Bianca Garcia
Em meio à guerra dos homens, setenta e cinco anos é um resultado glorioso. E, no final, a gente sempre sai sem uma parte, quando, na verdade, não nos perdemos completamente.
É como se ninguém mais fosse insubstituível, é como se qualquer pessoa pudesse suprir um sentimento, é como se não houvesse qualquer sentimento.
Sua dor me chamara atenção. E mais do que nunca seus olhos falavam sobre lutas. Mas parece que falavam só pra mim.
As vidas acabaram sem novos dias.
Fui dormir sem novos dias.
Acordei, sem novos dias.
Me levantei em qualquer dia.
Dormi...
E quando acordei, não tinha outro dia.
Em meio a esta produção sedutora carioca, tem gente insegura e inquieta mostrando alguma felicidade.
É como se ninguém mais fosse insubstituível, é como se qualquer pessoa pudesse suprir um sentimento, é como se não houvesse qualquer sentimento.
"Mais uma moda pegou e aqui pelo Rio de Janeiro alguém anda espalhando que as pessoas são descartáveis e, por isso, é proibido se apaixonar. Paixão é para os fracos, os fortes mesmo aprenderam a desamar…"
O difícil mesmo da vida adulta é ver a maldade nos olhos dos outros e perceber que o individualismo está acima de tudo.
O ruim de ser forte é que ninguém imagina que você precisa de colo, que precisa falar muito mais que ouvir.
A morte parece ser a única forma de imortalizar-se. Quando ela chega todo mundo é muito bonzinho e os erros simplesmente se vão.