e vida dentro de um ventre que cresce a cada dia e com tempo certo de vir ao mundo, na imperfeição humana em seres perfeitamente criados, na matéria tão dispensável, uma casca, mas criada com todas as suas funções estabelecidas com precisão para viver, na alma de cada um, única e especial, nos milagres da vida, na vida inteira, Ele está presente e Ele se apresenta sempre tão perfeito. É sempre um espetáculo maravilhoso e inigualável.
É tão bom sentir Deus e Ele está em todo lugar. Isso é reconfortante e traz paz.
Quando acaba, quando não se esperava ou se queria aquele fim, inevitavelmente haverá sofrimento, mas o tempo não irá parar para que se possa chorar ali, no canto, como se nada ou ninguém ao redor também vivesse ou alguma coisa ou alguém dependesse de uma alegria ausente, com toda a importância que as outras pessoas dão e que essa alegria tem; esse tempo continuará seguindo reto e a vida à espera de suas atitudes e ações e reações, as pessoas que te amam e que de alguma forma precisam de você, à procura do viço e da vontade de vencer que contagia.
Os cacos estarão inevitavelmente espalhados, mas eles não irão se juntar sozinhos e lá na frente você verá que isso é só no começo. A cola desses cacos é feita de esforço, sorrisos e vontade de ser feliz, sempre e sempre. E essa cola não pode faltar, jamais, assim como as ações e reações, o viço e a vontade de vencer e lá na frente você também verá que essa cola realmente não falta e tudo estará inteiro e reforçado de novo.
A tristeza é normal, mas só enquanto houverem motivos suficientes para se manter triste e, ficar desolado por algo que passou, por si só já é motivo além da conta para se refazer e com toda a força e dignidade do mundo. Colar-se e erguer-se para seguir em frente e enfrentar novos desafios, de cabeça erguida, porque, as tristezas da vida são inevitáveis, mas o que faz alguém forte é a forma como as supera.
Primeiro a gente se arrasa, uns mais tempo do que outros, em maior ou menor intensidade, o tempo certo e em intensidade suficiente para que uma hora, enfim, enxerguem; mas se arrasa, acha que tudo virou em tons de cinza, que esse mesmo tudo é chuvoso e nada tem mais tanta graça assim, pensa que só queria que tudo voltasse a ser como era antes; doce ilusão. Aí, então, o tempo vai passando e a visão turva vai clareando novamente como que se lentes especiais melhorassem todo o redor, os 360º. À medida que este tempo, tão precioso, especial e divino vai passando, vamos vendo novas coisas e pessoas, sentindo novas emoções, ressentindo algumas que deixamos de lado em outras épocas, doces e amargas épocas.
Então, um belo dia, totalmente de coração e mente sarados e sãos, olhos de excelente visão assim como ouvidos, olfato, paladar e todos os sentidos, voltamos ao normal e enxergamos, ouvimos, sentimos o cheiro, o sabor e todas as emoções verdadeiramente sentidas, de uma forma feliz e plena e descobrimos que tudo estava trocado.
Numa época em que tudo parecia colorido e ensolarado, na verdade não tinha cor alguma, pelo menos não aquelas do arco-íris, cores fortes, vibrantes e alegres e tudo era mais nublado, o tempo era na maioria das vezes mais fechado.
E noutra época em que tudo era cinza e não dava praia, era somente pela visão turva provocada pela tristeza que só uma decepção pode causar.
Entende também que o que antes parecia ter graça, hoje já não vale mais a pena e que hoje, do jeito que está, é como tem que ser e ainda bem.
