Bartíria Rocha
Não cometa o erro de ver a vida com os olhos dos outros, mas principalmente não limite a sua visão sobre si mesmo à perspectiva do outro.
Veja o mundo, a vida e a você com seus próprios olhos.
Nos ensinam a buscar o amor de uma forma muitas vezes equivocada, a amar o outro mais que a nós mesmos, a buscar a felicidade no outro, e eu, hoje, por meio da minha experiência, consciente de mim, posso dizer que, eu faço a minha felicidade, escolho ser feliz e, me permito também viver os momentos tristes que se apresentam, eles me mostram que eu sinto e me ensinam tanto, mas aprendi principalmente, a me amar por inteira.
Aprendi a comemorar sozinha e, também acompanhada, quando assim me faz bem.
Sou a pessoa que abre uma garrafa de vinho e brinda sozinha, quem diria, Bart, quem diria? Reconheço em mim, uma excelente companhia.
Aprendi também que, eu preciso cuidar de mim e das minhas dores, para assim, consciente de mim, das minhas dores, dos meus limites, do meu eu completo, compartilhar da felicidade com outro alguém que também esteja disposto a caminhar pela vida ao meu lado. Pode ser que este alguém chegue, pode ser que não, mas eu estarei comigo sempre!
A vida exige coragem, sobretudo, para assumir a responsabilidade pela própria felicidade, e, reconhecer que, ela está dentro e não fora.
Eu sou como uma típica canceriana, um caranguejo, dura por fora e um poço de sensibilidade, por dentro.
Sempre tive medo de mostrar minhas fragilidades, pois o fiz muitas vezes, para as pessoas erradas e que as usaram contra mim.
Hoje, mais madura, e, após um processo intensivo com uma terapeuta maravilhosa, aprendi a lidar com isso, e, percebo o quanto sou mais forte, reconhecendo que também sou vulnerável. E sentir isso no meu coração, me traz uma leveza absurda, que eu nem sabia que era possível. Acessei uma potência dentro de mim, para a vida. Estou disponível, flexível, aberta, inteira, consciente de cada passo e de quem eu sou, e uma vez consciente disso, o outro não me afeta mais tanto quanto antes…
Aprendi a não absorver mais, calada, aquilo que me machuca, e diferente do que nos ensinam: “Ah! Deixa pra lá”, o processo de comunicação dos nossos limites é um ato de respeito, conosco e com o outro, que, recebe a oportunidade de olhar melhor para si também.
há ainda um longo caminho pela trilha do autoconhecimento, mas sigo feliz pelas minhas pequenas conquistas na busca pela conexão com a minha verdadeira essência.
e me perguntarem algo que eu não abriria mão de forma alguma, nunca mais, certamente, minha resposta seria a minha espontaneidade.
Eu sou assim, espontânea!E, durante muito tempo lutei contra isso, por imaturidade, por tentar me encaixar nas expectativas dos outros. Hoje sigo, consciente de que preciso me melhorar por mim, mas sem perder aquilo que eu tenho de mais valioso e, claro, me conectando cada vez mais comigo e com as minhas emoções, adquirindo assim, mais leveza em cada passo por esse caminho, chamado vida!
Sorriso sincero, coração saudoso, mas sabe aquela saudade que não entristece, pois vc sabe e aceita que as coisas foram e são como poderiam ser naquele momento, com a consciência e recursos que vc tinha?
Eu sigo pela vida, certa de que a cada dia me torno uma versão um pouquinho mais próxima do que quero ser, de que as dores passam e de que decidir, dói muito menos do que as consequências do medo de tomar uma decisão, eu que sempre tive coragem, não seria eu se não encarasse a vida com todas as dores e alegrias que ela me oferece.
Reencontrei a criança que habita em mim e ela me ensinou que a vida pode ser leve e divertida, e que se a “brincadeira “ não está me fazendo feliz, então eu devo pegar meus dois pés e me direcionar para outra diversão.
O sorriso nos meus lábios significa a alegria por me encontrar comigo mesma, por ter o autoconhecimento como estilo de vida, por me amar do jeitinho que eu sou e o orgulho que eu tenho de ser eu.
Sobre um dia feliz:
Uma gargalhada sincera, uma alegria gostosa. Sinal de que eu estava me divertindo muito ao lado de quem me faz bem!
Já pensei muitas vezes em me mudar, havia uma inquietação muito grande, mas mal sabia que não se tratava de insatisfação com a cidade e sim, comigo. Percebo que se tratava de falta de propósito mesmo. Não estou falando de propósito por modismos, quem me conhece sabe que não sigo a manada, estou falando de autoconhecimento e de ir em busca da realização dos meus sonhos. Eu escolhi e segui um caminho que foi necessário para sobreviver e que foi importantíssimo para chegar até aqui, mas hoje consciente de mim e dos meus sonhos, percebo que posso escolher diferente a partir daqui.
Faça o que te der vontade e estiver de acordo com os seus princípios... quanto aos outros... quem se preocupa com a vida alheia, vai sempre estar atrasado com a própria vida...
Humanos choram, se emocionam e se alguém acha que isso é sinal de fraqueza, me desculpe, mas talvez você precise rever a sua humanidade e seu conceito sobre ser forte!
Exercício diário: aceitar os nossos próprios erros, aprender com eles e, acima de tudo, ter compreensão com os erros dos outros.