Arcise Câmara
Seria um amor definitivo? E o amor que eu sentia seria definitivo?
Teríamos sido os dois realmente feitos um para o outro?
Só de escrever já tiro mil toneladas das costas, quando você compartilha algo, aquilo se divide, o peso de não está num bom momento é segregado pelo apoio, carinho e amizade e pela torcida de que amanhã é outro dia, que hoje não é dia de tristeza, nem de luto, nem de raiva.
Esse rapaz chegou em minha vida num momento em que qualquer pedra pareceria uma ponte, a salvação porque eu estava fragilizada precisando de alguém que me amparasse. Às vezes me pergunto se não foi ao contrário, eu precisava de alguém que necessitasse de apoio e que possibilitasse a mim mesma me auto afirmar como pessoa e como mulher, uma espécie de adoção inconsciente.
Acho que envelheci 5 anos só naquele dia, recapitulo cada noticiário daquele dia fatídico. Quando assistíamos a televisão, Dra. Ceres e eu, na Diretoria da AFEAM e achávamos que era reprise do atentado a uma das torres, eis que vejo incrédula o ataque a segunda torre. Lágrimas escorreram pelo meu rosto.
Dos quase 1 bilhão de muçulmanos espalhados pelo mundo, somente uma pequena minoria é fundamentalista e fanatizada. O restante dessa enorme população é constituída por pessoas moderadas e pacíficas, assim como católicos, evangélicos, hindus. Foi uma grande modificação de comportamentos, alteração de hábitos e deturpação da cultura. Os fundamentalismos islâmicos proíbem tudo, desde televisão livros e músicas, além da condenação de mulheres que usam calças compridas e rostos descobertos. Aquilo não podia está acontecendo de jeito nenhum, eu dizia ao meu cérebro de forma eloquente, internalizando o pensamento positivo mais forte que já tentei, fazendo esforço para que aquilo fosse sonho ou ficção.
Eu não penso em violência nem como último recurso (me policio pela prática da violência verbal, quando vejo já feri, magoei e até matei com palavras e depois uso as mesmas palavras para ressuscitar com um sinto muito ou mil desculpas). Os fanáticos não acham que estejam agindo a mando da violência, acham que estão seguindo Alá e isso é um grande perigo.
Uma guerra preconceituosa se instalou nos Estados Unidos, com o discurso das autoridades, onde se igualava os ruins de uma cultura diferenciada como pertencente a crença religiosa, não é de Deus, nada que não seja amor.
Apenas 1 homem conseguiu um exército de seguidores, soube explorar como ninguém a ignorância humana e a pobreza das pessoas, conseguiu impor medo e pavor ao mundo inteiro, fanatismo puro. Destacou-se como líder do mal. Por trás de um triste e histórico 11 de setembro existe a alimentação errônea e a lavagem cerebral de quem faz o mal se achando herói e lutador, isso para mim é o mais indigesto de todo o episódio.
Ainda bem que a 3ª Guerra Mundial não se instalou com o fato. A minha intuição diz que teremos mais uma guerra, talvez por falta de recursos naturais, talvez pela escassez da água, da árvore, da flora, Deus queria que eu esteja completamente errada, que a civilidade nos domine, que os políticos acordem, que o respeito, bem comum, comprometimento de cada um, começando por nós, nos transporte para uma nova realidade, antes que seja tarde demais.
Eu ainda estou de luto pelos inocentes, pelos orfãos, pelo pavor, assombro, terror, pelo dia que a humanidade quer esquecer mas que eu jamais esquecerei.
Às vezes tenho dúvidas de muitos termos, tudo virou virose, estresse, bipolaridade, depressão, não estou questionando laudos médicos, mas tristeza não é depressão, safadeza e hostilidade não é bipolaridade.
Toda mulher gosta de ser admirada e desejada pelo amado, isso é fato! Mas peralá homem que vira pescoço para admirar beldades alheias, homem que não respeita sua acompanhante e já tem até discurso pronto do que é belo é pra ser admirado.
Tem muito homem minando a autoestima da sua mulher, às vezes mina com esse tipo de atitude, outras tantas sendo avarento com elogios e encantamento.
É trabalho de chinês achar que depois que casou ou namorou o processo de fazer o outro feliz não precisa ser concretizado. Morreu ali, não preciso de mais nada, como se o amor por se só florescesse com o ar.
Tem gente que se sente tão seguro namorando e casando que se transforma em brutamontes e trogloditas.
