Camila Costa
"Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos. Quem é feliz, satisfaze-se por ser. E sabe que felicidade anda coladinha na inveja. Quem é feliz não precisa provar nada, simplesmente é. As pessoas felizes demais nunca me passaram confiança. Essa coisa de que a vida é uma festa e não existe nada errado, não me brilha aos olhos. Feliz é quem conhece o lado ruim e o respeita. Feliz é quem já foi infeliz. Somente quem já foi infeliz pode entender que a tristeza traz um punhado muito bom de aprendizados. O oba-oba de quem nunca se deixou entristecer não serve na minha vida. Felicidade não é sobre quem grita mais alto; é sobre quem sorri mais fundo"
“E ao fim do meu dia, eu vou querer estar com você. E vou querer te dizer as palavras que guardo muito secretamente e não cedo a ninguém, olhar para ti mais uma vez e perguntar se a realidade é tão bonita assim. Ao fim do meu dia, eu vou te abraçar antes de dormir e sentir que não importa a vida que me espera lá fora, eu estou feliz aqui com você.”
“Eu te entrego todo o meu romantismo barato e as minhas palavras repetidas. O meu tom suave e a minha mão quente. Eu te entrego a minha parte marginal e você me conserta. Eu te dou amor e você me dá uma moradia no seu coração. Eu me dou. Você me segura?”
“Hoje eu rio da tragédia de ontem. A vida é um circo que se monta e se desmonta todos os dias, e os espetáculos nem sempre rendem bilheteria. Mas qual a graça, se não houver um palhaço? Qual a emoção, se não houver o perigo? Qual a sensação, se não houver um animal enjaulado? Qual a comemoração, se não houve aplauso? E sigo rindo do que devo e do que não devo… Porque hoje as cortinas se fecham, mas amanhã elas logo reabrem.”
Eu não sei se você sabe, mas eu te quis errado desse jeito, com todas as faces que sempre enxerguei em ti. Quis exigindo apenas o beijo e o abraço ao fim do dia para dormir melhor. Quis para chamar de meu, mesmo que você não fosse tão somente meu assim. Quis para olhar mil vezes por dia e pensar como alguém podia sorrir com tamanha intensidade. Quis para te gravar em mim e nunca esquecer o teu cheiro único. Não sei explicar e nem achar as palavras. Eu quis você, meu bem, por muito mais do que mero querer, e só.
“Amor é diverso. É um casal de idoso no banco da praça. É a moça e o rapaz brigando porque não querem terminar, mas não sabem mais continuar. É o menino de cinco anos levando uma flor para a “amiguinha”. É o menino apaixonado pelo menino. É a menina apaixonada pela menina. E nenhuma dessas faces atrapalha a vida alheia. Nenhuma espécie de amor foi feita para não caber no mundo. Até ele, o tal do amor, depende de como se vê.”
A gente tem é que sentir arrepios na vida. Aquela coisinha boa dizendo que você está no caminho certo, que é aquilo mesmo e as coisas estão fluindo. Pobre de quem não sente arrepios e não comemora em silêncio consigo mesmo enquanto tudo se encaminha. Pode ser uma arrepio de amor, realização, surpresa, expectativa, não interessa. Arrepios são um aviso: Estamos VIVOSSSSS!!!!!!!!
"Eu queria ser engraçada. Dizem que as pessoas se apaixonam por quem é assim. Eu queria saber falar melhor das coisas que você provoca em mim, desde os medos até as curiosidades. E queria, principalmente, me admitir fraca sem a menor culpa, mas você não precisa saber disso. Eu queria ser o melhor, para mim, para ti, para nós, mas acontece que eu sempre escapo da estrada boa, tenho mania de precisar passar por muitos buracos até entender que nem tudo precisa ser tão difícil e dolorido. Quando eu escrevo, falo alto demais, e nessas de gritar pode ser que você se ensurdeça ou enlouqueça quando não entender nada. Eu queria, também, poder entender melhor, mas não entendo nada, por isso, não se esforce, eu quase não valho a pena. Talvez eu valha a pena nos dias pares, porque sempre gostei mais deles, mas nos dias ímpares nem a minha sombra vale. Ou vice-versa, não sei se isso é uma regra, ainda não decidi. Eu queria escutar mais música alternativa, essa que as pessoas dizem que é pura cultura, ou ler os clássicos que todo mundo leu enquanto eu gastava tempo com livros desconhecidos. Saber dançar melhor é outra coisa que eu queria, esse tipo de gente também leva lá as suas vantagens. Ter um gosto refinado para vinhos, ser boa em arquitetura , um sorriso menos torto e menos cara de quem sempre perde. É, eu queria ter o ar dos vencedores, quem sabe isso te prendesse mais em mim, demonstrasse confiança, mas eu só sei tremer de medo em silêncio. E você dorme, não vê tudo isso e mesmo assim me vê de um jeito que o espelho não me conta. Eu queria ser metade do que você vê. Metade do que as revistas dizem que devemos procurar em alguém. Metade do que os meus sonhos pedem. Eu queria ser quem te falasse ao invés de te escrever. Mas o que sou, entre linhas, entre erros e acertos, sorrisos tortos e gostos trocados, é tudo teu.”