Arcise Câmara
Esta semana eu me dei ao direito de sentir pena, senti pena de uma “amiga” que nunca fala comigo e no meu in Box me acusou de esbravejar pragas, senti pena de saber que eu não me deixo conhecer, senti pena em refletir que essa pessoa não me conhece suficiente, que meus discursos são assumidos in Box e fora Box, que essa pessoa aqui reconhece suas mazelas, seu destempero, seu horror a atitudes tão feias de outras pessoas e próprias, porém pouco fanáticas. Nem um pouquinho me incomodou suas acusações (mentira!), eu me incomodei sim, não com o que ela disse por que de consciência limpa, declaro que nunca desejei mal a ninguém, nunca praguejei ninguém, aliás, eu nem tenho pessoas para praguejar, porque sou de fácil perdão e porque me sinto amada e querida pelos que me cercam, basta uma desabafada, 3 linhas de escrita para que eu me sinta mais leve que uma pluma e acredito que quem faz isso se autopragueja, a vida e seus ecos, a colheita da vida. Mas confesso que de tudo que ela escreveu eu fiquei paralisada na parte do texto “estava no bus” e automaticamente eu pensei putz, calor, ônibus lotado, engarrafamento, sensação térmica de 50 graus, ninguém merece! Nem ela! Porque eu conheço o transporte público, eu presencio pessoas penduradas nos ônibus passando pela minha avenida todos os dias, eu já utilizei ônibus e sei que está cada dia pior, eu já corri atrás de ônibus sem que o motorista parasse para eu entrar, gastando calorias à toa. Eu desejo à ela prosperidade e amor, mas principalmente amor.
Decidi que após o almoço eu iria jogar tênis de mesa e assim eu fiz. A única mulher entre os 7 homens, colegas de trabalho, mas tinha várias variáveis para o meu péssimo desempenho: ferrugem, aprendiz, salto alto, maquiagem, vestido sem shorts por baixo, bolinha que vivia no chão, meu despreparo para jogar e a implicância de todo mundo. Ouvi piadinhas do tipo “vai ler um livro”, “tua gerente está te chamando”, “vai dormir”, “sai daqui”, “você viu alguma mulher?”. Implicavam até com a maneira que eu pegava na raquete porque eu seguro de forma diferenciada. Eu lá firme e forte, rindo da situação e adorando perder de 0, 1 e 2, aliás perder de 2 pontos era lucro para quem estava aprendendo. Quem é que nasceu sabendo alguma coisa? Hã? Quem é que não passou por críticas? Isso aí, rum! fichinha das leves. Por fim, decidimos que tinha gente suficiente para jogar de dupla e no meio de tantas risadas decidiram que para ser justo eu tinha que ser par com todo mundo, melhor pra mim, jogava mais, cada um teria que me carregar nas costas segundo conceitos pré-determinados. Foi curtição atrás de curtição. Teve um colega que jogou comigo como se eu fosse retardada e só parou quando eu empatei no 4 a 4. Mas não é que fui melhorando, não é que foi fluindo e mesmo que eu perdesse de 7 a 2 na dupla, os 2 míseros pontos foram feitos por mim. Essa é a evolução da Srta. Teimosa, muito prazer! Mas sabe o que mais gostei, foi de passar a imagem da Arcise brincalhona, bagunceira, chamadeira de palavrão, essa Arcise sem o esteriótipo de Assessora, sem o ar autoritário, metido, exigente, de alguém que cobra e pressiona, essa Arcise sem a carcaça do cargo, porque infelizmente as pessoas confundem o profissional com o pessoal, o meu jeito Bernadinho das quadras é totalmente diferente do meu jeito Arcise de ser.
A inveja é uma praga, acho que a pior praga que o ser humano pode cultivar, o invejoso ele não quer o sucesso, os bens, o dinheiro, a promoção, o que ele quer é que o outro não tenha sucesso, bens...
O invejoso tem a autoestima tão baixa que qualquer holofote em cima de terceiros minam sua energia, ele não gosta de aplausos a terceiros, reconhecimentos alheios, ele quer brilhar ofuscando a luz do outro, sobe degraus empurrando quem está em cima, às vezes quem tá em cima cai em cima dele como resposta do eco da vida.
