Broliani

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MORADA

Se não for pra ser você,
porque deveria ser ela,
aquela, ou todas elas?

– Enorme coração?
– Em tese!
– Sempre cabe mais um?
– Mentira!

É espaço bem pequeno e espremido.
É lugar sem movimento e escondido.
É chão sagrado é terra divina,
sem barulho e bem contido.
Não é morada que se aluga,
nem se empresta, é bem restrita.
O acesso é só com chave, não tem cópia,...é só uma.

Para abrir é só por dentro.
E desta chave já és dona.
Então bem sabes se queres ir.
Só entra alguém, se você sair!


Claudio Broliani

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SUBLIME ESCRAVIDÃO


Quando e como não sei dizer;
Apenas acontecerá sem aviso;
Em singular êxtase de prazer;
E tão natural como um sorriso!

Chega se adonando sem pedir;
Tomando o que julgas ser seu;
Mas sendo nosso mais puro eu,
... apenas a nós caberá decidir!

Queimarás como brasa acesa,
no arrepio que corre a espinha;
E nos despindo de toda defesa,
nos curvará como à uma rainha!

E assim de joelhos seguiremos;
Mesmo que a dor seja tamanha;
Sendo que por ela sangraremos,
nos entregando a sua artimanha!

Paixão real assim é avassaladora;
Quando decidimos a ela enfrentar,
... impossível à razão argumentar;
- Pois és do coração a predadora!

Somos os peões nesse tabuleiro;
Que no mover em risco se põem;
E a si mesmo o cárcere impõem;
Pois és ó amor sublime cativeiro!

Claudio Broliani

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⁠APENAS VERSO


Nesse arranjo matemático de frases;

Ou na sonoridade precisa dos finais;

Se não houver um sentimento a mais;

- Poesias não passariam de teses!


Claudio Broliani

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AMAR ATÉ O LIMIAR.


... Vou contar-lhe uma história;
Mas prometa-me que a ouvirá;
Ela não fala de perda ou vitória;
Apenas, de tudo que ainda virá.

Felicidade é um estado da alma,
e seu toque só se sente vivendo,
... projetada se torna um trauma,
e morremos atrás dela correndo.

... café fresco, pão quente e queijo,
... e da amada os sussurros sutis;
Um sorriso, um abraço... um beijo;
É melhor que champagne em Paris.

Coisas simples e tão ao alcance;
Que na rotina se tornam triviais,
... ofuscando a delícia do romance;
Quando buscamos prazeres irreais.

Para vocês amantes tão jovens,
que vai essa simples mensagem;
Apaixonados flutuando em nuvens;
- Amar, também é dura viagem!

Sentimento é matéria mutável,
e reflexo de quanto crescemos;
Sendo ele essência infindável;
Sobrevive se de fato quisermos.

... Então, sigam entre os carinhos;
Pois dos desejos são o alimento;
Para juntos chegarem aos sonhos;
De viverem do amor o sacramento.

O amor não é complexo ou singelo,
... nem conto de bruxas ou fadas;
Não sendo jogo de cartas marcadas;
Não há príncipe edificando o castelo;

Lembrem-se do que se trata, amar!

Saborear o amargo e o doce,
e também... o sorrir e o chorar.
Até o fim amor... apenas eu e você,
a enfrentar as tempestades no mar!



Claudio Broliani

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VOLÚPIA, SESSÃO SEM CESSAR! - (Poesia homófona)


... E não me sai da cabeça a cena;
Desconectado do mundo à espio,
... como Paris banhada pelo Sena;
Em suas curvas os pecados expio.

Encaixo-me em suas ancas sem sela,
nesta cavalgada por trilhas incertas;
Em voo livre de passarinho sem cela,
... que na linda paisagem se insertas.

Pudesse eu tornaria o tempo estático,
... e desse trotar eternizar cada passo,
... do divino ato que me põe extático;
Diante da bela onde edifico meu paço.

E é nesse ritmo que chegamos ao lasso;
Em meu peito como gata em sua cesta,
... ela adormece envolvida em meu laço,
onde abraçados descansamos em sesta.

Claudio Broliani

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DESCANSO NO MAR - (Soneto polissêmico)


És majestoso... oceano Pacífico;
Que se abre ao sopé desse morro;
Nesse mar azul calmo e pacífico,
...em êxtase mergulho e morro!

...sendo, para o fim muito cedo;
Luto, sentindo da vida a chama;
Mas sem forças desisto e cedo,
... à voz, que bela me chama.

