Avanildo Moreira
"As coisas do alto não são compreendidas por homens naturais que até debocham delas na sua ignorância. Mas por espirituais são tratadas como pérolas do próprio Deus."
SOBRE OS ANJOS...
Sabe quando você amanhece com aquele sorrisão envolvente no rosto?
Enquanto você dormia um anjo tocou em você e derramou uma porção de alegria sobre a tua vida.
E quando você chorou por alguma decepção ou perda de um parente?
Um anjo esteve sempre ao teu lado para colher as tuas lágrimas...
Os anjos são seres que nos observam o tempo todo. Ministram sobre as nossas vidas.
Por isso, andar em retidão, praticando a justiça, chega até Deus pelos Seus mensageiros, os anjos.
Ah, ia esquecendo as lágrimas... Para onde eles as levam? São colhidas e levadas ao Pai... Que as recebe como um grande clamor.
"Nem toda revolução começa com o barulho das armas. Às vezes a soma das insatisfações silenciosas eclodem num desejo de justiça tão intenso, que mesmo o medo, motivador da inércia, parecerá insignificante e desprezível ante a imponência dos fatos. O perigoso silêncio será rompido por uma voz, talvez duas... Três ou mais...E aquele que domina sob as luzes da hipocrisia, da enganação e da roubalheira cairá mais fácil do que se pensa. E um berrante (Ironia do destino) como trombeta soará nos céus da cidade e das vilas e das roças. Um campo minado também é silencioso, mas quando explode percebe-se que o silêncio, associado à injustiça, é bomba armada, prestes a explodir.
Do céu vem a sentença para os filhos da corrupção. Em algum tempo vem. Os que passam pelo poder e nunca apreciaram o prazer de fazer o bem, não são dignos dele.
URUARÁ AINDA GEME COM AS DORES DA INJUSTIÇA E DA CORRUPÇÃO. NO AR VÊEM-SE MUITAS NUVENS E NELAS MUITAS NOTAS, NOTAS FRIAS... DEVE SER POR CAUSA DA TEMPERATURA DAS ALTURAS."
Texto publicado no site "Pensadores"
Avanildo Moreira Mateus
O CANTO DO POETA
Enquanto canta o ávido pássaro espanta
A tristeza triste de estar na inglória gaiola
Se se debate e se machuca e se esfola
Ainda ferido ensaia o cortejo e canta
O “dono” se esmera em encantos e planta
No rosto uma imagem de alegria pachola
Relembra os tempos de infância na escola
Enquanto contempla a morte e se encanta
No fundo da terrível cela inviolável e santa
Ruge ou canta ou geme ou chora e se consola
Um canto malcontente e pálido se levanta
E como em último e gélido suspiro se agiganta
Observa o rosto do insensível homem e se desola
Um sentimento terrível de que nada adianta.
Avanildo Moreira (Poesia Reflexiva)