A vida precisa ser inventada e precisamos nos munir de todas as forças para não termos esse sentimento tão mesquinho, tão pequeno.
O invejoso pensa tão em si que ele algumas vezes diz: antes ele do que eu, quando algo dá errado, ainda bem que deu errado pra ele não para mim.
Para mim sucesso, dinheiro, glamour, prazer, para ele nada, ou azar, má sorte, encrenca e tudo de ruim, quanto mais baixo o outro estiver, mas por cima eu me destaco.
Vários homens em pé eu sou apenas mais um, vários homens caídos no chão e apenas eu em pé, eu sou o vitorioso, triunfador dos exércitos.
Não entendo a diversão que possa existir em assistir uma tourada, vibrar com a selvageria diante do touro, por mais cultural que isso possa parecer, o ser humano evolui e os tempos remotos de guerras, inquisições e maus tratos como escravidão já passou. Isso não deveria apenas ser refletido entre as pessoas, mas sim relacionar o novo comportamento com os animais e o meio ambiente.
Também não compactuo com a diversão dos caçadores, muitos deles apenas como prática de matar, matar animais por esporte, por entretenimento. O que passa na cabeça de um ser humano desse? Às vezes nada, o comum virou normalidade, de tanto se bater no martelinho por décadas, não se questiona se existe fundamento ainda para certas práticas, o famoso sempre foi assim, quando nasci já era assim, meus colegas se divertem assim, esse é nosso jeito, nossa cultura, nossas raízes. Precisamos rever regras e rever exceções, precisamos transformar alguma exceções em regras, como na política, por exemplo, precisamos de jovens íntegros, honestos, moralizando o desacreditado congresso, precisamos banir culturas que diminuem a mulher, o índio, o ser humano, os animais.
Nunca um jargão caiu tão bem como este: "Para os amigos os favores da Lei. Para os inimigos os rigores da Lei". Tão antigo e tão atual.
Tenho medo de pessoas muito calmas e controladas, pessoas que engolem todo e qualquer tipo de sapo. Não preciso numerar tantos acontecimentos bárbaros vindos de onde menos esperamos. Mortes, mortes e mais mortes. Que tipo de vingança sem sentido é essa? Que tipo de obsessão é essa? A vida perde o valor. A frieza inunda certo corações. Se não pode ficar comigo, não fica com mais ninguém. Se não pode ser meu, não será de mais ninguém. Se mata por amor ou por dinheiro?
A agressividade humana retroagiu a era pré-histórica do olho por olho, dente por dente. Estamos no mundo em que não suportamos sofrimentos, nem nossos sofrimentos, tampouco alheios sofrimentos. Recorremos a antidepressivos, calmantes, terapia, análise. O mundo perde o sentido e parece que nossa alegria só é suportável para as pessoas que nos amam de verdade, eu não posso ser feliz plenamente sem que isso atinja alguém que não torce por mim. Odeio agressividade gartuita e vou explicitar: Aquela pessoa que nem fala contigo para elogiar, mas é a primeira a falar contigo para criticar, aquele serzinho que só abre a boca para magoar, os donos das verdades absolutas. A violência se espalha por n motivos, há violência até por fatores religiosos, isso é uma perda da civilidade humana. Existem emoções pouco nobres, que não há como não tê-las. Muitas vezes ficamos felizes em ver aquela pessoa que nos magoou quebrando a cara, parece a resposta do universo, temos sentimentos mínimos e ruins, mas isso é o nosso pólo negativo, também temos o nosso pólo positivo que deve sobressair no nosso eu. Devemos alimentar o nosso melhor lado sempre!
Percebo a dependência de muitas mães em cima dos filhos. Pais não são descartáveis, pais não são laranjas que você come o sumo e joga o bagaço, mas chega um momento para os filhos que eles precisam mais deles mesmos que dos pais. Eles se sentem pressionados por si mesmo a andar com as próprias pernas, a adquirir liberdade financeira, a se desprender de quem os gerou, a criar asas e voar. O amor não acaba, o carinho, o respeito, não acabam, apenas o ciclo muda seu rumo, a gente vai ao encontro do que nos espera. A gente fica livre para ser quem somos, para tombar, cair, levantar, cambalear, tropeçar e acertar. Às vezes a gente dá dois passos para frente e um pra trás. Outras vezes andamos na contramão do politicamente correto pelos pais. Os pais precisam aprender a respeitar nossas escolhas, nossas mancadas, nossos erros. Precisamos cair e levantar, precisamos fortalecer os ossos, o corpo, o espírito. Precisamos deixar de ser bichos primitivos. Não falo só de pais não, falo de amores, de cônjuge, de pessoas envolvidas de amor, mas que inconscientes cerceiam a liberdade de mim mesma.
