Apólyti

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Faltam motivos
Faltam razões para eu te amar
De tantas atenções
O que eu teria a lhe ofertar?

Veja meus olhos
Assim como eu vejo os seus
Com um pouco de magia
E contentamento

E assim que se ausentar
Deixe seus bons momentos
Para que em minhas recordações
Eu possa vasculhar

⁠Pois eu tentei a carência
Que nada adiantou
Sua postura de complicação
Outra vez retornou

Tive de recolher as cartas
Que jogada difícil
De tantos esforços
Logo o das máscaras

Agindo com indiferença
Você me revelou a tristeza
Que é a de viver
Sem ter certeza

Sem certeza de vós
Não sei o que esperar
Uma leitura tão falha
De alguém que ousa falar
Que depositar esperanças
É atitude a se condenar

Eu tentei te amar
Mesmo somente pela carne
Carne que nunca tive
Carne que somente enfeiticei
Pelo desejo do belo
Bela e doce ilusão

Me esforcei a te querer
Você se esforçou a me dizer
Que de tantas pessoas
Haveria alguma a me comover
E de possibilidade mais fáceis
Eu poderia escolher

Mal sei de nós
Somos dois seres ligados
Ao martírio do medo
De aparências
De julgamentos amargos

Talvez ainda possa
Dizer que sente minha falta
Mas até que diga
Buscarei aquela calma
Que somente a boa música causa

E de música saciarei
Aquela vontade de ouvir sua voz
De um tom tão doce
Que hoje já não me chama

Inserida por Apolyti

⁠Encanto

Foi em um sábado que a gente se conheceu
Se assim possoe dizer
Uma ocasião comum
Sem tanto a oferecer

Mas de conversa em conversa
Foi se moldando o interesse
Quem era aquela ali?
De acaso apareceu

É confuso
Não sei porque você
Não sei porque eu
Seria ironia?

De tantos caminhos
E outros trajetos
Por que esbarrar no seu?

De qualquer forma
Não é preciso tanta resposta
Foi o melhor que aconteceu.

Parecia que eu já te conhecia
Mesmo sem ter te visto
O fascínio e a lembrança dançavam juntos
Ao que parece
Nem desta vida.

Se de erros é que se aprende
Estou disposto
Vou confiar uma vez
Na serenidade brilhosa de seu rosto

Que só ilumina
Porque conversa com meus olhos
E de alegria faz sua química

No silêncio
É possível ouvir os muitos elogios
Que perante a cautela
Ainda não foram ditos

É de admiração
Que aos poucos
Vamos desdobrando nossa relação

Progredindo para conhecer
Saber um pouqiunho mais
É tanto mistério
Que a gente não sabe o que faz.

É fosco o véu que cobre o sentimento
Ainda é cedo para se entregar
Ei de chegar o momento
Que de intimidade poderei te contemplar

Te conhecer seria um prevlégio
A gente se fala tão pouco
Nem parece que estudamos no mesmo colégio

Até porque frente-a-frente
Não há tantas declarações
As palavras fogem
Nem sequer ficam os trechos de canções.

Me desculpe não ser tão destemido
É que pra mim não é natural
Nunca me preocupo com as pessoas
Elas geralmente me deixam mal.

Vou me esforçar por você
Assim espero
Ei de engradecer cada dia
A forma como te quero

Digo que anda não é amor
De minha parte seria muita pressa
Deixarei o tempo cuidar
E que seja na intensidade do seu dispor.

Você ainda precisa pensar
Ainda precisa se decidir
Quando for sua vontade
De braços abertos pode vir.

Até lá
Pode pensar com carinho
E amadurecer suas ideias
Eu sou acostumado a viver sozinho

Mas seja pra onde for
Onde quer que sua mente queira repousar
Me dê esperança
Que de mim não vai enjoar.

Assim
O mesmo vento que irá te aconselhar
Em uma calma e sublima brisa
Sem tantas anunciações
Vai te fazer retornar.

