Bruno Fernandes Barcellos

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Torço para que o seu trabalho também comporte o seu coração.
@psibrunobarcellos

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“Eu ia...”

O pretérito imperfeito é o tempo verbal do nada. Aquele espaço vazio e tristonho entre uma vontade ou ideia e uma ação que não se realizou.
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Saia do pretérito imperfeito.

Confesso que sinto uma decepção existencial quando escuto frases que começam com:

- Eu ia falar;
- Eu ia ligar;
- Eu ia começar;
- Eu ia...

Mas não disse, não fez, e não começou...
Esse tal de pretérito imperfeito é o tempo verbal do nada. Aquele espaço vazio e tristonho entre uma vontade ou ideia e uma ação que não se realizou.

Em geral só é positivo quando a situação imaginada vira uma desgraça danada e você agradece aos céus por ter se livrado de uma enrascada. E aí você conta aliviado:

- Eu ia pegar esse ônibus que foi assaltado...
- Eu ia sair na hora do tiroteio...

Assim, o “eu ia” só ganha valor positivo para sobreviventes, aqueles que podiam ter se machucado, se ferido ou morrido, e foram salvos pelo pretérito imperfeito...

Mas aqueles que buscam um pouco mais de adrenalina do que sobreviver às catástrofes sociais, e querem sobreviver e realizar, sobreviver e trabalhar, sobreviver e amar, é importante mudar a conjugação e trazer o verbo para o presente:

- Eu falo;
- Eu faço;
- Eu vou,
- Eu amo.

E desta forma quando estiver bem velhinho, olhar para trás e contar com orgulho as histórias e aventuras que viveu, usufruindo então do pretérito perfeito:

- eu falei;
- Eu fiz;
- Eu fui;
- Eu amei e ainda amo.

@psibrunobarcellos

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