Apólyti
Desejos não são necessidades, são feitos imprecisos e eivados;
É a demonstração da ganância tentando suprir a fraqueza.
Desfecho vago |
Presenciaram os primórdios
Enalteceram vossos ódios
Compactuaram com a veemência
Efetuaram tamanha conivência;
Perante os esforços inalterados
Pedaços foram desordenados
E caminhos certos tornam-se indeterminados.
Desfecho vago ||
Seus dogmas tornam-se cinzas
Como toda esperança extinta;
Desmoronando sob um papel elegido branco
Negando à subordinada usar o manto
Por ser a tinta que promove sua insatisfação
Seu pranto.
Valores |||
O declínio é resultante da conformidade com sua lástima;
A menção à resiliência vem com o domínio de cada emocional;
Enaltecer sua prosperidade vem com o saber de cada lágrima.
Valores IV
Cada menção merece seu apreço, verbos diferem princípios;
Desde o princípio do pensamento, todavia puro e soberano, sendo submetido apenas ao critério do silêncio;
É esta a dádiva, o engenho da mudança de pessoas, a palavra.
Solo
Até onde vai seu ego?
Morrerás em torno de seu orgulho?
Não sei até onde durará essa inspiração de roteiro, os conceitos de honra sempre os mesmos.
O pensamento solene morreu, e ressurgiu em forma de aparência.
Enquanto vangloriarem o egoísmo não existirá flora.
O empenho para o desenvolvimento dessa condição entristece e adoece, desencanta a messe.
Valores V
Não há pessoas substituíveis, cada qual marca sua lembrança específica na mente de alguém;
A consequência é a lembrança, um ato de resistência contra o tempo, um ato de Inocência, o último esforço;
Sendo assim, a melancolia continuará sua trajetória, sendo fruto deste relógio infinito.
Basta seguir a seguinte lógica: A lembrança recorre de seu sentimento e sua devida influência no momento;
Tornando seus pensamentos e o tempo duas testemunhas, aliás, as únicas.
Eu vivo
Por que?
Não sei
Tanta discórdia existente
Tendo um porém sobretudo.
Não há
Apenas não há nada mais sublime
Tornar seu legado digno
Sua história um filme
A trajetória merecida
Apesar de tudo
Lembranças presentes de sua vida
A salvação
O amparo
Ser o calor no dia mais frio
Custar a ser o ato mais raro.
Sendo esse o valor
O apreço
A inspiração
Até para um novo começo.
A conquista é relativa;
Bendito por ter carro e maldito por poluir
Bendito por amar e maldito por tentar mudar alguém que está "fora" de seus princípios.
A moeda de dois lados
A afronta à sua convicção.
Quem se domina ruído não se conforma com o silêncio.
Não desfruta da doçura
Se consome de loucura
Havendo apenas a heresia
Apenas um leigo
Morrendo ao exceder do dia.
Mas não revolte ao pecado
Desapareça lúcido
Invés de amordaçado
Pois não há juízo
Ao contrário
Cada qual com sua parte de vigário.
Cativamos menos os rostos
Valorizamos mais a integridade
Descartamos à tese de perfeição
E neste momento tudo mudou
O fluxo alterou-se
A felicidade não teve mais vergonha
O tempo se orgulhou
De somente ele ter essa oportunidade
E deixar para acontecer
Pois não há terra fértil
Essas rosas demandam atenção
Onde apressados às deixam morrer.
_Ponte dos desejos_
Caminhou até o possível
Parou consciente
Sem carecer outro nível
Não habituado ao decadente
Mas se via sorridente
Obteve à lucidez
Atingiu a honra
Se fez cortês.
Saciava-se com pouco
Esperava menos
Sabia que não haveria
Dias mais amenos
Não planejava
Não era comparado
Existia ali
Sem ser pressionado.
O que resguardar?
O tempo cuida de tudo
Esta é a maneira de preservar
O cargo à se ocupar
Por alguém tão digno.
Pois ele não tarda
Guarda memórias
Se ocupando de tristezas
E tantas histórias.
Mas não há de se preocupar
Mais cedo ou mais tarde
Ele irá lhe retornar
Suas respostas esclarecer
E seus gritos calar.
_Relatos de indícios_
Meu passado volta à cada olhar
No ar que respiro ao andar
Talvez eu não deveria recordar-me
Pois só tornei valia à mim
Logo eu que não sei apreciar.