Apólyti

27/11/2021 (23:05 - 00:47)

Inserida por Apolyti

Sem dúvidas
Sem qualquer chance de ser diferente
Sem atestar nada fora disso

O que mais me nutre
Sustenta meu espírito
E a ligação com meu corpo
Se faz pela música

Queria eu que fosse diferente
O ápice da satisfação ser em outra ocasião
Em um encontro
Ou em qualquer conversa simplória

Mas é tão raro
Parece tão distante
Nem sequer há conexão a tal ponto

Meu acalanto ainda é na música
Cada mais fascinado
Surpreso com os sentimentos expressos

Se sua satisfação se faz pelos convívios
Não vou julgar
É realmente mais fácil
É mais prazeroso de se doar

Na solidão
Nos ecos na mente
Vagam os pensamentos de tortura
Que nada podem fazer
Pois a música segura

Que maravilha de se admirar
Bom se todos pudessem apreciar
O conforto da boa música
Que a marcha incessante da desordem
Por um momento faz pausar

07/12/21

22:02

Inserida por Apolyti

Sinto uma confusão
Imensa confusão
Repetina e cruel

Que me impede de pensar
De ver por outro ângulo
A face boa da moeda

Desoladora tempestade
De fatais pensamentos
De prontidão me invade

Desfigurando a vitalidade
Me retornando ao nada
Como se somente o nada existisse

Atordoa e castiga
Sem pudor
Lenta e sufocante

Me folhando este livro
Que nada tem de interessante
O livro do pior cenário
De folhas manchadas

E eu vendo atento
Cada pôr do sol
Sem beleza

Como se passos
Já não fossem o suficiente
Para chegar onde se deve

Que o destino alerte
Ao menos tente
Repercutir os desprazeres
E todas suas vertentes

Pois algo de determinado deve existir
Não há sofreres em vão
Toda má-energia
Deve de alguma forma fluir.

02/01/22

Inserida por Apolyti

⁠⁠Penumbra
Fascínio
Nada mais sei
Em qual estado habito
Latente prisão

Por vezes
Ainda penso se vivo
Como se algo anunciasse
Por que ainda pensa?

É como se eu vestisse uma veste
De cruel julgamento
Eu me aproprio
Vendo tudo sem movimento

Medíocre;
Com caminhos conhecidos
De inevitáveis obstáculos

Nem consigo manifestar
É abstrata e assombrosa
Afasta a plenitude
Sem esforço
Sem tentar

Pode ser tédio
Ou falta de objetivo
Falta de paixão
Ou alguém pra dar adjetivo

Ainda não entendi
Onde vai essa viagem
Onde repousa o velejar

Ainda saio do corpo
Procurando luzes
Sem rastros
Ocultas

Desejos
Sentimentos
Que deveriam explorar
Encontrar refúgio

Apenas conflitem entre si
Com inspiração
E falta de vontade
Sem deixar oportunidade

Sem permitir
Que neste céu nu
Ainda voe alguma ave

Inserida por Apolyti

Imensa piedade
Força celestial
Que celebra o caos definido
A união desincerta que rege os homens
Eles por eles
Em sua tragedória de pudor

Infinita piedade
Senhor das escrituras
Pela insensibilidade do pobre
Da ganância daquele
Que já teve de tudo
Menos a compaixão

Louvado seja
Quem repudia o bem comum
O errado que não deiixa de ser errado
Por possuir mais credibilidade

De costume em costume bárbaro
Se lapida o troféu de ignorância
Que de tão honroso
Nunca sai do sangue das mãos
De quem profetiza a paixão
Logo a de negar a vida..

Piedade daqueles que ainda são carentes de maldade
Que não sabem odiar
Pelas boas vontades o falso-profeta age
Das brechas do coração aberto
Se adentra a força do ímpio.

Mais ainda
Piedade pelo sentimento materno
Que acolhe a perdição
E a negligência para seu ventre de amor
Mesmo que não pareça
Mesmo que não mereça.

Eis a resignação
Conceder a outrem
Logo outra vida

Majestoso seria
Se pudesse haver perspicácia
Pobres mulheres
Que não conhecem a natureza
E os desatinos;


Belas paisagens aguardam
Longe da guerra
Que de tão envolvente
Satisfaz
Sem parecer

Que de tão normal
Age na normalidade
No limite
Do orgulho.

14/03/22
21:52

Inserida por Apolyti