Apolenário Portugal
Não se iluda, pois na essência da vida, o passado se dissipa, o futuro é incerto e o presente é fugaz. O que realmente importa são os três dias que compõem a nossa existência: o ontem, que nos ensina; o hoje, que nos molda; e o amanhã, que nos inspira.
O homem não perece pela força do destino, mas pelo peso de suas escolhas. Casar-se é aceitar, de bom grado, a corda do enforcamento.
O verdadeiro avanço só acontece quando mudamos nossas acções. Se continuarmos a repetir o passado, o amanhã será apenas uma repetição do ontem.
O verdadeiro professor é aquele que se enxerga como um eterno aprendiz, alguém que nunca conclui a jornada do saber, mas avança nela com humildade e paixão. Ele não se limita ao papel de docente; é um legítimo companheiro de seus alunos, caminhando lado a lado no processo contínuo de construção do conhecimento.
A verdadeira capacidade de amar começa no amor-próprio. Apenas quem encontra felicidade em si mesmo pode compartilhar uma felicidade genuína com o outro.
As relações matrimoniais atuais, em sua essência, não se tornaram descartáveis; descartáveis tornaram-se aqueles que, desprovidos de sensibilidade para apreciar a sacralidade do vínculo conjugal, o reduzem à fugacidade e ao despropósito, esvaziando-o de sua nobreza e de seu significado mais profundo.
O que mata um sonho não é a incerteza. O que mata um sonho são as comparações que nós fazemos com os outros.
A sabedoria não é privilégio do tempo, mas da clareza com que enxergamos a vida, e da coragem com que enfrentamos as suas adversidades
A verdadeira tragédia de um pai é perder a autoridade dentro do próprio lar, onde a obediência dos filhos migra para outros, revelando a dolorosa ruína de sua legitimidade.
Relacionamentos sem respeito e consideração tornam-se prisões; podemos manter a aparência, mas nunca a conexão verdadeira.
A prisão mais desumana não é feita de celas ou correntes, mas do silêncio forçado que sufoca a essência do ser, negando-lhe a liberdade de vestir suas ideias com palavras.
Em nome dos filhos, suportamos relações que nos destroem lentamente, acreditando ser protecção. Mas ao sucumbir nessa prisão, entregamos a eles exatamente o abismo que tanto tememos.