Carol Gray
O amor é como a primavera...
Vem depois de tempos frios, tempos de mudanças. E floresce, traz as coisas mais lindas, que são as rosas, para que possamos cultivá-las. Para que no calor elas não ressequem, no outono elas se renovem, no inverno elas não se afoguem e na primavera se completem.
Disseram que o silêncio era resultado da hipocrisia. Agora o silêncio é que gera hipocrisia. E adianta gritar? Está todo mundo com os fones conectados em seus ouvidos, escutando as músicas da desigualdade e da mesmice. E não adianta abaixar o som, porque a sinfonia ecoa do cérebro alienado deles.
Eu tenho que parar de escrever tudo o que penso. Algum dia, as pessoas vão acabar achando uma forma de triturar meu cérebro.
Que cada dia o Teatro nos traga lições, respeito, postura, educação, mas que nos traga, principalmente, a amizade, a felicidade e os sorrisos compartilhados.
(Dedicado à animadora cultural e minha amiga muito querida Sônia Vital)
Eu disse adeus a muitas coisas: aos meus velhos amigos, à minha infância, ao meu dom de fazer piadas boas, ao meu ânimo (…). Agora eu quero dizer adeus ao agora. Aos novos tempos. Ao sofrimento. Ao passado. À uma brincadeira esquecida, a um sorriso mal feito. Ao que não teve graça e mesmo assim eu ri. Eu não preciso mais forçar meu interior a gostar dessas coisas. Eu cresci, e agora eu sei o que é verdadeiro pra mim. O que eu quero de verdade. E sei que não faz parte de nada do que passou. É o que estou construindo e a forma como ele está agora. A forma que ele vai ficar. Ou quando ele estiver pronto. Eu vou dizer adeus a muitas coisas, sim, e eu pretendo começar dizendo adeus a mania de achar que sonhar uma aventura é o mesmo que vive-la.
Aquele momento em que você tá querendo desabafar e não aparece ninguém, e aí você sente como se fosse para sossegar o facho e tentar sorrir.
Eu gosto de escrever frases, porque às vezes inspiram as pessoas a olhar para o que elas já esqueceram, e ver que de um velho jardim, podem nascer novas rosas.
(Dedicado para uma rosa chamada Amanda)
Mesmo que as pessoas não deem um pingo de saudação à minha felicidade, eu a brindo bem aqui, na frente delas, como se não houvesse ares de conspiração contra ela.
A gente atura tanto desgosto, tanta injustiça, tanta violência, que a felicidade chega e a gente nem acredita que seja realmente ela.
Entenda :::: Quando alguém diz "voltar aos velhos tempos" não significa viver o mesmo dia duas vezes, mas sim reviver os momentos para sempre.
Quero paz. Quer guerra? Lute contra o frio, contra o desamor, contra a injustiça... Mas jamais contra teus semelhantes ou contra teus objetivos.
Dizer a raiz de 4, a raiz de 16, a raiz de 256, entre outras, é fácil. Difícil é dizer qual é a raiz da humildade.
Você fica bem, mas ouve a música e ela te deixa preso naquela memória, no dia em que o relógio travou em uma certa hora, o céu deixou um certo tempo, o beijo foi curto e as palavras não emitiram som.
E cansei de procurar palavras... Agora eu procuro amigos, e amigos pra ficar, pra sorrir, pra dividir, somar, compartilhar, e se for pra partir, que seja um bolo às seis da tarde, vendo um filme de comédia, ou até mesmo lembrando dos velhos tempos...
Palavras são oportunas. Beijos são despedidas: de um momento ruim, a gente passa para um momento memorável. E então a gente se entrega ao prazer de ser feliz ao lado do outro, e esquece como é viver sozinho. Algumas vezes a gente sofre, outras a gente só ri. E se fosse pra ter medo de alguma consequência, acho que eu escolheria não viver...
E às vezes o silêncio, por mais incômodo que pareça, seja só uma passagem para portas abertas; ou um novo sorriso.
De tantas maneiras a gente tem que aprender: aprender a sorrir, se divertir... E se acabar... Esquecer.
O ser humano é incrível a ponto de criar um novo mundo somente fechando os olhos. O problema é: que mundo é esse?