Quanto mais nova, mas cobrada para ser bela, linda, esplendorosa. Eu me lembro que aos 60kg, totalmente dentro do peso ideal era chamada de gorda, mesmo usando roupa tamanho médio. Entrei numa neurose aos 20 anos para ser magra modelo, deixei de comer, tomei remédio proibido pelo Ministério da Saúde e tantas outras loucuras, me tornei magra, mas pouco saudável. Alguém tinha o poder sobre mim, alguém me fazia me sentir feia, gorda, fora dos padrões de beleza da época. Eu não era linda nem bela.
Por incrível que pareça eu aos 60 kg comia bem mais e melhor do que hoje aos 78kg, eu comia bastante, mastigava bem os alimentos, e o meu organismo era uma verdadeira máquina. Depois de tantas extravagâncias, eu fiquei com organismo lento, com o triplo de fome e tentando recuperar aquela fórmula mágica de comer e não engordar. Eu era linda e não sabia. Eu fui impulsionada por achismos particulares. Eu me olhava no espelho e via a imagem refletida do que os outros queriam ver e não a minha imagem verdadeira de uma magra saudável. Tenho pena das adolescentes de hoje que estão trilhando o mesmo caminho que eu trilhei, como me sinto burra por ter entrado na moda dos quase anorexos, dos jovens em busca de satisfazer o outro e não a si mesma. Hoje me sinto linda para a minha idade, me sinto bela com meus quilinhos a mais, estou tentando emagrecer, não ando satisfeita, mas não deixo de comer, incluo frutas e verduras na alimentação, mastigo cada garfada 30 vezes e ando no trilho certo desta vez.
Estamos superfelizes, alegres, de bem com a vida, curtindo a melhor companhia de todos os tempos e de repente o amor nos invade.
E parece ser recíproco, um encantamento, uma vontade louca de estar junto em cada momento, um desejo para que o tempo congele pra sempre, mil planos, mil coisas, o outro faz parte da tua existência...
E depois de certo tempo você se descuida de você, das coisas que gosta. Você não sei por que, quer agradar, não decide o filme que poderiam assistir, a decisão é sempre dele, você não escolhe restaurantes interessantes, a decisão é dele, até a cor do seu cabelo e o novo corte seu amor que decide.
Você até pede autorização para qualquer coisa que deseja fazer.
O seu coração não pulsa sozinho, não tem graça, não tem cor, o coracion só pulsa com ele.
Ele esfriou um pouco, ele anda desanimado, ele diz que você não é a mesma.
Mesmo inconsciente você jogou muita responsabilidade nos ombros do amado, você indiretamente disse, eu não vivo sem você, eu não respiro sem você, você é minha fonte, meu tesouro e meu porto, meu oxigênio.
Acontece que o que era amor, carinho, respeito, virou obrigação, gratidão, cobrança.
Eu faço tudo por você, eu me anulo por você.
Quanto mais você não andar com as próprias pernas mais vai sugar quem está ao redor. Você vai ser aquela pessoa que suga todas as energias, suga sangue.
Vale à pena ter sua individualidade, vale a pena se concentrar naquele projeto antigo, entrar numa aula de dança ou caminhar no quarteirão.
Não se esqueça de ser quem você sempre foi, foi àquela pessoa pelo qual seu amor se apaixonou.
Sempre penso assim, sempre caio de cabeça, confio, abraço a causa, sonho, planejo, amo, amo, amo, luto, mimo, mergulho no amor, presenteio, faço programas românticos, dou mimos fofos, é a esperança sobressaindo às experiências, sobressaindo às escolhas erradas ou talvez certas, talvez aquele momento era o tempo de estar com aquela pessoa para aquele aprendizado, o famoso nada é por acaso, tudo contribui para o amadurecimento, ou talvez isso seja apenas a minimização das minhas escolhas, minhas carências, meus erros, meus amores que viraram desamores.
