Bruna Rafaella Barreto
Aí você aprende que, pouco importa o quanto a pessoa te fez chorar, você sempre lembra do quanto ela te fez feliz. A gente é assim, ainda bem.
Tudo bem, confesso: não sou moderna. Sou romântica, clichê, chata e insistente. Gosto de dias ensolarados, beijos na chuva, beijo no meio de uma frase. Gosto de sinceridade, honestidade e humildade. E acima de qualquer beijinho e amasso, exijo sentimentos.
A gente deveria ter mais cuidado com o que falamos, com as palavras que usamos contra o outro. Porque sei que com a mesma aspereza com que julgamos, seremos condenados.
Eu gostaria de dizer que a vida é cheia de pessoas amáveis, de flores perfumadas, sorrisos esbranquecidos e encontros agradáveis. Mas não. Na verdade o mundo é cheio de gente brega tentando mostrar quem pode mais.
Não curto essa gente que só lembra dos outros quando está no fundo do poço. Eu sei que a vida é corrida, sei que a agenda é cheia. Mas não custa nada um modesto reconhecimento por aqueles que estão sempre nos tirando do buraco e sem desconfiar das quedas.
Enquanto pela verdade vai-se um passo à frente. Através da mentira vão-se mil retrocessos para trás.
Tem coisas que devem ser deixadas para trás mesmo. Não por motivos evidentes. Mas porque foi. Porque não é mais.
Cada dia alguém perde um pedacinho de mim. Enquanto outra ganha. As coisas comigo são tudo inadvertidamente: É meio sem querer.