Buda
- O que é que vocês acham? Estas poucas folhas serão as mais numerosas ou todas as folhas de todas as árvores do bosque? - Pouco numerosas as folhas que o Senhor tem na mão; muito mais numerosas são todas as folhas de todas as árvores do bosque. - Da mesma forma , ó monges, muita coisa é aquilo que aprendi, pouco, muito pouco é o que ensinei. No entanto, não fiz como fazem os mestres que fecham o punho e guardam ciosamente os seus segredos. Pois eu lhes ensinei tudo o que lhes era de utilidade, eu lhes ensinei as quatro verdades. Nada lhes ensinei porém que não fosse útil.
Deixar de fazer o mal, fazer o bem e purificar a mente: essa é a lição de todos aqueles que despertaram.
Obrigar os outros a aceitar pontos de vista pessoais por meio de força, chantagem, trapaça ou manipulação sutil, também faz parte da nossa atividade emocional.
O eu, porém, é apenas mais uma compreensão equivocada. De modo geral, fabricamos a noção de um eu que parece ser uma entidade sólida. Somos condicionados a considerar essa noção como algo concreto e real. Pensamos, Eu sou esta forma, levantando a mão. Pensamos, Eu tenho forma; este é o meu corpo. Pensamos, a forma sou eu; eu sou alto. Pensamos , Eu habito esta forma, apontando para o peito. Fazemos o mesmo com os sentimentos, percepções e ações. Eu tenho sentimentos; eu sou minhas percepções… Sidarta, porém, deu-se conta de que não existe, em lugar nenhum, uma entidade independente que corresponda ao conceito de eu, dentro do corpo ou fora dele. Como a ilusão de ótica do círculo de fogo, o eu é ilusório. Ele é uma falácia – fundamentalmente um erro e, em última análise, inexistente. No entanto, do mesmo modo que podemos nos iludir com o aro de fogo, todos nós nos iludimos ao imaginar que somos o eu. Quando olhamos para o nosso corpo, sentimentos, percepções, ações e consciência, vemos que são diferentes componentes do que pensamos ser o nosso “eu”, mas, se formos examinar esses componentes, verificaremos que o “eu” não reside em nenhum deles.
A saúde é o maior ganho. A alegria a maior riqueza. Os dignos de confiança os melhores parentes. O Nibbana é a felicidade mais elevada.
No contexto do sutra do coração, entendemos o nirvana como a natureza absoluta da mente no estágio em que ela se tornou totalmente limpa de todas as aflições mentais.
É pelo fato de a mente ser inteiramente pura que se diz que tem a natureza do buda.
A vacuidade da mente é entendida como a base do nirvana, seu nirvana natural.
A base do nirvana é a experiência do estado fundamental da mente como uma presença estável.
Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa-o na ignorância. Saiba bem o que o conduz para a frente e o que o prende atrás, e escolha o caminho que o guie à sabedoria.
O emocionalismo é um subproduto da esperança e do medo, do apego e da aversão. Temos esperança porque estamos apegados a alguma coisa que queremos. Temos medo porque temos aversão a alguma coisa que não queremos. Precisamos interromper as oscilações extremadas do pêndulo emocional para podermos encontrar um eixo de equilíbrio.
Quando começamos pela primeira vez nosso trabalho com as emoções, aplicamos o princípio de que o ferro corta o ferro, o diamante corta o diamante. Usamos o pensamento para transformar o pensamento. Um pensamento raivoso pode ter como antídoto um outro que seja compassivo ao passo que o desejo pode ter seu antídoto na contemplação da impermanência.
Nem o fogo nem o vento, o nascimento ou a morte, pode apagar nossas boas ações.
Não há nada mais terrível do que o hábito da dúvida. Dúvida separa as pessoas. É um veneno que desintegra amizades e rompe relações agradáveis. É um espinho que irrita e dói, é uma espada que mata.
Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela e a vida da vela não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.
Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver nas escrituras sagradas.
Não se apresse em acreditar em nada, só porque foi um professor famoso que disse.
Não acredite em nada, apenas porque a maioria concordou que é a verdade.
Não acredite em mim...
Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo.
"Seja uma luz para si mesmo”. Ele está dizendo: Lembre-se, minha verdade não pode ser a sua verdade; minha luz não pode ser a sua luz. Incuta-se do espírito a partir de mim, fique mais sedento a partir de mim, que sua busca seja mais intensa e que você se devote totalmente a ela, aprenda comigo a devoção de um buscador de verdade – mas a verdade, a luz, arderá dentro de você. Você terá que alimentá-la dentro de si.
O sentimento de raiva deve ser evitado como se fosse fogo, pois ele é perturbador e devemos mudar nossa mente, nosso modo de falar e pensar a fim de evitá-lo.
Existem no mundo quatro tipos de indivíduos: os sombrios, que caminham para as sombras; os sombrios, que caminham para a claridade; os claros, que caminham para as sombras e os claros, que buscam a claridade.
Não acrediteis numa coisa, apenas por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições, só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acrediteis no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acredite em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores. Mas, aquilo que vós mesmos experimentastes, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros. Isso deveis aceitar, e por isso moldar a vossa conduta.
Se um homem fala ou age com o pensamento puro, a felicidade o acompanha como uma sombra que jamais o deixa.
Ninguém nos salva, a não ser nós mesmos. Ninguém pode e ninguém vai. Nós mesmos devemos percorrer o caminho.
Não se esqueça que os instantes que você vive aqui e agora e as pessoas que você convive aqui e agora são os mais importantes da tua vida por que são os únicos reais.
Os sábios, sempre meditativos e firmemente perseverantes, experimentam sozinhos o Nibbāna, a incomparável liberdade da escravidão.
A falsa imaginação te ensina que coisas tais como a luz e a sombra, o comprimento e a altura, o branco e o preto são diferentes e têm que ser discriminadas; mas elas não são independentes uma da outra; elas são aspectos diferentes da mesma coisa, elas são conceitos de relação, não a realidade.
Não importa quantas palavras sagradas tenha lido, não importa quantas palavras sagradas tenha dito… elas não servirão para nada se você não agir de acordo com elas.