Christyan Yury da Silva Matos
O Banco Imobiliário termina quando ninguém mais pode pagar para permanecer no tabuleiro, tornando tudo sem valor. O dinheiro perde seu significado, e os hotéis são deixados abandonados. A única opção é reiniciar o jogo. Isso é insustentável, e é exatamente o que estamos fazendo. Agora, considere o seguinte: Até no Banco Imobiliário, existem controles de preço. Os proprietários podem ser flexíveis com o aluguel, mas não têm permissão para aumentá-lo além das regras estabelecidas. No entanto, na realidade, permitimos uma exploração descontrolada e sem restrições por parte daqueles que sustentam a economia.
Ações individuais não podem ser entendidas como pleito para mudanças enquanto corporações estiverem destruindo o planeta em nome do lucro.
Sempre que alguém me pergunta sobre qual seria a alternativa de sistema, meio que achando que mudar algo tão complexo como as relações sociais é como trocar o pneu de um carro pela marca A ou B, eu respondo: primeiro é preciso entender o que é mercado, comércio e capitalismo. Em seguida, destaco que qualquer abordagem que vise limitar o crescimento e a acumulação, alicerces estruturais do único sistema intrinsecamente expansionista na história da humanidade - o capitalismo -, é um caminho aceitável e ético a seguir. Isso porque se afasta de sua degeneração e abre possibilidades para construir uma economia que sirva às pessoas e não ao dinheiro como regra.
Estamos chegando a um ponto em que a humanidade terá que escolher o que deseja para o seu futuro. Queremos coisas que nunca tivemos e construímos soluções que se tornam fontes de problemas. Utilizamos água limpa, pronta para consumo, para refrigerar servidores, destruímos florestas para ter hambúrgueres mais baratos no freezer do mercado, envenenamos o solo para produzir ultraprocessados, enquanto sacrificamos o ar puro para o turismo em massa. Os desastres que estão acontecendo no mundo, é apenas um reflexo do que estamos priorizando como sociedade.
Você faz parte da primeira civilização em toda a história que poderia salvar a si mesma, mas escolheu não fazer isso porque poderia prejudicar o lucro dos acionistas.
A economia circular não é apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade para inovação e competitividade no mercado moderno. Empresas que adotam esses princípios não só atendem às crescentes demandas por práticas sustentáveis, mas também se destacam como líderes em um mercado em transformação.
A padronização com foco na revenda, e não no uso, tem desvirtuado o significado do consumo. Ao tentar agradar a todos os públicos, sacrificamos autenticidade, propósito e identidade em prol da massificação. O resultado? Produtos genéricos, sem alma, que não atendem verdadeiramente às necessidades individuais nem carregam valores que ressoem com as pessoas.