Carl Jung
A felicidade perderia seu significado se ela não fosse equilibrada pela tristeza.
Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não experiências, mas nem mesmo percebemos que as certezas só podem surgir através das dúvidas e os resultados somente através das experiências.
Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der.
Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda.
Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos.
I am not what happened to me. I am what I choose to become.
(Eu não sou o que me aconteceu. Eu sou o que eu escolho me tornar.)
As pessoas não farão nada, não importa o quão absurdo, com a finalidade de evitar encarar sua própria alma.
É indiferente o que pensa o mundo da experiência religiosa: aquele que a tem, possui, qual inestimável tesouro, algo que se converteu para ele numa fonte de vida, de vida e de sentido e de beleza, conferindo um novo brilho ao mundo e a humanidade.
Mistakes are, after all, the foundation of truth. If a man does not know what something is, it is an advance in knowledge to know what it is not.
Ser normal é a meta ideal dos fracassados, de todos que se acham ainda abaixo do nível geral de adaptação. Mas para as pessoas que vão além da média, para aqueles que nunca encontraram dificuldades em obter sucesso e cumprir sua parte de tarefas no mundo, a compulsão a ser unicamente normal representa o suplício, um tédio insuportável, um inferno estéril, sem esperança.
Você não se torna iluminado imaginando figuras de luz, mas sim ao tornar a escuridão consciente. Porém, esse procedimento é desagradável, portanto, não popular.
Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão.
[...] o médico também 'está em análise', tanto quanto o paciente. Ele é parte integrante do processo psíquico do tratamento, tanto quanto este último, razão por que também está exposto às influências transformadoras. Na medida em que o médico se fecha a esta influência, ele também perde sua influência sobre o paciente. E, na medida em que essa influência é apenas inconsciente, abre-se uma lacuna em seu campo de consciência, que o impedirá de ver o paciente corretamente. Em ambos os casos, o resultado do tratamento está comprometido.
(in A Prática da Psicoterapia)
Não há despertar de consciência sem dor.
As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma.
Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão.
O Genese apresenta o ato da tomada de consciência como a infração de um tabu, como se o conhecimento significasse a ímpia ultrapassagem de uma barreira sacrossanta. Acho que o Genese está correto, à medida que cada passo em direção à maior consciência é uma espécie de culpa prometeica: através do conhecimento, é como se o fogo dos deuses fosse roubado, isto é, algo que era propriedade dos poderes inconscientes é arrancado do seu contexto natural e subordinado aos caprichos da mente consciente. O homem que usurpou o novo conhecimento, entretanto, sofre uma transformação ou ampliação da consciência, que já não se parece com a de seus semelhantes. Elevou-se acima do nível humano de sua época (“Serás igual a Deus”), mas assim fazendo se alienou da humanidade. A dor dessa solidão é a vingança dos deuses, pois ele nunca mais pode voltar à humanidade. Está, como diz o mito, acorrentado aos penhascos solitários do Cáucaso, abandonado por Deus e pelos homens.
O terapeuta também está em análise, tanto como o paciente… razão porque também está exposto às influências transformadoras. Na medida em que o terapeuta se fecha à esta influência, ele também perde sua influência sobre o paciente”