- Seu navegar não serás em vão,
ou, sepulcro sem mastro e vela,
Sobre ondas que vem e que vão,

não haverás no fim, choro ou vela;
Nesse infinito largo como um vão,
...eterna Nau, da paz que se vela!

Claudio Broliani

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⁠ETERNIDADE


- Vivem as linhas além da vida!

Sendo breve sopro sem duração;
Só provarás da vida a magnitude;
Se sorveres dela a sua inspiração;
Saciando-se assim em plenitude!

- Pois a vida é pequena taça;
Bebida... em poucos tragos;
Para n’alma sentir os afagos,
do néctar servido em graça!

Mesmo em verso desbotado;
Grafado em folha amarelada;
Da terna paixão mal contada;
Que jaz em baú empoeirado.

- Poesia não é arte acidental;
É emoção em forma precisa;
É paixão exultada e concisa;
É rimar amor transcendental.

Onde da alma mesmo em retalho,
e de coração fechado em concha,
... faz brotar choro que preencha;
Petra flor em lágrimas de orvalho.

Claudio Broliani

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⁠SENTIMENTO POÉTICO


E da imagem se fez verso,
na visão que se pôs terna,
ou da aflição mais interna,
de poema belo e perverso.

No devaneio que maltrata;
Ou em um mundo colorido,
... onde tudo é mais florido,
e a maldade não se retrata.

E da ilusão formou-se poesia,
sendo sincera ou só mentira;
Axioma fiel ou de pura sátira,
de amor real ou de fantasia.

E sendo alegria ou só tristeza,
....para o bardo em verdade,
somente importa a liberdade,
de trovar o feio em sua beleza.

Não há lamento e nem falseta,
pois o que escrevo não é meu;
Sendo a poesia maior que eu;
Os sentimentos são do poeta!

Claudio Broliani

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⁠O AMOR COMO DESTINO


Me fez então seu servo,
...como exposto nervo;
Simples peça de acervo,
Donde imóvel observo!

Sem a força de Hércules,
...ou as faces de Aquiles;
Esboço de traços moles,
Escultura pobre e reles.

Delírio do canto em flerte,
Da ilusão levada em frente,
Imagem deforme e latente,
Mentira que tudo perverte.

Preso em armadilha secreta;
Ver dela a verdadeira faceta,
que de encanto só a silhueta,
no mais era só visão de poeta.

De histórias em linhas oclusas,
na loucura que fala de deusas,
...e do que são feito as musas;
Criadas por imagens obtusas!

Venerar a paixão é coisa séria,
e a quem se ama... sabedoria!
Pois da vida a razão qual seria?
- Amar, como missão sumária!

Claudio Broliani

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⁠FARFALHAR DE LUZ


Avassalador em forma natural,
De onde fluí e escorre a emoção,
Inesgotável oceano de devoção,
Que nos banha feito temporal.

... e há no coração uma represa!
Fortaleza maior de sentimentos;
Que frente à paixão fica indefesa,
e rompe-se em mar de acalentos.

Cintilante és magia intangível,
Que nos toca em fogo abissal,
Sobrenatural de força colossal,
Possui-nos em efígie invisível.

... e há no amor um sussurrar!
Que calmo como lago de cristal,
... deságua n´alma e faz jorrar;
Esse plácido brilho sem igual.

Claudio Broliani

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⁠ANTAGÔNICO SENTIMENTO


Prefiro não saber se és real,
E pouco interessa se não for,
Pois a ele se mantendo leal,
Eclodirás com beleza de flor.

Das certezas que desconheço,
Sobram dúvidas e desejos,
Que crescem entre os beijos,
Na entrega a qualquer preço.

Repentino surge entre juras,
Florindo entre os carinhos,
Sem se ater as desventuras,
Da flor coberta de espinhos.

Mesmo por ele sendo ferido,
E vendo o sangue a escorrer,
Ter de nós o amor suprimido,
Melhor seria então morrer.

Para sempre seremos servos,
Desse sentimento antagônico,
Pois não sendo ele platônico,
És a razão de estarmos vivos.

Claudio Broliani

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⁠ÉGIDE MAIOR


Celestial maná que acalma!
Esvanece do corpo a orexia,
da insaciável e ardil asfixia,
...que afoga o rútilo da alma.

Deflui correnteza em paz,
inundando o ser impoluto;
Em consonância esse fruto,
sagrado esplandece audaz.

Sápido de essência melíflua,
...pelas mãos do Pai germinou;
E que o homem assim evolua,

...a verdade da Fé que ensinou
Pois, Ele sumo verbo vaticinou,
...no Evo a matéria é supérflua!