O afeto continua, não dá para ser inimiga de alguém no qual você compartilhou grandes intimidades, mas como diz Hipócrates, nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio, pois nem nós somos os mesmos nem o rio será, é bem por aí.
A gente põe a vida na net e cito tristezas e emoções, a nossa vida fica um pouquinho exposta com aquilo que queremos comunicar e compartilho com muito orgulho a minha profissão nada muito valorizada pelos outros mas que me fez subir degraus importantes na vida profissional. Tem vários mitos e preconceitos em cima da profissão, eu por exemplo, na época de acadêmica ouvi do meu então namorado que eu estava estudando para sentar no colo do chefe.
Depois de ter me formado no antigo segundo grau passei uma temporada nos Estados Unidos, quando voltei fui prestar vestibular mesmo sem saber o que eu queria da minha vida, o que eu queria ser profissionalmente. Na verdade queria ser piloto de avião, mas era um sonho muito caro, as horas de voo e os treinamentos não estavam dentro dos meus padrões financeiros à época. Meu pais me incentivavam a cursar Direito e eu não sabia o que escolher, peguei o folhetim dos cursos e sentada ali diante da inscrição do vestibular fui ler as grades de cada curso.
O Curso de Secretariado me chamou a atenção logo de cara, a grade era ampla e tinha muitas matérias que me interessava, era um resumo de todas as profissões, eu iria estudar direito, filosofia, sociologia, psicologia, inglês, francês, primeiros socorros, português, ética, economia, estatística, política, recursos humanos e administração aos montes, Fayol e Taylor viraram amigos íntimos o que me tornou uma profissional com visão holística.
Eu apelido a Secretária Executiva como Administradora/Gestora disfarçada, porque muitas vezes me via tomando decisões, dando conselhos, mudando estratégias, dando ideias renovadoras e modernas para alcançar os objetivos da instituição. Eu estava lá ora analisando como parte da equipe, ora analisando como gestora. Não demorou muito para que essa visão macro e do todo me ajudasse profissionalmente e foi de lá pra cá que fui recebendo promoções. Trabalhei como Secretária de 1999 a 2005 e de lá para cá sou Analista de Previdência em cargo de Assessor, juntei o que sabia de forma acadêmia, agregado ao que sabia na prática somado ao estudo. Já dei palestras motivando colegas de formação. A Gerência Técnica tem uma secretária maravilhosa que me auxilia no meu trabalho do dia a dia e com muito orgulho percebo o quanto elas são meus braços e minhas pernas profissionalmente. A Raquel é meu olho a mais, meu olhar clínico, alguém que já percebeu pequenas desatenções de datas, falhas na impressão. A Raquel faz trabalhos por mim quando adoeço e preciso faltar, a Raquel é inteligente, antenada, discreta e aprende com a velocidade da luz.
Parabéns Raquel!
Feliz Dia da Secretária!
Feliz Todo Santo Dia
Eu sou obrigada parar um pouco e pensar em mim mesma.
Eu sou estimulada a deixar rolar grossas e quentes lágrimas dos olhos, embaciando minha visão, ao mesmo tempo em que soluços incontroláveis começavam a sacudir todo o meu corpo.
Muitas vezes meus nervos estão à flor da pele.
Procuro acalmar o gorila dentro de mim.
Posso ter demorado em encontrar o meu equilíbrio, mas encontrei! E esse equilíbrio é reconhecer meus limites, aceitar minhas mazelas, revidar em palavrões ou abandonar ideias que me faz sofrer.
Depois modifico tudo, recomeço de novo, mudo postura ou melhoro entendimentos.
Não sou de ferro!
É muita vulnerabilidade ficar com medo de ficar só.
Não tenha medo, não se apavore, não pule etapas, acho que o maior pavor deve ser em estar mal acompanhada, uma péssima companhia desgasta muito mais.
Sozinha você pode curtir um cinema, sozinha não tem com quem brigar, sozinha você escolhe seus pratos e filmes favoritos sem precisar chegar num acordo.
