Carl Rogers
Por que uma criança aprende a andar? Ela tenta erguer-se, cai e machuca a cabeça. [...] Não existe grande recompensa enquanto ela não conseguir realmente realizar seu intento, e apesar de tudo, a criança está disposta a suportar a dor [...] Para mim, isso é uma indicação de que existe uma verdadeira força de atração para a possibilidade de crescimento continuar.
Quando percebem que foram profundamente ouvidas, as pessoas quase sempre ficam com os olhos marejados. Acho que na verdade trata-se de chorar de alegria. É como se estivessem dizendo: "Graças a Deus, alguém me ouviu. Há alguém que sabe o que significa estar na minha própria pele".
Se lhe for dado a oportunidade, um organismo vivo tende a completar suas mais complexas potencialidades em vez de acomodar-se a satisfação mais simples.
Quanto mais aberto estou às realidades em mim e nos outros, menos me vejo procurando, a todo o custo, remediar as coisas.
Gostar da pessoa pelo que ela é, deixando de lado as expectativas do que quero que ela seja, deixando de lado meu desejo de adaptá-la às minhas necessidades, é uma maneira muito mais difícil, porém mais enriquecedora de viver uma relação íntima satisfatória.
A medida que se investe na congruência, torna-se mais consciente de si, aceita-se melhor, adota uma atitude menos defensiva e mais aberta, descobre que afinal é livre para se modificar e crescer.
As pessoas são tão maravilhosas quanto o pôr-do-sol, se as deixar ser. Quando olho para um pôr-do-sol, não dou comigo a dizer 'suavize o laranja um pouco no canto direito'. Não tento controlar um pôr-do-sol. Eu assisto com admiração enquanto se revela.
O 'eu' e a personalidade emergem da própria experiência, e não de uma experiência traduzida... para se encaixar a uma estrutura pré-concebida do eu.
É somente a medida que compreendo os sentimentos e pensamentos que parecem tão bizarros - é somente quando vejo como você os vê, e os aceito como a você, que você se sente realmente livre para explorar todos os cantos recônditos e fendas assustadoras de sua experiência interior frequentemente enterrada.
Durante a terapia, o sentimento de aceitação e de respeito do terapeuta em relação ao cliente tende a transformar-se em alguma coisa que se aproxima da admiração. À medida que vamos assistindo a luta profunda e corajosa que a pessoa trava para ser ela própria.
Um dia a gente vai perceber que não se pode prender pássaros, nem corações; e que, estar junto, não é estar do lado, mas do lado de dentro.
Com frequência, mesmo em relação aos nossos filhos, amamos para controlar, ao invés de amar porque gostamos um do outro.
Cada pessoa é uma ilha em si mesma, em um sentido muito real, e só pode construir pontes em direção a outras ilhas se efetivamente desejar ser ele mesmo e estiver disposto a se permitir.
Atribuo um enorme valor ao fato de poder me permitir compreender uma outra pessoa.