Claudio Broliani

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CÓPULA EM TRÊS ATOS

LIBIDO - ATO I

Infinito looping a escalar invertidamente o infesto do ápice.
O látego a açoitar a alma no profligar inerte repousa.
Frágua deságua em línguas escaldantes que na carne fustigam.
Visão inquina da soma dos despojos daquilo que não se viveu.

Torpor indecente reticente a vontade assola.
Prostrando o fisgo perfeito em essencial profanado.
Falange sem nodoas em perpétua tensão sem descanso.
Languidas resultam as opacas viscosas aninhadas sem covas.

Vesta impura na imagem adultera da ânsia apolínea.
Solísticos desejos insistem o valhacouto não procurar.
Dolente é a exausta contínua rotina sem ser espontânea.

Resplandece então na aurora o sossego em salvador limiar.
Advento em esplendor minha sapiens felina, esteô, remissão instantânea.
Violando-me aquém corpóreo e além etéreo na sintaxe da arte de amar


ÊXTASE - ATO II

Frêmito transbordante, instante de corpos em plácito.
Recôncavo cálido de fêmea... oh tugúrio de deuses.
Farfalhar de tezes em balé, espontâneo mover lítico.
Indulgência ou pecado és graça vênia, atos oniscientes.

Obelisco ungido em néctar a transpor seu pórtico divino.
Congruência harmônica de movimentos, melodia no âmago.
Elevo-te fastígio de delírio, greta combusta encaixe em ósculo.
Êxtase uníssono, espectra sinfonia... plagor e lágrimas sem dor.

Transe intrínseco recorrente em permanente sedução abissal.
Possessor dos desejos minha nume, vereda certa de prazer.
Sensação decorrente em avultar de excitação perenal.

Pélago escandescente, Tétis faz-me renascer e como Ínaco escorrer.
Angra perfeita meu porto de verga, sofreguidão e remanso virginal.
Vórtice que absorve, clímax onde unificamos a alma sem morrer.


LETARGIA - ATO III

Libido infrene a qual me lanço em elevada anagogia.
Passional volúpia de em seu recôndito âmago imergir.
Carícias a pletorizar em meu ser... convulsão, lei régia.
Sinergia que nos unifica em lúbrico e lascivo prélio a seguir.

Êxtase deificado em incansável busca quando uno estamos.
Loucuras em sobejo seus movimentos escalando-me feito álamo.
Sintonia etérea, prelúdio em cordas de Bach enquanto amamos.
Coxas que me abraçam... você, taça de Afrodite és meu bálsamo.

Frenesi é o que nos leva, batalha estrênua que travamos.
Nossas armas são perfeitas, duelam-se em nosso tálamo.
Gemidos entoados como música... pináculo, são mais que íntimos.

Mulher sois minha ninfa... ó amada, somente dentro de ti posso viver
Clímax supremo que explode, instante onde meu remanso é você.
Como tenda o firmamento e seu ventre como catre, em letargia quero morrer.

Claudio Broliani

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⁠CONJECTURAS


Ouse imaginar, o quão triste seria viver sem amor!

Como ave encarcerada que não ousa cantar.
Dia sem cor, sem sol, sem calor,
Noite sem brilho, sem estrelas, sem luar,
Praia sem areia, sem ondas, sem mar,
Jardim sem grama, sem aroma, sem flor,

Valsa sem ritmo, sem giro, sem par,
Filho sem pai, sem mãe, sem lar,
Vida sem razão, sem paixão, sem valor.
Como pássaro sem asas que não pode voar,

Ouse imaginar, o quão triste seria morrer com essa dor!

Claudio Broliani

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TEOREMA


“Quando paramos de achar tanto e buscamos encontrar mais, as soluções deixam de ser meros impasses!”

