Bruno Resende Ramos
O sonho é uma busca de liberdade da alma que para nascer, primeiro, se priva de realidade. Não fosse ele, o homem não teria pisado na lua e a humanidade ainda estaria confinada em cavernas.
Simples são as pessoas que amam. Tanta complexidade em nós revela tão somente o eco do grande vazio que nos causa a falta de amor.
O Brasil hoje é um país psicótico. Um país entre o infantil e o austero. Um corpo que precisa achar seu centro gravitacional, seu equilíbrio. A situação e a oposição, partes representativas e necessárias, não devem ser forças antagônicas; sim, promotores do encontro, do debate, do diálogo e da síntese. Democracia ainda que tardia!
Ainda somos índios. Ainda somos colônia. Só não nos interessamos tanto quanto os colonos se interessam pelo nosso país.
Viveremos num país privatizado, de tal modo que brasileiro algum poderá se orgulhar de sua riqueza, porque não lhe pertencerá mais.
Urge que ensinemos nas escolas e a cada cidadão onde estão os responsáveis pelo destino do país para, assim, justificar o tempo que cada um passa sentado na cadeira de uma escola. Obviamente, saberão escolher melhor seus governantes, entre aqueles que têm uma proposta econômica que não se submeta aos caprichos dos bancos e do mercado financeiro.
Falta ao poeta indignação quando, na sobra de tantos sentimentos, o que vai nas ruas mendiga seu pão.
Conviveu tanto com armas, defendeu-as furiosamente dos pacifistas, que não pôde evitar que essas ditassem o seu destino.
No fim das contas, aprendemos a confiar nos que julgam como nos que pleiteiam privilégios políticos.