Baruch Spinoza
“Os homens enganam-se quando se acreditam livres; essa opinião consiste apenas em que eles estão conscientes das suas acções e ignorantes relativamente às causas pelas quais são determinadas.”
Se os homens tivessem no silêncio a mesma capacidade que têm no falar o mundo seria muito mais feliz. Paz não é a ausência de guerra; é uma virtude, um estado mental, uma disposição para a benevolência, confiança e justiça.
Se a pedra lançada tivesse consciência do seu movimento, e da sua tendência a perseverar no movimento, julgar-se-ia livre, na medida em que ignoraria o impulso que produziu o seu movimento, que determinou de uma certa maneira a sua faculdade de estar em movimento ou em repouso. Do mesmo modo, aquele que na cólera, na embriaguez ou em sonho, crê agir livremente, é porque ignora as forças que o impelem contra a sua vontade.
O homem é livre na exata medida em que tem o poder para existir e agir segundo as leis da natureza humana.
A liberdade não tira, antes põe, a necessidade de agir.
A liberdade é uma virtude, ou seja, uma perfeição: por isso, tudo quanto no homem é sinal de impotência não pode ser atribuído à sua liberdade.