Apólyti
Tantos gênios que acham que não são gênios porque alguém disse "você não é capaz";
As palavras são armas, que não deveriam ser manuseadas por qualquer um.
Somos a pior geração de todas, indivíduos que chegam ao ponto de se orgulhar de vícios, nunca antes houve tal ponto de masoquismo.
Eu particularmente acho que tudo é substituível, até mesmo o ar que respiramos será outro em determinada parte de nossa evolução, nesse pêndulo da vida tudo é instável.
Eu tenho um pensamento bem divergente da maioria também, estudar 12 anos, trabalhar até morrer, dar orgulho pra mãe, caralho isso não é pra mim, só quero mostrar a mim mesmo que sou capaz, tornar meu sofrimento inspiração.
Enquanto tudo o que tiverem a oferecer forem corpos, não haverá espaço para sentimentos verdadeiramente ditos.
Afinal, crânios em volta de matéria comovem somente os fracos.
O que seria a grande massa se não uma imensa concentração de ingênuos?
Se rotulam diferentes como inúteis já é de se imaginar a mentalidade presente em tais pessoas.
Tanto criticaram a hierarquia medieval mas continuam a exercer a mesma prática
Suas correntes não me atingem
Sua ignorância não me afeta;
Suas maldições não me extinguem
Seu chá não me desperta
Tanta gente que disse estar comigo e não está, é como se eu fosse um eco em uma sala cheia de surdos.
Constantemente presenciando tanta desgraça
Eles apenas dizem"vai lá e faça"
Como se eu fosse um animal
Que vocês escolhem pela raça.
Tudo é questão de perspectiva
A morte é resultante da vida;
As mais vazias palavras
Podem se tornar poesias.
De certa forma todos vamos morrer, sendo alguém bom ou não isso só vai mudar sua trajetória nunca seu destino, estamos condenados a tristeza e a morte.
O céu não está estrelado, e isso já muda minha noite, eu vejo as estrelas como almas, pois as que vemos já deixaram sua existência a muito tempo e o que vemos é somente seu brilho, e quando eu não às vejo parece que minha noite é vazia, me sinto na total solidão, sem uma inspiração, logo triste, situação parecida com o que sinto no meu dia-a-dia, mesmo andando na rua com dezenas de pessoas ao redor me sinto invisível, um fogo sem oxigênio.
Apenas mais um dia
O que virá? Penúria? Alegria?
Seja o que for espero que eu não sofra
Nessa cama de pregos fico preso a noite toda
Sangrando amargamente
Demonstrando que sou insuficiente
Caindo em um poço sem fundo eminente.
Olhando de minha janela vejo pessoas
Todas padronizadas caminhando igualmente
Seres controlados seguindo seus dogmas
Priorizando sempre suas próprias normas
Escondendo suas asas pois são parasitas
Que sempre vivem famintas
Se alimentando de diferenças
Se apropriando de crenças;
Por que tudo isso?
Será que esse foi o resultado da "evolução" ?
De toda maneira ainda vejo o horizonte
Um horizonte de decepção
Um mar sem vida
O remédio que não cura nenhuma ferida.
Tudo tão repetitivo
Tudo tão nocivo
Furando minha pele para ver se ainda vivo
Buscando no mapa como saio desse labirinto.
Quando digo: um dia superarei tudo
É uma falsa esperança?
Um desejo incompreendido de uma criança?
Fica difícil raciocinar
Quando no seu peito há uma lança.
Profano Tempo:
Há um inimigo meu
Um ser que nunca se cansa
Eu incompleto e ele pelo contrário, se esbanja
Você nunca serás meu amigo
Para mim um eterno conflito
De você eu nunca serei conivente
Prefiro morrer de amargura à ser seu assistente;
Pergunto-me as vezes
Por que és tão insistente?
Se de mim já arrancaste tudo
Tirou minha vida e me deixou em luto;
De você tenho o ódio mais profano
Quero que se acabe o mais breve possível
Pena que és eterno, um eterno inimigo.
Para mim já não resta nada
Você me deixou na chuva sem morada
Levou meus amigos e meus momentos
E ainda deixou as lembranças a meu tormento;
Passa devagar mas leva tudo consigo
Arranca meu coração e me fura com vidro
Não sei se darás ouvido
Mas de você guardo muito rancor
Congelou-me e nunca ofereceu calor;
Nunca vencerei você mas eu sempre tento
Para meu maior inimigo
O tempo.
O que seria o amor se não um erro estático?
Me nego a crer que algo "infinito" precise de proximidade para chegar a seu ápice, algo como imãs que só se encontram juntos.
Amar ou ser amado não está no sangue humano, nascemos pra morrer em prol de nossas loucuras, sem nada de divino.
Em meio a uma vastidão
Se encostra alguém em profunda solidão
Que aparece somente as noites
E presencia tantas mortes;
A lua é triste
Ela queria ser uma estrela
E de todas ser a mais bela
É este seu sonho a todo momento
Ser mais do que mais uma passagem do tempo.
_Juízo parte |_
O princípio é a Inocência de uma criança, o decorrer é a perca da esperança;
O exílio postulado em prefácio, ao desfecho lento em forma de estilhaço.
_Juízo parte ||_
O erro furtivo declarado na ação recorrente, a valorização do empirismo que se faz competente;
Tornando a frequência acometida em saber, forçando sua capacidade a um novo amanhecer.