Ariane de Moura
"Turquesa"
Senti o seu cheiro
A sua pele exalava
A sensação desequilibrada
Dos meus olhos perdidos
Sem entender , sem requeri
Te despi com os olhos
Tentei juro , tentei
Me engasguei
Prostrada , não consegui
O que ? Porque
Sobre o que
Deslocar os olhos de te
Pobre carne infundada
Em desejos todos por nada
Golpeada exposta ali
Montou uma armadilha
De mim, dentro de mim ,
Para mim.
"Toque"
Por cá dentro dos seus olhos
Façam jus a minha frenética ausência
Por lá a minha indignidade e decência
Vertentes impuras , saltitam
Gritantes, elevadas borbulham
O peso do beijo medido na balança
O acinte , indevido daquela chama
O grunhido descontente
De uma voz gemido desconcertante
Vez ou outra pelos meus ouvidos
Passam por mim
Destilam pelo suaves dedos e relevos
Alvoroço , o brilho escandaloso
Derrepente ego despido
Cheirava a folha de alecrim
"Na dor "
Na noite imperfeita
Casulo, borboleta
Nesse espaço nítido
De amor
Eu fiz de você princesa
Rainha da singela beleza
Desenfreado amor
Joguei as cartas na mesa
Fiz o caminho da tristeza
Quando de me a frieza
Arrancou suspiros de dor
Enlaces de rancor
Onde se perdeu , pétalas mortas
De um impuro amor .
"Fio de ouro"
Meu coração é feito gelo que derreteu com o calor
Agora lágrimas de sangue
Percorridas aqui
Onde foi que me perdi
Ahhh meus olhos a mercê de você
A minha alma ansiosa
Por que você sabe
Eu nunca vou esquecer
Dedilhando os dedos na tela
Você não sabe mas só hoje
A esperança tola de te ver
De ouvir você dizer
Eu amo você
Esperança burra tão tola
Quanto meu coração
Que agora dói em chamas
Eu deixei o amor entrar
" Alma gêmea"
"Em todas as linhas
Indecifráveis dos seus olhares
Em todo fervor do seu toque
Meu eu se fez solúvel
Um pedinte de amor
Escravo seu
Eu não te resisto
Como poderia
Como negar-te
Um coração que já é seu
Como fugir do desequilíbrio
Que você me causa
Como estancar o caos
Cravado na minha cabeça
Minha borboleta
Minha insanidade
Impura absoleta
Essa história tórrida
Triste ..... Imperfeita
Minha borboleta
"Quem vem lá "
Eu sou o abandono
Eu sou a negligência
De um eu te amo sem certezas
O final caótico da destreza
Tristeza , profunda e insana tristeza
Embaixo da pele havia
Uma miserável incerteza
Tristeza , destreza
Sinopse perfeita
Em tons escuros ,
Amargos esmagados
Junto as cinzas
Da mais bruta madeira
Miserável incerteza
Vem lá adiante
Passando por mim
Reluzentes diamantes
Reluzindo firmemente
Hospedeiro da tristeza
Miserável, miserável destreza...
"Cinzas"
Faz tempo , faz tanto tempo
Que a beleza não habita em mim
Tanto tempo
Que os meus olhos não reflete os seus
Nesse caos que perpétua a minha travessia
Nessa réplica imperfeita
Quem roubara de mim
Quem sos-tes tão imprudente
Em cada linha em cada brilho seu
Dois passos ate-de te
Sois perfeita para mim
Contém a petulância divina da lua
E sua relutância em ser vista como és
Minha aurora das estrelas
Minhas palavras perderam o valor
O calor, o sabor , sem te sem ar, sem respirar
Quanto desequilíbrio cabe em mim
Sua , sussurrei paras as estrelas
Sua , sua...
Êb adiv auos
Pasme , a sensação desacelerada
Continuamente obstinada
Taciturna , incoveniente
Estúpida
Que raio de palavras malucas
A minha dívida insana absurda
Não tenha pena de mim
Nem do meu sofrimento noturno
Sou eu mesma a causadora desse mau
De tempestades irrelevantes
De sol escaldante
De beijos indecentes e bocas ferventes
Miserável devaneio sem escrúpulos
Quem me livrara do eu
Maldito desequilíbrio
De sorrisos perdidos
Aqui jaz , nesse baú o eu feito de mim.
Definido, a ausência que perpétua
Improvável na consciência cativa
O lado obscuro de uma mente impura
O suspiro cansado oprimido
Desnuda impaciente, coisa alguma se sabe , nada se aproveita .
Pobre alma de memórias fatídicas
Que resulta sobretudo indiscreta
"Até o fim "
Desequilibrado amor,
Já ouvira o som do mar
Es para mim como a tormenta
Que acalma ao mesmo tempo isenta
Meros sussurros
Escondido nas palavras de um velho caderno.
O amor grita por socorro
Em uma torre escondida
Em meio aos destroços e espinhos
Quem ouvirá
Sangrarei os pés nos espinhos
Retirarei pedra por pedra
E numa cova profunda
Em meu coração
Enterrarei você
............./\.........
Adeus meu amor
"Um ponto no escuro "
Amar é , amar é
Como uma doença terminal
Com o gosto do seu doce preferido
Que destrói devagar sem que você perceba
E lá se fora o brilho , as vontades
O querer , sobraram elos quebrados
Copos e corações partidos
Não se deve
Morrer por amor e viver pelo mesmo
Constantemente incapaz
Incapaz de viver por amor
Talvez bem talvez morrer pelo mesmo
Não se pode viver por amor
Mas morrer , morrer é mais propício
Aos quebrados e partidos
Esmiuçado destinados
Miséria insana de um desamor
"Sereno de fogo "
Oi chuva
Hoje eu vi e assisti o amor da minha vinda inteira .
Ela sorria tanto que brilhava
Nem um breve silêncio
Calava nosso coração
Meus olhos se alegram ao te ver .
Tudo melhora o tempo fica bom
E o não querer ir, quer um ficar permanente
Você não sabe mas eu chore,
Não visivelmente mas a minha alma
Ao te ver de alegria se derramou
Fisicamente chegou a beirar os olhos mas engasguei com o choro .
Eu poderia explicar milhões de motivos
Para amar tanto você é nenhuma palavra descreveria .
Mas um olhar e meu sorriso sincero
Confidente a você rendido ao seu coração e beleza implacável,
Te diz, te confessa te confirma
A minha maneira torta
Não importa a onde você vá , não importa a onde você esteja
Eu amarei você pra sempre
Dedicado a você meu sorriso
Minha poesia inespressivel,
Pra você eu sou um mar de palavras gritantes , que se cala e se acalma
Com sua presença e voz
Sou o lar que abraça suas dores e alegrias sua gargalhada preferida
Meu choro de pureza é alegria .