Percebe que, na verdade, tempo bom mesmo é agora e que não se arrepende de nada, mas que de jeito nenhum quer que volte a ser como antes, nem acredita que passou por tudo aquilo, não só por ter sido tão forte a ponto de superar com dignidade, mas pelo fato de nenhum pouco daquele desânimo todo ter tido algum sentido, além de ter aprendido a segurar uma espada e um escudo e é por isso que é nessa mesma hora que descobre também que toda essa confusão tinha uma razão de ser, era necessária para que, hoje, pudesse enxergar tudo isso, dessa forma tão amadurecedora e, então, se refazer em moldes reinventados, se reinventar de forma aprimorada, crescer e, depois de uma tristeza, sempre chata, se tornar bem mais forte para ser feliz de novo e, dessa vez, não da forma perfeita, os erros sempre existirão, mas com as lições tiradas, experiência e novas provas pela frente para que possa chegar o mais próximo possível dessa perfeição impossível, a cada dia, saltando e desviando todos os erros já vividos, como um bom aluno da vida, porque a perfeição é impossível, mas tentar ser melhor que si próprio a cada dia e para o próprio bem, às próprias custas e vendo os exemplos, é totalmente possível, válido e imprescindível para ser feliz nessa vida, então...
...vai ser feliz!!! É sempre chance. A felicidade está logo ali. Quando parece distante, na verdade está pertinho. Vai em busca.
Não é procurar e querer o príncipe encantado, ele realmente não existe e nem precisa ser; mas procurar e querer, sim, o cara real e completamente normal, com seus defeitos e qualidades, mas que no seu jeito e sem coroa na cabeça, saiba ser esse cara real e completamente normal, um homem de verdade e que saiba tratar quem está do seu lado como uma princesa, uma princesa de verdade, não por ser de alguma realeza, mas pelo trato que lhe é dado.
Este, sim, existe e deve ser.
Porque se ele não precisa ser um príncipe, também não precisa ser um completo sapo.
Amar é se entregar sem se acorrentar, sem enjaular o coração e sem deixá-lo preso e desavontade, como um prisioneiro por um crime que não cometeu numa prisão sem chave.
Amar nunca foi, não é e jamais será sinônimo de depender.
Depender é um sentimento de carência que não tem nada a ver com Amor mas que muitos insistem em confundir com ele.
Não adianta, as tristezas sempre irão acontecer, uma hora ou outra. Mas não adianta, mais ainda, uma hora ou outra, do mesmo jeito, você acabará rindo de novo e mais alto e mais escancarado e mais forte, você se pegará rindo e vai ver como isso é bom depois de ter ficado tanto tempo sério, seja quando uma coisa for muito engraçada, mesmo que seja uma bela de uma bobagem e mesmo ainda estando um pouquinho tristonho por dentro, seja simplesmente porque a alegria voltou forte, mas você sempre acabará rindo novamente e, então, ficará feliz de novo, não pela bobagem muito engraçada que te fez rir ou porque simplesmente, por alguma bela razão, a alegria voltou, mas só porque a vida é assim mesmo, desse jeitinho, com altos e baixos e é com todo mundo e é num desses momentos, em todas as muitas vezes que eles acontecerão, que você vai se dar conta mais uma vez da besteira que te fez ficar triste e vai se erguer novamente, sorrindo e se perguntando: porque eu estava assim? E se dando conta, de novo, que a prioridade mesmo e sempre, é ser feliz, embora às vezes inevitavelmente, triste. Porque ser feliz é muito mais inevitável e ainda por cima, é a melhor parte da vida.
Não se preocupe. Hoje você chora, amanhã você sorri e assim a vida vai seguindo. Mantenha os sorrisos sempre para tornar a vida leve e chore, quando necessário, pela mesma razão.
Você não precisa e não depende de ninguém, definitivamente, mesmo que ame ou ache que ame intensamente esse alguém.
Se todos os dias descobrir e redescobrir que realmente ama porque vale a pena, porque é um Amor bom, aliás, porque é o Amor, sem definição, pois Amor de verdade não se define de nenhuma outra forma, só Amor por Amor e pronto, se sentir que é aquele tipo de Amor pelo outro que você diz que não vive sem, então, acredite, mesmo assim, você não depende dele. O Amor não causa dependência.