_Relatos de indícios_
Pessoas passaram e negaram à voltar
Em relação à isso acho justo
Nunca me fiz luar
Para em momentos genuínos
O foco se tornar
Entre outras memórias
A melhor à se lembrar.
A influência comparativa, os ratos marcados pelo ambiente.
A tendência é esta marcha constante, o caminho para a falta de autonomia.
Há tempos eu observo que nada é autêntico, não importa a transformação, ou o que pretendem criar.
Que a biologia me considere ignorante, que a psicologia me censure, mas minha opinião é esta "a marcha é constante". O indivíduo não sabe mais quem é, as combinações são limitadas, assim como a observação feita de cada um, que nada vai se ter de diferente em termos satisfatórios do tipo "sou único".
Vou colocar dois exemplos desta tese:
~A esponja tecnológica (sim, irá fazer sentido);
~ O espelho de outra face;
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*O primeiro tópico, se refere a influência da internet e a formação múltipla de conceito. Por mais que tentemos, por mais que haja um esforço envolvido, não há a relação de uma pessoa criada (perfil) da pessoa que existe, não por parte consciente. Pois, o comportamento se altera, o que se vê não é a pessoa, é só um conceito, uma troca mecânica de ângulos, de pareceres momentâneos.
E é isto que nos afeta, não se faz necessária a opinião formada, é monótono. Assim como não há a preocupação do repasse infográfico.
É por isto que existe excesso, não há como fazer o diagnóstico de personalidade de cada pessoa, nem menos da sua. Quem atua é o robô persuasivo sobre os outros, a ideia nem precisa ser validada ou existir fora dos sinais transmitidos, só precisa ser "justo" aos olhos de alguém, que por sua vez, encontra outros "justos" coniventes. Situação esta, que acaba dando espaço a uma fábrica de tópicos do que existe ou não para saciar a criação constante (conteúdo).
Criação esta, que vai confrontar tudo e todos enquanto puder, seja dando desculpas para sexualizar algo (tal pessoa não me agrada, só me atrai parte Y do corpo), seja para expor infelicidade, justiça (não se poder fazer Y gostando de W) não importa.
É racional exemplificar isto como um campo de batalha, onde todos devem guerrilhar, e se você nega a guerra, se usa uma bússola onde a norma é estar perdido, você não é ninguém.
Os critérios, por sua vez, são a base da loucura (decida logo, faça algo, comente isto).
Isso é a esponja tecnológica, a absorção de informação, que muitas vezes é conhecimento, mas que nada se pode aproveitar, não se sabe mais quem és, se desnorteia.
*O segundo tópico, é um exemplo parecido com o anterior, com a diferença que você se olha no espelho e enxerga outra pessoa.
Situação esta que pode acontecer de várias formas, como:
˙Inspiração obsecada (eu sou X pessoa, e não há nada que me diga que ira me convencer do contrário), ˙paixão "complementar" (que é muito apoiada e ideológica aliás), que trás relatos como "Você faz parte de mim, não consigo me imaginar sem sua presença na minha vida", e a última colocação, ˙a observação do que você já foi/quer ser em outra pessoa. Que explicando de forma clara é um curto filme retratado na nossa mente. Algo do tipo ver alguém entrando na faculdade e lembrar do seu sonho de arquiteto.
Vale lembrar, o espelho de outra face é a formação temporária da sua imagem sob outra pessoa.
Que pode ser entendido como:
~Falta de reconhecimento próprio/fanatismo ou pressão de ser alguém.
~Crença de reciprocidade.
Que um uma opinião pessoal, não alimenta muito tempo um relacionamento. Pois, chega um certo momento que:
Ou você se sente inferior e se relaciona com alguém "superior"para equilibrar sua balança imaginária, ou você se sente superior e sente pena de deixar a pessoa, que também pode acontecer por "isto está bom, não vou encontrar nada melhor".
~Lembrança melancólica. Que também pode ser motivacional, mas que não se aplica ao seu ser presente, algo do tipo "criança interior, adolescente sonhador, por favor não morram".
Os exemplos acima podem ser revisados através do símbolo ˙, que estão em ordem em relação aos traços.
Espero que haja um entendimento legítimo do que tentei passar no momento.
Provavelmente irei me esquecer do que escrevi, e isto vai se perder em alguma folha qualquer, mas em algum momento, dominado (ou não) por essa rebeldia ligada a "socialização digital", eu quis escrever, e fiz.
