Célio Montagna
Devo-me presente ficar, por quanto necessário for, a todos que não me julgaram. Pois a eles, e somente a eles, que o meu crescente inferno diminui.
O que temos em demasia são seres tolos que se desprendem de responsabilidades. Afirmando assim serem livres. Não se é plenamente livre enquanto necessário for, rezar, querer, pensar ou respirar.
Lembre-se sempre: “perdoe a tudo e a todos por mais difícil que isso seja”. Quando a vós um pedido de perdão for solicitado, não relute a ceder. A alma incapaz de perdoar, envenenasse com desprezo, para com o seu semelhante.
Mais próximo do fim, teremos criado tantos poços, que o verdadeiro ser fica mergulhado ao meio do veneno.
Muitos da venenosa indiferença utilizando, acreditando serem-se livres afogados em todas as barbáries, jamais serão capazes de se e de perdoarem. Cabendo a nós, a responsabilidade de estender uma mão amiga, e não à do julgamento.
Fantasiamos as vivências para satisfazer os desejos. Eis o mal que nos impede de enxergar uma situação como ela realmente é.
A vida resume-se na magia do amor. Perdendo a coragem de amar, perde-se a coragem para viver magicamente.
No silêncio abrigam-se todos os sentimentos. Não, meu amigo, não se trata de opção, se faz necessário.
Por medo, procuramos sempre tirar da cabeça e encontrar uma justificativa para não ouvirmos o coração.
Ano novo. Um dia para milhares de promessas infrutíferas. Assim cria-se a ilusão dos tolos que crêem na necessidade de algo superior para a mudança de suas mediocridades.
Através da linguagem muitas vezes se dá origem os mal-entendidos, mas é através dela também que podemos superá-los.
Somos todos perfeitamente imperfeitos, cada um da sua maneira. Maldita natureza humana individualista.
Aprisionar os sentimentos por medo de demonstrá-los, é pior do que aprisionar o próprio corpo a correntes.
Cada vez mais procuramos saber tudo sobre todos, deixando erradamente de lado quem verdadeiramente somos.
Essa infrutífera necessidade por vestimentas sempre atuais, é uma forte característica de todos os tolos.
Intimidação te traz o poder momentâneo, mas com o tempo, o desprezo e a rejeição do intimidado são inevitáveis.