Cidinha Almeida
Tentei pisicografar sua alma
Mas me faltou palavras
Não posso dizer o que sinto
Melhor e ficar calada.
Sonhar não e coisa de louco, mas todo sonho tem que ter um certo grau de realidade, porque quem se agarra ao irreal se afoga na loucura .
Quando o vento da sensatez sussurra em meu ouvido, dissipam - se as nuvens escuras que obstruia a minha visão, minha mente se faz liberdade, minha voz se faz oração.
Eu não sou a poesia, eu vivo a poesia, ela brota de algum lugar e preenche o meu vazio.
Eu choro, eu sorrio, me armo e desarmo, eu dito e desdito o que por mim foi escrito.
Me calo, eu grito, me sinto e me desminto, me entrego, me afasto, me faço e me desfaço.
Assim vivemos eu e a poesia, nos amando, nos odiando, nos querendo e nos repudiando.
Eu me sinto verdadeira até onde prevalece a verdade.
Entre o amor e o ódio não existem metades, ou se ama ou se odeia, no mais e um tudo que não significa um nada.
Apetitosamente, intensamente
Amorosamente, devoradoramente, incansavelmente, ardorosamente
Insasiavelmente, pensavelmente, agilmente, caprichosamente, estávelmente, sentimental mente.
Mente que não mente simplesmente sente.
Já me engravidei de tantas coisas que não me faziam bem, nasceram as revoltas.
Hoje aborto tudo sem a menor sensação de culpa.
A arte e subjetiva eu escrevo e entendo como quero, um risco vira um desenho, e uma palavra vira poema.
Basta ter conhecimentos necessários para saber interpretar.
As pessoas arrogantes são um livro em branco com borrões de tinta, não tem histórias interessantes para compor suas vidas.
História repetida não fará mais parte da minha vida.
Quero novas histórias com começos sinceros, meios cheios de cumplicidades, que o fim nunca esteja previsto.
Pensar em te esquecer é mais difícil que pensar em te querer.
Continuarei te querendo, mesmo não querendo pensar em você.
Quantas lágrimas molharam meu sorriso
Quantos sorrisos disfarçaram a minha dor
Quantas dores amarguraram minha alma
Quantas vezes minha voz se silenciou.
Para conquistar a vida tive que competir com milhares de espermatozóides.
Por isso já nasci vencedora.
As disputas continuam sucessivamente, nem sempre saio ganhando, mas muitas vezes a minha vitória está justamente nessas derrotas.
Perdendo ou ganhando sigo comemorando, pois meu troféu sou eu.
Quando paro e observo a inocência de uma criança, eu volto a acreditar que sempre haverá um futuro.
Não devia ter provado seu sabor, ainda tenho na língua seu gosto, um gosto de mistério um tanto embriagante e vicioso.