Claudio Broliani

Inserida por Broliani

⁠CONSCIÊNCIA

Do que é atilado em empirismo no fundamental valor consciente, lúcido, talvez muitos, talvez alguns, ou ainda muito poucos, e daquilo que nos remete a visão além de questões menores, expressão compreensível, atingível, suportável pela nossa pequenez de entendimento, tão humana, tão presente, tão nossa... Consciência, um fardo deverás pesado, principalmente quando se eleva esse sentido de função maior, e se esbarra na consciência da "quase" inexistência ou mínima nenhuma dessa consciência em nós, esmagadora ao confronta-la com o que pensamos saber, do que nada sabemos e nunca saberemos.
Entrar nessa espiral sem fim é mensurar o imensurável, caminho sem destino, jornada sem louros para nós homo sapiens tão insipientes ainda, mas tornar-se ciente da insciência desse "todo" inatingível, é a consciência de que há consciência, e ela avança, lenta, mesmo quase estacionaria diante do "tudo" que se poderia almejar saber, em algum momento, em milênios, quem sabe em “milhão de anos”, se por completo não extinguir-se a vida, essa que conhecemos, penso que haverá um salto não quântico, mas exponencial nesse avanço, onde se atingirá uma dimensão seja de tempo ou espaço que permita uma aproximação com essa que seria uma consciência elevada, coletiva, harmônica e originária em valores maiores.
Para nós, em nosso tempo, ficamos com a ponderação e escolha pelo certo, pelo valoroso arbítrio pessoal, de opção pelo que é honrado e digno e pelo preço a pagar pelo caminho contrário, esse é o alcance razoável, pela consciência que caminha e não pelo jugo que impõe apenas.
Do que liberta e ao mesmo tempo são freios que mantém a ordem no caos, seja a Lei ou a Fé, nenhuma se objetiva se não pela consciência de cada um, principalmente pelo que ambas oferecem, o direito ao benefício mas também ao castigo, do contrário, seria como imputar o cárcere em presídio ao criminoso mentalmente incapaz ou em estado vegetativo ou ainda a promessa de danação ao ateu, pois de nada valeria, sem objetivo, pela limitação própria da situação ou inabordável pelos seus princípios.
Assim, pelo que toca a consciência em nossa mínima capacidade, é que se chega ao máximo do possível entendimento das razões tão distantes de compreensão desse "quase nada" do todo desse plano evolutivo.

Claudio Broliani

Inserida por Broliani

DESÍGNIO DA PROVA

A mensagem é forte onde ela toca, não pela prova, mas pela razão de existir.

Amalgama estabelecida de larga abordagem para contemplar, amplidão da imagem concludente a se somatizar ao real imaginário que produz a lenda, nortear o concreto pela razão lógica do indefinido em sua dualidade, estabelecer precisa exatidão pela pluralidade do intangível, infindável e inefável e assim alcançar o filosófico. Vetor em tríade (Alma/Consciência/Amor) fundamentais, todos, somente pela consciência da tangibilidade do sentimento que pulsa, e assim, se faz percebível na profundidade do ser, encontramos a essência do real amor, pelo que toca a alma estaríamos então o mais próximo possível da materialização do invisível no êxtase existencial... "Pressuposto", essa é a letra da música, o norte do caminho, a crônica da vida, caminhar pela lógica da razão concreta seria o trajeto comum, a todos, sem desvios, opção reta para quem quiser, tortuosa para quem procura atalhos, simples na concepção como foi simples a vida Daquele que a ditou e tanto ensinou, mas difícil na aplicação pelo livre arbítrio, o "descabresto" mal usado pela humanidade, egoísta e presunçosa, em nós, a verdade margeia-se em torno daquilo em que queremos acreditar, e essa é a decisão que dá o real valor a ouvirmos a boa e valorosa música, a encontrarmos um norte no caminho e escrevermos em glória a crônica de nossa história, pela Fé na Palavra que enaltece e dignifica, e por não ouvir os sussurros da dúvida quando ela mais urra aos ouvidos... Ele, o Cristo, nos falou, não escreveu, e até em seu murmúrio final fez retumbar a verdade que encaminha a sua Lei maior, moral e imortal.
Se para quem entre grandes mentes e figura como um dos maiores filósofos contemporâneos, Kant, suposto ateu, em sua “Crítica da Razão Pura” postula à própria controvérsia a existência de Deus, a qual denomina “O Ser Necessário”, ainda assim, a necessidade em estabelecer “à matéria” a prova contrária a sua existência, se torna a razão de muitos, mesmo em lógica rasa de pensamento estreito diante do esplendor daquilo que não alcançamos, que é muito, inimaginável ainda, nem por isso baseada em irrelevâncias, apenas óbvias demais pelo prisma proposto dentre a nossa limitada ciência existencial, como dito, me é verdadeiro tudo aquilo em que quero acreditar, por necessidade ou teorização da prova aceita, mas, como por equação matemática desenvolver resultado de aceitabilidade concreta para Quem em conceito de essência transcende, é buscar resposta para a cor do ar em meio a escuridão onde não há emissão de luz, é tentar ouvir a propagação do som imerso ao vácuo, é pensar em reação antes da ação, onde, tudo é reação a partir do início da “primogênita ação” seja por estimulo, reflexo, consequência ou efeito, - Enquanto buscares em Mim a resposta para a razão do seu existir, esquecerás de encontrar em ti a verdadeira razão do meu existir; ou para a aplicação lógica desnecessária ao ininteligível, simplesmente o oposto!

