Cary Bertazzoni
Hoje tinha algo entalado na minha garganta e não era um comida.
Era o medo do desconhecido
Era a angústia de não saber pra onde vamos
Era a raiva por ver tantas pessoas desumanas
Era o desejo por querer ajudar e não conseguir
Eram as lágrimas de saudade do que foi bom
Era a vontade de ver as coisas dando certo
Era a incapacidade de lidar com decisões
Era o desespero por uma vida justa para todos.
O grande tropeço
Hoje eu tropecei no acaso.
Cai com tudo em cima da lei
Quebrei paradigmas,
Deixei incertezas,
Alimentei esperanças, ri da vida.
O universo é um
A vida é dois.
Quem dera eu ser amiga do acaso e poder convidá-lo pra tomar um café; saber por que ele gosta tanto de nos surpreender. Às vezes eu acho que ele e o destino brincam de quem surpreende mais.
Um belo dia acordamos e algo muda, um caminho novo surge, algumas pessoas se vão, uma nova forma de ver a vida acontece. Como saber qual caminho a seguir se ainda estamos perdidos? Perdidos em pensamentos, ações, lugares, em pessoas. Somos um barco ancorados em nós mesmos. Alguém disse: “aponta pra fé e rema”, eu digo: perdi os remos