Esquecemos nossos direitos garantidos pela Constituição, que a individualidade e a privacidade devem ser respeitadas. Nada de fuçar celular do amado, nada de querer relatório completo, nada de querer a informação de cada minuto respirado. Você nem ele precisam disso, isso não é amor, isso no mínimo é posse, carência e insegurança.
Seja precisa concisa, objetiva, prática, mas seja além de tudo amorosa, carinhosa, respeitosa. Trate sempre como gostaria de ser tratada.
Oi! Vamos falar de eleição? Tudo bem? Já está mais do que na hora de abrirmos os olhos para um momento muito importante da democracia brasileira, onde o voto de pretos, brancos, amarelos, pobres, ricos e medianos, baixos, magros, gordos, altos, são iguais. O peso do meu voto é o peso do seu e assim nos sentimos iguais.
Não vote nos faltosos, não vote nos fichas sujas, não vote em quem votou no novo código florestal, votando contra a preservação de rios e florestas, não vote naquele político que prometeu e não cumpriu e principalmente, não troque favores por voto, não peça gasolina, emprego, dentadura, óculos, milheiro de tijolo em prol do seu voto.
A sociedade perde, seu filho, seus parentes, a nação. Sei que as opções ficam menores, mas acredito sim em bons políticos, em pessoas dispostas a contribuir, tornar o mundo mais justo, mais humano.
Não há perfeição política, não há gestor que não erre, não seja em algum momento da sua vida pública, mal assessorado, ou tenha entraves burocráticos, mas exige que se volte aos trilhos ligeiramente, pense em longo prazo e tenha o espírito de cooperação. Bons candidatos para mim são aqueles que visam sempre o bem comum, com comprometimento, respeito, ética, coletividade e honestidade, um dos exemplos clássicos é concluir projetos e obras do antecessor. Apostar no que é bom, diminuir políticas paternalistas, valorizar a educação, fazer projetos que atendam a coletividade.
Sou a favor do voto consciente, sou a favor do exercício da cidadania que não poderia ser mais bem representado do que através do voto, sou a favor da luta diária por justiça, igualdade e fraternidade. Esse texto não tem tendências partidárias, a única tendência pregada é a não utópica crença de um mundo melhor, mais justo, mais humano, começando por mim, através do meu voto, minha moeda de ouro para transformar esse país.
É preciso deixar conquistar.
Dar e receber.
Aprender a retribuir sorrisos, olhares, flertes.
Poucas pessoas conseguem se doar sem exigir reciprocidade, sem projetar o retorno do afeto, sofrendo calada, sem cuspir no outro seu descontentamento. Eu não consigo! Ou me ama, ou me deixa!
As circunstâncias às vezes te conduz para um adeus forçado, um adeus não refletido, um adeus que o ser amado vai embora, mas a presença dele fica, fica na memória e na esperança de volta. Fica no coração com luzes de neon. O coração desaprendeu a arte da conquista, está acostumado com perdas, anda ensanguentado de frustrações.
Mas é preciso recomeçar, o mundo está sedento de amor, amor pelo outro, amor pelos animais, pela natureza, pela vida, pela cidade, pelo país, pela humanidade.
Tem gente que tem sorte de ter um lar cheio de afagos e respeito, outros têm o azar de ter um lar cheio de brigas e espancamentos, será que é sorte e azar mesmo? Não seriam escolhas? Medo do novo? Medo de recomeçar sozinha? Medo da conquista ou de se deixar conquistar?
Porque algumas crianças nascem em lar saudáveis e outras não? Porque há guerra na Síria? Porque a roubos e furtos? Porque os homens e mulheres buscam tantas belezas e plásticas num mundo tão feio de atitudes? Quem decide isso? Quem é que manda? Porque eu sozinha não consigo mudar o mundo? Por que me acomodo no "sou assim", ou empurro minha única vida com a barriga.
Tantas reflexões rondam a minha cabeça. Não gosto de respostas imediatas, rápidas, só para ter o que responder. Tenho medo de dizer e depois ter que desdizer. Quase sempre faço isso por conta do meu lado impulsivo e ansioso.
Amo poetas, curto poesias, tem alguns escritos de Carlos Drummond decorados, ele me conquista, suas ideias são atuais, ele prega amor e toda essência desse amor. Sejamos amor, belas luzes no mundo de alguém.
A vida é sistêmica, não adianta ver a vida de forma setorial.
Aquele desperdício de água atrapalha o planeta.
Pontos de vistas não são certos e errados, errado é ser desumano, é ser egoísta, é ser insensível a qualquer causa.
Queremos que o outro seja a satisfação de nossos projetos. Somo intolerantes com seus erros, suas manias, seus pontos de vista, queremos paixões avassaladoras, desejos saciados.