Não vive-se bem sem o sentimento Amor, isso é irrefutável, mas vive-se sim sem a outra pessoa que o desperte em nós, mesmo que o tenhamos verdadeiramente próximos ou não, porque, além desta, existem inúmeras outras formas nas quais o sentimento Amor se apresenta em nossas vidas e preenche nossos corações, seja Amor pela família, Mãe, Pai, filhos, amigos verdadeiros, bichinho de estimação, Amor por uma causa, Amor ao trabalho, Amor por nós mesmos ou Amor a Deus. Podemos não querer viver sem o outro que nos desperte Amor, aquele Amor que todos querem, que queremos envelhecer ao lado, mas podemos viver sim, sem este outro, porque, como seres individuais, não somos dependentes, a não ser de Deus.
Mas, se todos os dias descobrir e redescobrir que não tem nada a ver com Amor, aquele Amor que não precisa de qualquer outra definição, aquele Amor ao outro que você diz que não vive sem, ainda por cima tendo o seu coração e vida preenchidos por todos os outros Amores da sua vida e todos nas suas diferentes formas, então, realmente, você pode deixá-lo partir ou, simplesmente, mandar ir, porque, com certeza, esse, você tanto vive sem como deve querer não viver com.
Com certeza, com o seu coração tão preenchido por tantos diferentes Amores, Mãe, Pai, Filhos, Amigos, Você mesmo e Deus, não será tão difícil achar este outro Amor, o que queremos dividir nossas coisas até ver ruga feliz na cara dele e no reflexo do espelho, juntos.
Quando o coração teimar em bancar o cérebro e querer pensar demais, faça o cérebro ser bem racional, como só ele consegue ser com tanta excelência, se for esperto, para que ele teime e minta para o coração, sempre bobo, até que, de tanto teimar e mentir, o coração, bobo, acredite no cérebro esperto, pare de pensar e comece a amar, que é a função dele, só que de forma esperta para amar quem vale a pena e primeiro a si, tomando o conselho do cérebro.
A gente se mostra sempre forte, mas tem os momentos de fragilidade, normal. É como se um tijolinho da nossa construção caísse, num determinado instante, mas é nesse mesmo instante e exato momento que estamos, ao mesmo tempo, recolocando o que caiu e acrescentando alguns novos tijolos na nossa estrutura, na arquitetura da nossa fortaleza e, lá na frente, quando o cimento secar, nem percebemos que ali existiu alguma falha, porque a fachada da obra ficou até mais bonita. Aí a gente imagina que aquele tijolo precisava ter caído e sido recolocado e assim, outros acrescentados, para dar tudo certo.
Eu realmente não acumulo em minha vida o que não merece ser guardado. Me desfaço rapidamente do que eu perceba que está apenas fazendo entulho, causando bagunça e desordem ou simplesmente por não estar causando nada, absolutamente nada de especial no meu viver e me recuso a aceitar próximo a mim quem o que não compense estar. Quanto a isto, eu realmente não tenho dificuldade alguma.
Jogo fora o excesso desnecessário e procuro deixar o mais organizado possível as minhas prateleiras, as minhas gavetas, o meu espaço, os meus álbuns, as minhas caixas de entrada, o meu pensamento e o meu coração, para que quando eu sinta que deva preenchê-los, que o faça tendo a certeza que todos os meus espaços estão devidamente arrumados. Procuro sempre manter tudo limpo para não tropeçar em lixo ou sentimentos corrosivos e destrutivos, desamor próprio e atrasos, certa de que aparecerão as coisinhas bonitinhas para compor a decoração do meu ambiente, na hora certa, o Amor certo e sentimentos verdadeiros, bonitos.
Não me prendo e sou escorregadia. Basta apenas eu perceber que o laço que tenta me segurar é frouxo e não forte, permitindo que eu me desate ou entender que quem pretende ocupar-me não vale um centímetro do meu espaço. Enquanto isso, meu coração, terreno inabitado e meu pensamento, espaço ocupado com questões do dia a dia, em ambos e em todo o resto, só permanecendo quem faça por merecer. Tantos Amores existem.