Não procure o amor, quanto mais você o procura mais ele se esconde, não se preocupe ao invés disso se ocupe.
Quando sua áurea estiver iluminada, quando você se sentir completa e realizada, quando for à hora certa e o momento oportuno, o amor surgirá.
Fique tranqüila, sem pressa, sem correria, sem o “tem que ser logo, pra já”.
Daqui a um futuro bem próximo novos ciclos irão se iniciar basta você está inteira e feliz!
No meio de toda minha tristeza fico feliz ao perceber que posso contar com verdadeiros amigos
Às vezes suponho possibilidades, e me pergunto quem realmente estaria do meu lado, segurando a minha mão num que Deus me livre câncer, ou doença mais dolorosa, fico imaginando coisa, geralmente ruins, internalizando desgraças.
Tenho amigos, poucos amigos e minha pequena família que sei que posso contar.
Minha voz prende, embarga, o coração fica apertado, palpitante. Mas nesse tormento de pensamentos tristonhos e infelizes me sinto amada pelos meus amigos mais queridos, “Os 10 Mais” como ouso chamá-los.
Tenho amigos gentis, de educação ímpar, admirável. Gosto muito de pessoas educadas, sinceras e honestas, curto esses detalhes de caráter.
Já contabilizei prejuízos imensos, alguns encaro com alegria, outros com profunda tristeza, os prejuízos ao qual me refiro são preju emocionais, às vezes basta um "foda-se" e seguir a vida, outras vezes por mais que você minta um "tudo bem não é nada" e você faça de tudo para que o cérebro engane o coração, não funciona! Já perdi muito nessa vida, já perdi por culpa minha, já perdi por culpa do outro, já perdi por culpa do universo, já perdi por culpa de ninguém porque não precisava de culpados para que eu perdesse, era assim que tinha que ser. Acho até que tenho disposição para perder mais um tiquinho, sabe quando a gente se acostuma com desgraça? Pois é! Fico no meu mundinho, esperando o coração parar de sangrar, ou se auto-costurar, ou cicatrizar por si mesmo. Tem horas que é melhor fingir que ele não existe, deixar quieto, deixar que as coisas se resolvam por si ou fingir que está tudo ótimo, aliás basta sorrir e ninguém percebe. Gosto de me afastar quando não estou bem, é uma auto-defesa assim não espalho raiva, dúvidas e tristezas e reflito sobre o que posso fazer para que o baixo vire alto astral. Sou desistidora com maior facilidade, não tenho forças para lutar por algo que não acredito, não me esforço para conseguir amor de onde só sai brutalidade, sempre acreditei no "só muda quem quer", não há ninguém com o poder de transformar o outro, principalmente quando o outro não quer, quando o outro descartou a gente faz tempo e só a gente não percebeu, percebeu a forma de tratar, o distanciamento...
Tenho tantas imperfeições, sei que incomoda o outro, mas sou uma pessoa disposta a melhorar, eu só não posso prometer perfeição, eu não posso prometer que nunca vou magoar você, mas eu posso prometer amor, respeito, fidelidade.
Eu realmente não consigo entender certas atitudes, certos comportamentos, certas decisões tomadas por impulso, mas ninguém precisa saber...
Eu sou uma facebookiana compulsiva, não consigo ligar o computador sem postar, não consigo não tirar uma fotinha bacana de festa com amigas. Parece um livro de auto-ajuda, cheia de frases melosas e perfeitas, aquelas que você precisa aprender certas lições. Eu aprendo, aprendo e aprendo. Não suporto o se gostou compartilha, se ama a sua vó compartilhe, se riu compartilhe. Eu só compartilho o que eu quiser e se quiser, gosto de compartilhar coisas que me divertem ou que me fizeram refletir. Sou espirituosa, não preciso estar linda para postar uma foto, aliás estou cheia de fotos horrendas que me desconheço totalmente.
Tem de tudo no facebook, têm moralistas, feministas, machistas, pessoas que só falam de Jesus 1 milhão, trezentos e cinquenta mil vezes, pessoas que mistura sua vida pessoal com a profissional, esposas e maridos ciumentos e uma infinidade de ausentes que se inscrevem no facebook para não sair da toca.