Eu estive ali
Mergulhado em loucuras escrevendo
As 2 da manhã no imenso silêncio
Procurando por uma estrela brilhante
Talvez o acaso
A lucidez por um instante
Sem ninguém a recorrer
A madrugada a me benzer
E dentre tantos pensamentos
Algumas conclusões
Tão raras.
Eu estive ali
Sim estive
Naquele quarto
Hoje não sei como está
Para aquela casanunca voltei
Somente os momentos herdei
Tão supérfluos
Tanto tempo perdido
Minha sorte é a segurança
De que aquele já se foi
Mas de minhas certezas eu não garanto
Ao lembrar ainda me espanto
De aquele já fui eu
Se foi o tempo
Se foram seus motivos
Mas mesmo assim
Mesmo você sendo esquecido
Uma imagem apagada
Tenho receio
O que já fui posso definir
Mas de minha ascenção
Tão abstrata
Mal sei de autonomia
Um dia já tive
Hoje vertem as raízes
Os malditos resquícios
Da máscara
Esculpida de minha própria carne
O retrocesso é um caminho de espinhos
E por ele preciso andar ocasionalmente
Mesmo que eu saiba as respostas
Me entrego a essa releitura
Eu aprendo do mundo
Me esforço demais
Acho melhor cerrilhar os olhos
E não olhar para trás
Pois tudo isso ainda é vivo
E se me pego pensando
Acabo voltando para lá.
Não é a primeira vez
Queria eu
Que fosse a última
Este é um dos meus notáveis erros invisíveis
Oculto pelo caráter
E pelo fato
De eu ser um depósito de questões mal-compreendidas
Ainda não encontrei a causa nobre
Ainda não achei o tal rumo a se seguir
Por vezes acabo nestes diálagos gritantes
Me censurando
Contradizendo meus valores
Tu eras a chama da resistência, lembra?
Seria um vício
Um tremendo erro
O que uma mente sozinha tem a oferecer?
Minhas doutrinas sempre estabeleceram uma tolerância
Devo levar em consideração
Estou em ascenção
Estou em ascenção
Estou em ascenção...
A verdade já foi dita
Os profetas, os sábios, os santos já diziam
A grotesca insatez humananos faz esquecer do óbivo
Passamos metade de uma vida querendo o futuro
E passamos a outra metade nos queixando do passado
O despertar da consciência
Acontece para quem está preparado
Até lá ficamos moldando nossas estátuas da ignorância
Defendendo nossas faces malignas
Estimando o conhecimento a tão pouco
Alegando que este é o máximo da evolução
Evolução
Ah!
Que palavra bela
Por que o presente é esquecido?
Mal me lembro do ano passado
A ansia de viver nos corrompe
E o comodismo assassina nossas oportunidades
Não há porque querer tempo
É querer peneirar areia
O aproveitamento dos momentos é reduzido
De tal modo que não herdamos nada
E este é o artifício genuíno
A única ''graça'' que nos vem sem pedir
Chega ser cômico
Não há porque querer tempo
Não há
A fácil manipulação da realidade
Para se tornar algo agradável
É vicioso
E esta é a tortuosa presença
Do falso anunciador da benção
O bem-aventurado futuro
Sempre com uma proposta diferente
Pega pela mão e leva consigo
E acabamos ali
Tentando segurar a porta para não entrar no necrotério
Agora fartos da esperança
Era tão ruim assim o presente?
Não era óbvio que uma armadilha no seu caminho de sempre
Poderia por ventura lhe prender?
Incerteza
Falência do pensar
O modo futuro-próspero estava ligado
E não pude notar que me rasgava entre as rosas
As mesmas que colheriam para o meu leito.
As coisas não eram tão bizarras assim
Eu tinha um controle sob as circunsntâncias
Não deixava que a a angústia me fizesse visita
O meu medo para falar a verdade
Sempre foi viver uma vida sem questionar nada
Mas de tal forma
Mesmo que feliz e santificada
Por algum motivo desaba
A conformidade
Vai além de aceitar as verdades
Mas também de se aceitar as mentiras
Que sabemos que são mentiras
Mas fazem parte de nossa peça teatral
A perdição
O porre de lágrimas que tomei
Foi por causa da comparação
Maldita comparação
Me oferecendo assim
No instante e de prontidão
Uma taça de egoísmo
Brindamos naquela magia
E naquele telão
Mostrava o quanto eu perdi
O quanto uma ação pesara
O quão grande é o peso de uma autonomia
Evento com algum propósito
Talvez um sacode da vida
De que a injustiça é rara
E para elevar-me á aquele pódio de importância
Seria necessário um pouco de fábula
Pois aquela colocação minha fraqueza impede
Já saciado pela inveja e arrependimento
Pude ver o quão mesquinho é o crítico
O apontador de defeitos
O preguiçoso analítico
As oportunidades foram as mesmas
Que trunfe o esforçado
E o blasfemador sem cor
Que se contenha com sua própria presença.