Claudio Broliani

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POESIA

Dos sentimentos que encontram amparo na força do verbo que toca o imaterial e assim tecem os versos, aos desejos que mesmo alquebrados renascem ardentes, pulsante e liberto das amarras da razão e materializa toda a emoção que nos preenchem a imaginação.
Assim é o prélio entre a arte e a poesia... a primeira retrata a vida em versos, já a segunda, essa sim, faz versos verdadeiramente vivos.

Claudio Broliani

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PAZ

"Acalme sua alma, é no silêncio que a razão se faz ouvir, quem grita seus medos, acorda os seus monstros!"

Claudio Broliani

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Cântico pra Ela

Lírico som... em livre leve vento voou
Seu cântico em prece, que tanto entoou
E em sutil acorde, de paixão ele tocou
E nos ouvidos dela, repouso encontrou.

Sem desistir... a cruel batalha lutou
Vencendo todo o medo... que o castigou
E eis que no caminho com a fé bailou
E seguindo seu destino, alto cantou.

Se fez sublime tal melodia para aquela
Que a muito esperava em sua pureza
O dia de voltar... a encontrar o amor.

Que fugitivo deixou apenas a fria tristeza
Mas hoje se fez chama, que emana calor
Eternizando as notas da serenata pra ela.

Claudio Broliani

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⁠ACASO

E no reluzir perpetuado, nesse sorriso enamorado,
Que por acaso nos arrasta ao encontro inesperado,
Em um breve momento onde se cruzam os olhares,
Falam mais que palavras proferidas aos milhares,

E nesse cintilante brilho dos lindos olhos amendoados,
Refletem a certeza que os sonhos a tanto encarcerados,
Despertam e por fim podem deste grilhão ser libertado.
Refazendo a esperança em viver um amor tão almejado.

Instante eternizado no tocar dos ávidos lábios em um beijo,
Na química inexplicável dos corpos entrelaçados em desejo,
Ao rápido movimento onde as roupas se espalham pelo solo.
Ter seu corpo quente, pulsando e se aninhando em meu colo.

Sinto que novamente no giro incerto dos ponteiros do acaso.
A vida é dádiva bendita, pois o melhor nos chega sem atraso.

Claudio Broliani

Inserida por Broliani

BONDADE

"Quando se dedicares a definitivamente fazer o bem, ao invés de simplesmente não fazer o mal, terás verdadeiramente atingido ambos os objetivos!"

Claudio Broliani⁠

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SURREIÇÃO

Em suas costas carregou o peso de tudo.
A enorme cruz e os pecados do mundo.
De uma humanidade perversa e perdida.
E por nós deu em sacrifício a própria vida.

Do suplício resignado no horto das oliveiras.
Angustia que fez em suor escorrer o sangue.
Foi julgado, açoitado de forma vil e exangue.
Crucificado e martirizado das piores maneiras.

Pela impiedosa maldade e crueldade dos homens.
Sucumbiu em suspiro oferecendo a nós remissão.
Na fé imutável aceitou o destino pra nosso perdão.

Após semear sua Palavra, ascendeu além das nuvens.
És vida eterna em merecido descanso a direita de Deus.
Mais puro exemplo de amor Ele nos deu, seu nome Jesus.

Claudio Broliani

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⁠REVELAÇÃO

" Ler é encontrar-se naquilo que ainda não escrevemos! "

Claudio Broliani

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PRECE LIMIAR ABSOLUTO

Marejar de olhos vermelhos em lágrimas sentidas,
apagando o flamejar de sonhos e paixões vividas.
Maldade das hordas dilacerando a pureza do encanto,
levando crueldade ávida a profanar o momento.

Gotejos cortantes do negro véu da solidão,
afogando lamentos que inundam o coração.
Garras de harpias rasgando a carne até os ossos,
conduzindo vidas perdidas ao trilhar dos mortos.

Arrastar de correntes cheias de sacrifício e pranto.
Bestas que usurpam a fé barganhando temor.
Demônios insanos mercadores de vil sentimento.

Instante final onde renasce a esperança no amor,
Labareda que arde nobre e não se apaga ao vento.
Prece... chama divina que cura da alma o sofrimento e a dor.

Claudio Broliani

Inserida por Broliani