Bruno Cidadão
Nunca duvide de que o homem é produto do meio. Por mais que se cuide para não se torná-lo, qualquer fresta abre espaço para a inundação.
A duração dos nossos erros não determina o tamanho das consequências. Elas, geralmente, são maiores, mais profundas, e às vezes, sem volta.
Ninguém que está acostumado com o líquido ou raso fica inalterado ao se deparar com o sólido ou profundo. A tempestade é o que está na transição.
Quando a personalidade autora se mistura com a própria poesia nascida na alma, há uma consumação, uma harmonia inabalável e uma identidade inquestionável.
Quando nos vemos a partir de uma imagem irreal, estamos fadados a ser quem não somos. Quando sabemos quem somos, sabemos quem o outro é.
Quem investe energia no que não deve, ganha o que não usa, perde o que tem e torna-se quem não quer ser.
A bifurcação não está entre o certo e o errado, mas entre a mentira e a verdade, o apogeu e a queda, a covardia e a responsabilidade.
As fantasias que usamos geram reações que procuramos receber. A vida sem máscaras, ao contrário, é cheia de surpresas.
Orar não é colocar Deus no nosso tempo, mas é fazer com que nos coloquemos no tempo de Deus. O tempo perfeito.
A guerra é a última posição de quem ama. Ninguém que ama cruza os braços. Pelo contrário, vai até o fim. Até que se morra ou vença.
Parar para pensar, reorganizar e colocar os "pingos nos is" e as vírgulas e pontos nas frases é tão importante quanto seguir em frente.
Descobri que a melhor forma de aceitar a realidade é defrontar com a verdade, com registros factuais de que o passado é passado e não volta.
Quanto mais claros, sinceros e diretos somos a respeito de nossas vontades, dúvidas e mesmo desejos, mais facilmente compreendemos a resposta.