Tentava se mostrar fria, ríspida e alheia aos sentimentos; mal sabia ela que estava sendo dominada pelo mais terrível deles, o amor.
Seria uma insanidade não viver essa loucura que é o amor.
Respire, levante a cabeça e siga em frente; esqueça de tudo aquilo que não te veio à acrescentar.
Que fique claro, menina, uma flor em pedaços jamais se recompõe.
Todos tem o sono, todavia, poucos estão hábeis a sonhar.
Que a saudade não nos vença, que o amor seja suficiente, que a paz nos consoma, que a felicidade seja duradoura e, que a fé e a esperança necessária para viver nos encontre.
Embruteceu-me, disse ela amando outra vez.
Eu sei, fui imaturo, irresponsável e insensato; mas todo o tempo fui seu.
Sobretudo e mais, apesar de tudo, amo-te.
Sossega, só cega, coração.
Senhor, sinto-me cansado e, portanto peço que afaste de mim tudo aquilo que perturba a minha paz, tornando-me revolto, embrutecendo e asperizando o meu humor. Amém!
Amo, não minto, amo. Mas não vou recuar.
Menina, não se iluda e, para isso, não ame.
Tenho buscado incessantemente a minha paz, mas só encontro o amor. Não me serve, repito, não me serve.
Mesmo com todos esses problemas que a vida nos impõe, penso que seguir em frente é o melhor remédio.
E que chegando ao topo eu não me arrependa de ter subido.
Fria, rude e seca, voltava então a menina que sonhou e acreditou mais uma vez.
No entanto, vi que não adianta fugir, o que tiver de ser, um dia será.
Vezenquando, eu-comigo, penso que tudo podia ter sido diferente.
Querendo, quem sabe, esconder um quê de infelicidade, ela sorria.
Passa um batom, se maqueia, veste sua melhor roupa, entra num salto quinze, ergue a cabeça e age assim, como se fosse superar cada dia, afinal, esquecer um amor não é fácil.
E o que mantém a chama acesa é essa coisa ilusória chamada amor.
E ela, atrevida, cheia de vida, sadia, jovem, deu um brilho incrível aos meus dias.
E nos vem aquela vontade de amar, amar-correto, mesmo que alheio a tudo.
Esperar, des-esperar, mesmo quando o jeito é desistir.