Bruno Cena Macedo
Traduzir o silêncio é uma das artes mais lindas que há na existência, entender cada palavra que não foi dita, cada discurso silenciado, poucos conseguem.
Mulheres.
Onde a força e a coragem emana.
Símbolo de lutas e conquistas.
Forjadas na competência diária.
Mulheres que inspiram e lideram.
Que são o que quiserem ser.
Divas que iluminam o mundo.
De todas as cores, classes e crenças.
Em todos os lugares, mulheres.
A nos encantar com o seu cuidado.
Mulheres que são mães e amigas.
Chefes, conselheiras, parceiras.
Um tributo as mulheres pelo que são.
Nós somos os que esperam por ninguém na estação da vida, voltamos sozinhos para casa com as mãos nos bolsos do casaco em meio à neblina fria que cai no fim da tarde.
A minha vida toda foi sempre cheia de pesadelos, a minha única alternativa foi ser forte. As minhas origens, meu sangue, minha família, meu passado e meu presente é tudo resistência. Resistir é o meu grito de guerra.
clarividente
um clarão conciso
diz claramente
quem tu és
tão evidente
imoral
indecente
e a cruz a velejar
tua culpa
nua e crua
o medo assola
tudo é nada
quando tu se pronuncia.
A maioria das coisas que nos são ditas, são mentiras. Mas nós acreditamos piamente, pois a mentira nos conforta e a verdade nos confronta.
A quem possa interessar
Pensaram que sonhar era ingênuo
Hoje sonham de noite e de dia
Ainda que não venha a se realizar
E daí? Sonhar é gratuito.
Disseram que era perda de tempo
Hoje perdem até as pernas cumpridas
Em busca do sonho no horizonte
E daí? Tempo é para ser gasto.
Fizeram um verdadeiro inferno aqui
Zombavam de nós e dos outros
E agora querem o nosso lugar
Mas nós combinamos de não morrer.
Não tente manter uma amizade com quem você não pode confiar. O mundo mudou, mas a confiança ainda está em voga. Seja amigo de pessoas que quando você olhar nos olhos e observar as atitudes, a confiança e a sinceridade sejam perceptíveis.
Que a simplicidade nunca nos falte, que o nosso exterior não nos defina, que a nossa posição não nos torne menos humano. A simplicidade mora em qualquer esquina da vida, ela é o que vestimos todos os dias. E aos que não a tem e querem comprar, sinto muito, não existe para ser comprada.
A vida começa onde termina o medo, o medo é um fantasma que atormenta e existe até depois da infância, ele precisa ser morto novamente, já se sabe que fantasmas estão mortos, mas o medo é um tipo de fantasma que precisa morrer infinitas vezes.
A gente não tem que aceitar tudo, por mais que nossos pais ou outras pessoas com mais experiência de vida digam o contrário, nós somos os construtores de nosso próprio caminho, ainda que alguém voluntariamente nos dê uma ajudinha aqui ou ali, mas é nosso, sumariamente nosso o trilhar nas tortuosas e intempestivas estradas que a vida nos reserva.
A partir daquele dia eu quis viver, viver como nunca antes havia vivido, viver sem pressa, sem apego as expectativas, viver do que era possível, do que estava ali agora, o impossível passou a ser entendido como uma semente lançada ao universo capaz de germinar ou de morrer sufocada debaixo da terra, viver com a demora ardente de sempre chegar e a ausência perpétua da pressa de partir, como se a vida fosse eterna enquanto durasse, para quem acha que isso é uma embriaguez de ilusões, não é, é apenas uma dissipação da vida utópica que vivia antes, na vã filosofia de acreditar que sempre fosse merecedor e digno de tudo, vivendo sobrecarregado de nulidades e planos incapazes de se materializarem.
Não é prudente e nem sábio encarar as tempestades como se fossem somente alguns perigos pela frente, mas é sensato vê-la como uma possibilidade de renascimento, e mais profundamente ainda como um momento propício para sepultar o “eu” indesejável e decadente que existe dentro de cada um de nós.
Vivemos em alguns momentos tão apagados. Mas em algum lugar, nem que seja por pouco tempo, somos luz para muitas pessoas.
A literatura é uma gota d'água no oceano, ainda que seja apenas uma pequena gota, não seria o oceano maior sem ela.
A literatura não é somente inspiração e expressão, é também um simulacro convencional de signos, com uma consciência linguística.
O poema é um grito no vazio, um grito que ecoa em quem o lê, todo leitor possui um vazio a espera do que poderá ser preenchido com o que ainda não leu.