Estamos sempre com sentimentos á flor da pele, raiva contida ou explodida.
Estamos sempre recomeçando com novos amores.
Antes eu sem a "infinita" sabedoria achava que bastava o amor para que a relação ficasse segura e eternizasse, hoje penso completamente diferente, acho que pessoas que pensam parecidas tem muito mais chance de dar certo, e pessoas que pensam diferentes devem respeitar a opinião do parceiro e manter o diálogo a mais.
Gosto de compreender o amor como um jogo de ganha ganha, onde o respeito é sagrado, onde o amado é único, existindo fidelidade. O casal dispostos as aventuras que levam ao crescimento de cada um individualmente.
Ambos precisam estar comprometidos, com as exigências mínimas para que a relação dê certo. Ambos tiveram a liberdade da escolha, ninguém os obrigou a assumir tais compromissos.
Ontem fui à missa na São Sebastião e sempre que vou lá, cumprimento com olhar de cumplicidade e poucas palavras de bom dia, boa, tarde, boa noite, como vai, meu quase irmão a quem admiro e acompanho sua evolução. Quando eu era pequena o papai encasquetou que queria adotar um menino de rua, esses que cheiram cola e fazem pequenos furtos, a mamãe desaprovou de primeira, disse que ele tinham 2 menina
s e que era perigoso porque ele era vivido, disse também que o adolescente era difícil de convivência porque já estava com a maldita personalidade formada. Nós os filhos não opinamos. Então o papai com seu jeito teimoso de não-desisto-nunca começou a levar o Francisco lá pra casa, ele tomava café com a gente todas as manhãs, almoçava, lanchava. Muitas vezes não ia porque preferia o vício de cheirar cola e assim passamos a conviver com o Francisco. O papai foi um verdadeiro detetive, descobriu que o garoto tinha família, tinha um comportamento ruim e os pais deram um ultimato, se era para ser marginal que saísse de casa e essa foi a escolha de Francisco, um jovem que queria vida fácil, desregrada, vivendo de favores, pena e furto. Depois que o Francisco finalmente conquistou a minha mãe, o meu pai todo feliz foi perguntar do Francisco se ele queria fazer parte da nossa família e a resposta foi: Não Tio, eu não me adapto com disciplina, obrigado por tudo. Começou naquele dia, mesmo que o Francisco não soubesse, uma adoção a distância, o papai não servia como pai, mas servia com amigo, como conselheiro, como mesadeiro, como alguém que acreditava no valor e nas mudanças de um jovem infrator. O Francisco tomou jeito, casou, tem filho, trabalha na redondeza onde morou a vida inteira, largo de São Sebastião, seu trabalho digno é guardador/lavador de carro, usa roupas limpas, é o mais bonito e o mais educado guardador e lavador de carro do pedaço, um bom pai, um ótimo esposo, mora de aluguel e tem responsabilidades de pagar água, luz e comprar comida. Quando eu vejo o Francisco todo lindo, todo trabalhador, eu tenho certeza que o papai faz parte dessa conquista porque ele acreditou e valorizou o Francisco como ninguém. E o Francisco sempre reconheceu isso. Um certo dia, mamãe e eu levávamos nossas joias pra missa e um amigo do Francisco olhou para nós com aquele olhar: vou-te-furtar e o Francisco disse: Não mexe com elas, até aí tudo bem, éramos protegidas, mas finalizou: nem com mais ninguém. Chorona e emocionada pela atitude e mudança do Francisco eu nutro um sentimento gostoso de irmandade.
Eu sempre tive pessoas que acreditaram e acreditam em mim e eu vou citar 4 pessoas em pé de igualdade: Aldenora, irineu, Ceres e Mariangela, essa pessoas me tornam confiante, bonita, capaz, essas pessoas acreditam que esse broto aqui é capaz de desabrochar.
Estamos inaptos a vínculos duradouros
Queremos que o outro seja a satisfação de nossos projetos. Somos intolerantes com seus erros, suas manias, seus pontos de vista, queremos paixões avassaladoras, desejos saciados. Estamos sempre com sentimentos à flor da pele, com raiva contida ou explodida. Estamos sempre recomeçando com novos amores.
Antes eu sem a "infinita" sabedoria achava que bastava o amor para que a relação ficasse segura e eternizasse, hoje penso completamente diferente, acho que pessoas que pensam parecidas tem muito mais chance de dar certo, e pessoas que pensam diferentes devem respeitar a opinião do parceiro e manter o diálogo a mais.