Mas também tem um pouquinho de mim né, senão não teria a menor graça! Tem o meu lado reclamão, tem meu lado civil, tem meu lado político, meu lado generoso, meu lado humano e o mais importante tem meus amigos, minha família e meu coração.
Eu já exerci minha cidadania. Já votei. Já desejei prefeitos e vereadores melhores para o Brasil, para meu Estado e para minha Cidade. O que espero das eleições de hoje, espero que votos não sejam comprados, que políticos fichas sujas não sejam eleitos, que as sujeiras não fiquem debaixo do tapete. As corjas do mensalão, seus "nada sei" sejam presos.
Eu desejo um país livre de pessoas que só pensam no próprio umbigo. Eu desejo honestidade, desejo que ações que pensam na coletividade sejam repensadas, que os menos favorecidos e esquecidos sejam os amparados e exaltados, que as diferenças sociais diminuam, que a cultura da partilha e não consumo se propaguem.
Eu desejo justiça social, que todos tenham uma excelente administração, que a coletividade saia ganhando numa votação histórica e coerente.
Um país melhor é o sonho de cada cidadão, o meu, o seu, o nosso sonho, nossa melhoria no transporte público, nas ruas, calçadas e vielas, nas escolas e hospitais, melhoria no esporte e no combate a violência. Melhoria de vida e bem-estar.
Somos cota-parte desta responsabilidade de eleger pessoas do bem, de ser patrões da democracia, de sermos o bem maior que todas as gerações possam recebem em forma de presente.
Sou totalmente ligada em Política. A morte da Lei de Gerson, aquela que você deve tirar vantagem em tudo e pensar apenas em benefício próprio. Por muito tempo achei o comunismo à solução dos problemas da humanidade, hoje penso diferente. O que me chateia na gestão pública de educação, saúde, infraestrutura é que não é falta de recurso, por mais que existam roubos e desvios impactuáveis o problema é má gestão, falta vontade de fazer, de melhorar, outra coisa que me revolta é que as pessoas associam política a algo tão ruim que muitos potenciais candidatos fogem de projetos que visam à política. Eu conheço um montão de amigos que dariam ótimos candidatos, eu conheço gente ética, trabalhadora, especialistas e técnicos da melhor qualidade e que visam o bem coletivo, mas porque essas pessoas não se envolvem em política?
Não venda seu voto, não troque seu voto por nada, ele é precioso, não pense em si atropelando o coletivo, não ajude a retardar a ética na política, o nosso dever não é apenas votar, o nosso dever é participar, colaborar, fiscalizar. Os buracos que quebrem o carro, os doentes que fiquem em corredores, o aluno que passe de ano sem estudar, o professor que falte sempre, a escola que continua com goteira, a comida que venceu a validade, a maca que quebrou e não foi reposta, o remédio que faltou, a luva que acabou os bueiros que entupiram com lixo jogado nas ruas, o vereador que só defende um grupo pequeno que o elegeu, os deputados sem projetos de lei. Esse ciclo vicioso que causa o disparate de recorde em arrecadação e a falta de estrutura mínima digna de sobrevivência ao cidadão.
A jaula é imaginária, mas ela existe, o outro é um coisa, um objeto, o outro é meu.
O Amo demais, tenho medo de perdê-lo e se alguém mais sedutor aparecer? E se as promessas de um futuro eterno foram vazias ou mornas? Preciso me casar com urgência, antes que meu amado escape das minhas mãos, antes que tenha outra dona. Eu o cobro, amor, atenção, o mesmo corpo de um ano atrás, o mesmo beijo ardente, as mesmas declarações, o mesmo entusiasmo, nada é igual. Ficava com medo de ficar feia, gorda, chata, rabugenta, infeliz, aliás, projetei o sucesso do nosso relacionamento. Os incômodos me atormentavam, abriam feridas, ele deixou de ser romântico e eu também. A cada nova amizade, novas comparações, a grama do vizinho era mais verde e mais aparada, outras mulheres tinham qualidades que faltava em mim.
