Bruno Fontes
Se eu te conhecer dez vezes, vou gostar de você em oito das dez. Em duas eu vou dar a sorte de não estar prestando atenção.
Acho melhor acreditar que o cupido existe. É menos idiota que saber que eu mesmo escolhi as pessoas que gostei.
Não adianta tentar me aconselhar; quando eu gosto de alguém, faço exatamente tudo que tenho certeza que não devia ser feito, é automático.
Pra vida inteira é muito tempo. Faz assim: vamos tentar até amanhã, depois até quarta e deixa a vontade mostrar até quando.
Não é por querer que antes de dormir eu penso em você. Acontece com a mesma naturalidade que encostar a cabeça no travesseiro.
Eu mudei um pouco sim:
Antes, quando a garota falava
- Eu te amo!
Eu perguntava o quanto.
Hoje, pergunto rindo
- Até quando?
Acho que até esqueço você às vezes. Aí toca aquela música, vejo aquele filme, passo naquela rua, encontro aquela foto, tropeço naquele degrau..
Ela perguntou se eu gostava dela de verdade, respondi que não sabia, mas abracei como se eu soubesse.
Ontem eu mandei um "saudade", ela só respondeu hoje. Confesso que eu nem lembrava que tava com saudade ontem.
E se você pensar em mim, avisa, não guarda não. Qualquer bobeira mesmo, nem precisa contar o que foi, só me deixa saber.
- Esquece essa de procurar alguém. No final vai acabar sendo sem querer; numa trombada, num tropeço ou em um caminho que você fez errado.
Eu sempre lembro das coisas de um jeito mais legal do que elas foram na verdade, por isso essa saudade de tudo.
- Ela não veio?
- Ah, a gente terminou.
- É? E aquele amor todo?
- Acabou.
- E amor acaba?
- Não sei, esse acabou.
- Talvez não tenha acabado.
- Talvez não fosse amor.
Paixão boa é aquela pela garota que eu vi no metrô; desceu na primeira estação, sem perigo de entrar na minha vida.
Toda vez que eu tenho vontade de te procurar mas não procuro, penso se você faz o mesmo. Se você faz, tem feito muito melhor que eu.
No começo até achei legal a ideia de nós sermos amigos. Aí percebi que de alguma forma, em toda conversa, eu tava tentando te reconquistar.