Gosto de compreender o amor como um jogo de ganha ganha, onde o respeito é sagrado, onde o amado é único, existindo fidelidade. O casal dispostos as aventuras que levam ao crescimento de cada um individualmente. Ambos precisam estar comprometidos, com as exigências mínimas para que a relação dê certo. Ambos tiveram a liberdade da escolha, ninguém os obrigou a assumir tais compromissos, então vamos amar de verdade, com vontade, garra e luta, porque a amar as imperfeições do outro é dureza.
Na internet pode tudo?
Não, não pode, para tudo nessa vida deve ser usado o bom senso, você não pode usar a internet para denegrir, magoar, humilhar, ferir, maltratar. Você não pode se esconder atrás de um nick (entreguei minha idade) para vomitar meias verdades que muitas vezes são apenas a sua verdade. Eu morro de rir de algumas coisas, sim eu me emociono com a internet, internalizo problemas alheios, torço, choro, vibro. Mas se tem uma coisa que eu morro de rir é de gente que acha que pode me matar via web, pessoas que pensam que seus venenos ultrapassam a tela do computador e como num passe de mágica, entra na minha veia. Eu simplesmente morro de rir, não que eu não leve a sério o que me escrevem, levo sim, penso, reflito, mas a gente sempre sabe quando não é para ajudar, a gente sempre sente a maldade florescendo da rede, a gente percebe o poder maligno de algumas pessoas. Se eu sentir que o seu super conselho é camuflado de ironias e péssimas intenções eu vou apenas rir.
Encontros e Desencontros
Na vida, na arte, nas telas, nos contos, na ficção ou na realidade a vida está repleta de encontros e desencontros.
Amores verdadeiros ou sentimentos projetados? Amores sinceros ou conveniência inconsciente? Silêncio e solidão ou palavras e multidão?
Chorar o tempo certo e partir ou chorar a vida toda sem desistir?
Compreender que o outro não nutre o mesmo sentimento por mim ou ir em busca de alguém que me ame de forma igualitária?
Convenço-me que não é obsessão lutar por um amor respeitoso, feliz, recíproco, leal, fiel, generoso.
Ter alguém com quem dividir o cobertor, as lutas, as dúvidas, as dívidas, os anseios, os projetos, os sonhos.
Será que amar sem medidas é amar por primeiro?
Será que amar por primeiro é amar verdadeiramente?
Será que amar sem lágrimas é amar?
Será que já amei na vida além dos meus pais, irmãos, sobrinhos, amigos e meu próprio umbigo?
Amar não é competir, destruir, possuir, desprezar, tolher.
Amores, invasivos, dominadores, atrapalhados, interesseiros, que visam apenas o prazer, a dedicação que podemos proporcionar, esses amores nascem mortos, foram cultivados em desertos, na seca, sem chuva, sem vento, sem calor. Nem chegam a ser amor.
É preciso tomar conta do coração, deixar guiar, deixar sentir, deixar viver.
As pessoas importantes não são as bondosas, caridosas, honestas, justas, define-se quem tem mais ou menos importância pelo dinheiro, pela beleza, pelo poder.
O dinheiro e o poder até se palpam, mas e a beleza, quem definiu o que é belo e o que é menos belo?
O mundo anda com vontade de ser perfeito tipo assim, eu sou perfeita, tenho um namorado perfeito e vivo num mundo perfeito.
Fala-se o que deve e não o que sente. Fala-se o politicamente correto, o que se quer ouvir, o que não se sente.
Temos preguiça em nos conhecer, em reconhecer nossas fragilidades, nos admitimos como bons e íntegros, nos admitimos muitas vezes como melhores que os outros, aparentamos o que agradamos. Temos medo de nos conhecer em profundidade, temos medo de reconhecer que no fundo, lá no fundinho queremos que o outro se ferre, desejamos o mal, desejamos coisas ruins, que ele sofra tudo o que eu sofri multiplicado por 2. Falta iluminar nós mesmos.
Não é ruim ter pensamentos mesquinhos, menos nobres, egoístas e menos inteligente, eles servem para refletirmos e nos conhecermos, o ruim é tornar praticável esses pensamentos.
Vale a pena pedir desculpas, se essas forem sinceras.
O mundo tá doido
É dolorido se descobrir um bichinho ruim, mas eu posso mudar o que sou, se me conheço, se não uso máscaras. Quem não sabe como é jamais se modificará.
Muitas vezes culpamos o outro, é muito mais fácil né? O outro é a causa do seu fracasso, é responsável pelas suas quedas, pelas suas derrotas, pelos insucessos. Nada disso!
A vida é um eco, o que volta para você foi de alguma maneira encaminhado ao universo.