Nunca o escravizei, ele sempre teve vida própria, não o impedia de sair com os amigos, acho até que nunca tive esse poder, se pede para ir é porque quer ir, se não quer me levar é porque quer respirar. Eu carregava meu tijolo da mágoa, me esforçava e palpitava o que para mim significava família feliz, faltava mais amizade, faltava mais envolvimento matrimonial, faltava o casamento na prática, dividir tristezas e alegrias, contas, chateações e esperanças, sem prevalência de desejos que o outro mude e se transforme naquilo que eu gostaria, sem posições de perde e ganha, sem disputas, sem competições, sem brigas. Para quê se digladiar, éramos marido e mulher. Quem ama zela, cuida, celebra, partilha, é de mãos dadas, seguindo avante sem presunção ou superioridade, sem que as diferenças nos desuna e sim nos una, que não importasse a classe social, a raça, o tipo físico, a aparência. Tinha muitas dúvidas, trocava o incerto por outro incerto, tinha medo, na verdade eu tinha pânico. Muitos dos defeito que vejo nele, vejo em mim mesma é como se eu brigasse comigo, me enxergasse ridiculamente arrogante, sem graça, egoísta, preguiçosa, agressiva.
Como me entristeço em encontrar pessoas que por nenhum motivo enxergam outras pessoas como ser inferior, não há pessoas melhores ou piores, mais ou menos, não projete as imperfeições do outro e não projete suas imperfeições no outro.
Sim! Sim! Sim! 1000x Sim!
Dizem que o amor só é concreto quando existe o perdão, mas perdoar é esquecer?
Não! Não!, Não! 1000x Não!
Depois que você se esbarra nas imperfeições do outro, depois que você conhece o seu pior lado, o lado grosseiro, mal educado, genioso, intolerante, egoísta, bagunceiro, traidor, cafajeste, ou qualquer outro defeitinho de fábrica você diz a si mesma com todos os defeitos dele ou dela eu aposto neste relacionamento, esse defeito dá para conviver, o amor faz a gente aceitar o outro como ele é, faz a gente parar de tentar em vão mudar o outro, aliás eu já aprendi que não consigo mudar ninguém. A convivência faz com que você conheça o outro sem máscaras, sem cores, sem beleza e também te faz conhecer a si mesmo com as duas faces da moeda.
A confiança nunca deve ser perdida, acho que se a confiança se perder, o relacionamento Mórreu. As pessoas são mais seguras e interessantes se confiam no parceiro, se se sentirem livres para confiar e estabelecer vínculos sem fragilidades, sem insegurança, sem posse. A insegurança nos deixa com imaginação fértil, nos faz andar em terrenos movediços, a desconfiança nos deixa "certos" sem critérios.
Vejo muitos casais numa relação 80x20, numa relação 100x0 ou 90x10, essas relações não são eficazes, porque numa relação tão desigual um é superior ao outro, um é impositor e quando eu sou maior, melhor sou intolerante, sou mandão, sou machista ou feminista, quero tudo do meu jeito no dia, na hora e no lugar, não sei ser contrariada, quebro barreiras, crio pontes, um do lado de cá e o outro do lado de lá. A falta de tolerância me faz não suportar os defeitos do outro, faço do meu sentimento a minha verdade, quero o outro do meu jeito, com zero defeitos, com 100% de qualidade.
Eu já me envolvi inúmeras vezes em desonestidades afetivas, aquela que eu fechei os olhos e me deixei conduzir, seduzir e ser guiada, sem saber muito bem o que queria da relação. Prometer amor e realizar desprezo, prometer fidelidade e realizar deslealdade não é crime nas leis brasileiras e de tantos outros países, mas é crime moral, ético. Eu perdoo muitos defeitos, mas alguns quero bem longes de mim. Aprendi que relacionamentos afetivos é reciprocidade, relacionamentos sem este ingrediente é eu usufruo de você a troco de nada.
É fácil falar da vida alheia, é fácil se colocar no lugar do outro e resolver os seus problemas, chega a ser facílimo, o contexto muda problemas e soluções, a forma como você foi criado, os obstáculos que você teve que superar, sua vivência e sua história que aposto com você que é única e jamais vivida por outro ser. Nós não só somos o presente, carregamos traumas, cicatrizes, sangues, suor, lágrimas, alegrias, alergias, rejeição, superação, obstáculos, sonhos, pesadelos, sofrimentos, vitórias. Eu não sabia administrar a solidão até me ver e sentir completamente só. A gente vai se moldando, contornando, evoluindo, vivendo, sentindo, outras tantas vezes somos como o vento que ora sopra para cá, ora sopra para lá. A prevalência do sossego causa defeitos em pessoas, eu quero que o choro do meu filho cesse e para isso eu o permito fazer o que não é correto. Tudo é aprendizado, já aprendi como filha, já aprendi como madrinha, já aprendi como comadre, já aprendi como esposa, já aprendi muito como irmã.