E aquele momento eu percebi
Naquele instante eu notei que mereci viver
A vida tinha me dado uma segunda chance
Depois de um dia terrível, de repressão, de angústia
Eu chegava a pé, andando desde o terminal rodiviário até a escola
Vi o ônibus da escola, já estava quase partindo para a viagem
Eu mostrei a identidade e depois entrei ali
De rápida corrida de olhos, muita gente, muitos lugares ocupados
Muita conversa, um ambiente carregado de entusiasmo
E eu ali, possesso de ódio, de vingança, corrompido totalmente por um desejo de autopiedade, já ia caminhando para o meio do ônibus, sem muito festejo
Então ouvi uma voz baixa
''Ei, você pode sentar aqui se quiser''
Hoje posso ver
Hoje analiso, como tudo estava planejado
Como todas as condições necessárias para mim estavam ali
Me sentei ao seu lado
Você estava com fones de ouvido, e com uma energia tão boa, que chegava me comover, mesmo antes de falar qualquer coisa
Me perguntou como eu estava
Ah!
Era aquilo que eu queria
Nunca quis tanto
Aquelas palavras
Como uma chave
Abriram aos poucos o meu coração penoso
E ali eu contei
Ali eu me senti como se estivesse descarregando um caminhão de emoções
As palavras carregadas de amargura, ligadas diretamente a um propósito pesosal, rolavam como pedras em uma ladeira
E aquela nuvem negra, que chovia somente pra mim os desprazeres da vida, ia se afastando
Agora havia espaço então para o sol no horizonte
A injustiça que meu olhos juravam
Não era tão justa
E aquela autopiedade ia perdendo força
E fui vendo que eu não era o centro do universo
Suas palavras doces me acompanharam durante a viagem
Você até deitou no meu colo em determiando momento
E por mais que naquele ônibus não tivesse silêncio
Por mais que as músicas do ambiente eram extramente ruins
Tudo estava belo
Me senti amado como nunca
E por mais que não fosse sua intenção
Sua presença naquele momento, me mostrou outra perspectiva da vida
Ponto de vista este que minha visão voltada a mim mesmo e limitada ao derrotismo não via
O silêncio no meu peito agora era uma realidade
Já não havia tanta obsessão
As paisagens passavam pela janela
Como filme
Eu afagava seus cabelos
E aquela harmonia, agora fazia parte de mim
Conforto e felicidade são sentimentos razos ainda para aquela situação
Só posso dizer
Que aquela viagem, mesmo sem ter tido nada de interessante no destino
Me lavou a alma
O maior aconchego que tive daqueles tempos terríveis
De tal forma, que hoje posso reconhecer que a compaixão humana salva vidas
Sou muito grato pela sua passagem em minha vida Bruna, e que em breve possamos novamente nos encontrar.
O mundo está cheio de pessoas interessantes
Chegando de um lugar
Já se preparando para ir a outro
Sem muito apego
Pois a competência e o afeto
São fatores que fascinam
E tudo que fascina
Logo tem data
Logo acaba
A doçura
Vai esfarelando perante os olhares
E quando já haver conformismo
Verás então que como uma droga
Precisa de cada vez mais
Para se ter surpresas
Tais surpresas
Vêm de segundas intenções
De ambiciosos
Que não conhecem tanto
Eu não conheço tanto
Você também não
Nada lhe pertence
Como deveria
Nada lhe entrega
O tão estimado dos poetas
Dói dizer e não sentir
Dói fazer e não construir
De tantas contemplações
Não apreciar a mim
Eu lhe disse para amar a vida
Sem medo
Eu lhe disse para viver o momento
Sem meio termo
O que incomoda
É lhe situar no berço da esperança
Com lindas palavras
E uma dose de confiança;
Sendo que minha incerteza
A passos largos se avança