Às vezes eu vejo tudo e todos tão esquisitos e é tão estranho. É como se eu não conhecesse ninguém. Pode ser só os afazeres do dia a dia, pode ser que estejam tão ocupados que não lembrem de tirar um instante de um longo dia, num dia de uma longa semana e mês de um longo ano e ano da vida inteira e seja lá o que for do seu tempo, para dedicar a cumprimentar, se abrir, sorrir, ser cordial ou mostrar que existe para quem ama, conhece e considera ou simplesmente esbarra todos os dias, num gesto amigável e de educação apenas e tão simples que é, tanto quanto indispensável e isso acaba nos fazendo duvidar por um segundo das amizades, mesmo tendo a certeza de que são verdadeiras, que podemos contar com elas e é exatamente por isso que é tão estranho e eu nunca me acostumarei com isto, pode ser, realmente pode. Mas é nessa hora, então, que dá aquela impressão da certeza que se tem, de que somos sós no mundo de Deus e só a Ele temos realmente.
A beleza não é só aquela casca bem trabalhada que fica do lado de fora, mas é todo miolo por dentro dessa casca, se é ou não colorido.
De nada vai adiantar a casca sem um bom miolo.
Ninguém consegue nada verdadeiramente sem merecer. Se você conseguiu, você mereceu, seja a coisa boa ou não, o que queria ou não.
Valorizar-se não se trata apenas de cuidar da boa forma, do círculo de amizades, de investir em si próprio, de preservar e fortalecer seus valores, entre tantas outras coisas. É não deixar que nenhum mau-caráter reduza isso a quase nada e torne esses cuidados em vão ou até inválidos.
Não fuja do foco de vida. Cuide-se realmente.
Cafajestice tira o charme e a beleza de qualquer homem, ou melhor, um cafajeste nunca foi, não é e jamais será charmoso ou bonito.
Eu sei exatamente o tipo que eu quero para mim. Penso nele o tempo todo, mas na verdade, nem sei o nome dele ainda, nem quem ele é, eu ainda não sei. Tudo o que eu sei é que ele existe tanto quanto ele sabe que eu também existo e que um dia, nos encontraremos.
Quem disse que ser feliz tem a ver com sorte? Sorte é só uma pitada do tempero. Tem mais a ver com Fé e atitude. O seu destino é você quem faz, então, haja e acredite, porque parado nada cai do céu.
Mesmo com medo e mágoa, não desista do amor. Todo mundo tem ou teve medo e mágoa. Se isso fosse razão para deixar de amar, ninguém nunca mais amaria.
Para ser feliz, de verdade, ninguém precisa necessariamente de roupas caras, conta gorda, carro importado, amigos bajuladores (falsos), jóias pesadas, perfumes de mini frascos, casas exageradas, iates luxuosos, restaurantes caros com pratos minúsculos, risos falsos ou todas as 'grandes coisas'.
Para ser feliz, de verdade, se consegue mesmo com as roupas mais simples, mas cheias de humildade por baixo delas, com dinheiro o suficiente para honrar os seus compromissos com dignidade e ainda sobrar uma grana para uma rodada da bebida preferida com os amigos do lado esquerdo, com um carrinho velho, mas pago e cheio de boas histórias para contar, com amigos do lado que você realmente pode contar, tendo no dedo, mesmo que como única joia, um de dois anéis de um casal realmente apaixonado, usando o perfume que você gosta e chamar atenção do mesmo jeito, só pelo resultado da mistura da fragrância e do suor de gente honesto ter sido perfeita, ter barquinho para pescar, casinha para morar, geladeira cheira e prato farto, conviver com boas e sinceras gargalhadas e ter todos os grandes detalhes da vida que são o que, no final das contas, fazem a diferença.
Não é que o dinheiro seja a pior coisa do mundo. Neste mundo, ele é moeda e necessário para facilitar a vida e se o tivermos em abundância, não é uma coisa ruim, mas o importante é entender que o que traz felicidade, realmente, não é esse tipo de abundância, é a forma como a vida é encarada e vivida, como os valores são impressos nessa mesma vida. Até pode-se ser feliz com muito dinheiro, mas é com pequenas coisas e detalhes verdadeiros e carregados de Deus que o coração pode ficar cheio e pleno. Gente rica tem mais possibilidade de ficar vazia, pela presença exagerada das grandes coisas e ausência dos detalhes.