Brené Brown
Quando vocês querem estar conosco sem reservas nos sentimos mais valorizados. Ficamos mais felizes. Acreditamos mais em nós mesmos.
Nos momentos em que os homens se mostram verdadeiramente vulneráveis, a maioria de nós entra em pânico – que se expressa como indignação e desprezo.
Foi quando percebi que havia inconscientemente trabalhado durante toda a minha carreira para manter meu trabalho pequeno.
Não enterre o episódio nem deixe que ele o defina. (...) Se você assumir a sua história, conseguirá escrever o final dela.
Vivemos em um mundo onde a maioria das pessoas ainda é adepta da crença de que a vergonha é um bom instrumento para manter as pessoas na linha.
Em resumo, viver com ousadia exige autovalorização. A vergonha envia os gremlins, que enchem nossas cabeças com mensagens limitadoras.
O assassino secreto da inovação é a vergonha. (...) Aquele medo profundo que todos temos de errar, de ser depreciados e de nos sentir menos do que o outro é o que nos impede de assumir os riscos indispensáveis para fazer nossas empresas avançarem.
Se você quer implantar uma cultura de criatividade e renovação, em que riscos concretos tem que ser assumidos tanto em nível coletivo quanto individual, comece por desenvolver nos gerentes a capacidade de estimular a vulnerabilidade em suas equipes.
Este conceito de que o líder precisa estar “no comando” e “ter todas as respostas” é ultrapassado e paralisante. Ele causa um impacto prejudicial sobre as pessoas ao arraigar a ideia de que elas são bem menos e são inferiores.E a receita para o fracasso é: a vergonha se transforma em medo, o medo conduz a aversão ao risco; a aversão ao risco aniquila a inovação.
A autovalorização nos inspira a ser vulneráveis, a compartilhar sem medo e a perseverar. Por outro lado, a vergonha nos mantém atrofiados, tímidos e medrosos. Nas sociedades com tendência à vergonha, em que pais, líderes e administradores, consciente ou inconscientemente, estimulam as pessoas a vincularem a sua autovalorização ao que elas produzem ou à posição que ocupam, observa-se muito mais isolamento, culpa, maledicência, estagnação, favoritismo e uma total escassez de criatividade e renovação.
Uma vez que você descobre que sua autoestima está ligada ao que produz ou cria, é pouco provável que vá mostrar o que fez!
Você tem consciência de que é muito mais do que uma pintura, uma idéia de vanguarda, uma boa tecnica de vendas, um bom discurso ou uma boa colocação na lista dos mais vendidos.
Quando nossa autoestima não está em jogo, estamos muito mais dispostos a ser corajosos e correr o risco de mostrar nossos dons e talentos.
Essa decepção estará ligada ao que você faz, e não ao que você é. Independentemente do resultado, você já ousou grandemente, e isso, sim, está totalmente alinhado com o seu valor, com a pessoa que quer ser.
A maioria de nós sabe muito bem prestar ajuda, mas, quando se trata de vulnerabilidade, é preciso saber pedir ajuda também.
O perfeccionismo é autodestrutivo simplesmente porque a perfeição não existe.
Para assumir a verdade sobre quem somos, de onde viemos, em que acreditamos e sobre a natureza imperfeita de nossa vida, precisamos estar dispostos a pegar leve nas cobranças e apreciar a beleza de nossas falhas e imperfeições; precisamos ser mais amorosos e receptivos com nós mesmos e com os outros.
Humildade: Esse sentimento reconhece que o sofrimento e as ideias de inadequação pessoal fazem parte da experiência humana em geral – algo por que todos passam, e não uma coisa que acontece somente a você.
Qual a maior barreira para a criatividade e a inovação? (...) É o medo de lançar uma ideia e ser ridicularizado e menosprezado.
As pessoas acham que só são boas se suas ideias forem boas, que suas ideias não podem parecer "estranhas" demais e que elas não podem deixar de saber algo.O problema é que as ideias inovadoras geralmente parecem loucas, e o fracasso e o aprendizado fazem parte da revolução.
Líder é alguém que assume a responsabilidade de descobrir o potencial de pessoas e situações. O termo nada tem a ver com posição, status ou quantidade de subordinados.
Quando os líderes religiosos utilizam nosso medo e a necessidade de mais certeza retirando a vulnerabilidade da espiritualidade e transformando a fé numa cartilha de “regras e consequências”, em vez de nos ensinarem a enfrentar o desconhecido e abraçar o mistério, todo o conceito de fé perde o sentido.
Não precisamos ser perfeitos, mas temos que estar atentos e comprometidos para alinhar nossos valores com nossas atitudes.
Na vida adulta, também podemos nos proteger da vulnerabilidade por meio da frieza. Não queremos que nos achem espalhafatosos, muito crédulos, preocupados ou ansiosos.
Em nosso mundo de mídias sociais é cada vez mais difícil identificar o que é uma tentativa verdadeira de contato e o que é puro exibicionismo.
Viver uma vida emocionalmente saudável tem a ver com impor limites, gastar menos tempo e energia se preocupando com pessoas sem importância e enxergar o valor de se trabalhar para ter um vínculo de maior qualidade com a família e os amigos mais próximos.