A morte me pegou de surpresa, somos movidos por emoção, uns administram bem outros de forma precária, sono vira fuga, comida vira fuga, excessos são fugas. Temos medo de nos conhecer, de conhecer nossas fragilidades, agimos por impulso, comemos por impulso, vivemos por impulso, não queremos abrir mão de muitos mimos, não estamos dispostos a sair da zona de conforto. Precisamos de barulho, precisamos contar tudo para todo mundo, expor a vida no face ou na net, decidimos viver sob a ótica dos aplausos alheios, curtimos altas emoções, somos teimosos com o que muitas vezes nos faz mal, não nos perdoamos no passado, mesmo que já seja um passado distante, falta maturidade, falta reconhecer escolhas erradas, amores errados. Não adianta mentir para si mesmo, não adianta ver a vida de forma complicada, paralisar no nosso comodismo, É preciso ser exigente conosco, esquecer traumas, decepções e tristezas, reconhecer que somos humanos. O outro só faz de mim o que eu permito.
O amor é uma dádiva sim! Um presente do universo, um sentimento tão bom, mais tão bom que você se sente muito feliz em ver o amado feliz. Mas amar não é fácil não, amar é cair e levantar, é morrer e renascer, é sorrir e sofrer, são risos e lágrimas e há quem diga que se não houver lágrimas não passou pela prova de fogo. Porque amar quem te ama é fácil, querer bem a quem te quer bem é mel na chupeta, mas amar e respeitar o mau-humor do outro, as injustiças do outro, os julgamentos do outro, tentar compreender ou perdoar o incompreensível, o imperdoável é difícil à bessa.
Às vezes você tem que acelerar, outras tantas você tem que recuar, andar a passos lentos, ou acertar os passos, o lado a lado é imprescindível nesta linda aventura.
Não é fácil! Nunca foi! E nem será! Sabe por quê? Temos ego, vontades, desejos, temos uma imagem certinha de como deve ser, temos fórmulas e receitas de trufas, temos o disparate de achar que o outro deve agir como nós agiríamos porque amar é do nosso jeito e com nosso estilo.
Eu me desfaleço com palavrões e falta de respeito... Com o chefe, com o superior, com “autoridade”, nós nos tolhemos, moldamos, respeitamos forçosamente ou não, mas com os “íntimos” somos carrascos, cruéis, porque para nós o amor é porto-seguro e não passa pela nossa cabeça que o outro possa preferir não nos amar mais, que o outro possa não querer mais nossa companhia.
A maior premiação do amor é ser amada, não como obrigatoriedade de eu te amo e você me ama, eu faço tudo por você e você faz tudo por mim, sem cobranças, sem promessas e na espontaneidade de que eu amo pelo prazer de amar, pelo prazer em ver as pessoas que eu amo felizes.
Nadei, nadei e morri na praia, deixei de assistir a novela Avenida Brasil na reta final. Nunca fui de achar que televisão e novela alienam pessoas, muito menos que pessoas intelectuais não assistem novelas, conheço um monte de gente que nega, que arrota que não ver e depois, baixinho, pergunta e aí você assistiu? Sou madura suficiente para minhas escolhas e escolhi por não assistir Big Brother ou a Fazenda porque somos incompatíveis, meus pontos de vistas quer eles certos ou errados não se entrosam e a culpa disso tudo é mais dos patrocinadores que apostam num mau programa sob a minha ótica que do sonho de muitos em ser milionários, aliás, nunca fui nem nunca serei "vaquinha de presépio", existem pessoas e pessoas e alienação por alienação existem fanatismos religiosos, fanatismos políticos e fanatismos pragmáticos de qualquer espécie, mas o que me irrita é a falta de criatividade que cada autor de novela busca ao imitar a febre de quem matou Odete Roitman e isso me cansou!