Antony Valentim
Muitas pessoas me perguntam: ‘se tal coisa era favorável pelo meu contrato reencarnatório somente naquele momento da vida e eu não fiz, perdi a oportunidade?’. Sim. Mas isso não deve ser visto como algo trágico. Oportunidades são perdidas todos os dias por uma imensa massa de pessoas. Sob a ótica de um contrato reencarnatório, não adianta correr atrás do tempo perdido. O que importa é se alinhar a ele e começar a fazer o que é possível desde já, aproveitando daqui por diante cada chance de fazer o que será mais auspicioso. Não importa se a pessoa descobriu sua missão de vida aos 18 ou aos 81: importa é que tão logo a descubra, comece a cumpri-la. Todos nós teremos infinitas reencarnações para tentar de novo.
Aceite a realidade de que há pessoas que simplesmente não são compatíveis amorosamente com você. Ambos podem ser bonitos, atraentes, inteligentes, bem-sucedidos, mas ainda assim podem ser incompativeis. A compatibilidade está na intangibilidade da alma, e não nos atributos e realizações.
Imagine a situação: pessoa vem ao mundo com a missão de resgatar seus valores através de um relacionamento dificil. Ela escolheu assim e o plano foi moldado assim. Aí ela procura um Tarólogo e ouve dele que aquela relação será difícil e desiste do envolvimento que pode ter levado décadas no plano espiritual para ser alinhavado. Você acha mesmo que toda aquela equipe de dezenas de espíritos coordenadores e supervisores daquela encarnação vão mesmo deixar uma única consulta de Tarot atrapalhar todos os planos? Se preciso for ‘turvar’ a visão do Tarólogo para que ele nao atrapalhe o plano, isso será feito sem nenhuma cerimônia. Portanto, não perca seu tempo, seu dinheiro e sua saúde, acreditando que 100% do que é dito em uma consulta de Tarot, vai de fato se manifestar. Entenda diferente: se manifestará o que for necessário ao seu bem, à sua libertação, e como tudo é um quebra-cabeças perfeito, as falhas servirão até para que o Tarólogo não se envaideça. Somos co-criadores sim, mas essa co-criação começou lá no plano espiritual. Não é que o destino já está travado completamente desde lá, mas os movimentos principais sim. E não será fácil evitá-los. Mesmo porque, evitando-os, os envolvidos precisarão voltar para tentar de novo.
Quando deixamos coisas tão óbvias serem desfocadas pelas promessas milagrosas de que a coisa vai dar certo, ou o contrário, sofremos. O óbvio sempre será o melhor sinalizador, pelo menos inicialmente.
Se você quer resultados excelentes, conte com recursos de excelência. Pare de se deixar convencer de que o jeito ‘gambiarra’ vai te entregar resultados excepcionais.
A maioria das pessoas que exige ‘justiça’ depois de uma lesão afetiva, clamando ao Universo que puna o outro, não se dá conta que a situação pela qual passou já é um ajuste de contas da lei. Mas claro, o algoz do presente também responderá no futuro, desta ou de outras vidas, mesmo tendo sido um instrumento da lei no presente. Afinal, tudo é questão de escolha.
Uma das facetas da imaturidade se manifesta quando achamos que podemos ‘dar um jeitinho’ nas questões existenciais da vida, pela força do braço, como se definições cabalísticas pudessem ser mudadas ao bel prazer de nossas vontades e mimos.
Todo extremismo, por si mesmo, já confere ao seu radical defensor a absoluta perda da razão. Salve o equilíbrio e o bom senso em todas as coisas.
Um problema grave para nós, surge quando esperamos que as pessoas se comportam como queremos, ou como achamos que nos comportaríamos se estivéssemos no lugar delas. O resultado desse tipo de expectativa, na maioria das vezes, é desarmonioso.
Confie sim na sua intuição. Só não a confunda com empolgação. A segunda é especialista em se travestir da primeira.
Para quem é obeso, emagrecer muito não é mesmo nada fácil. Envolve um processo de abstinência que não acontece com gentilezas e suavidades, e exige do corpo, alma e espírito, sacrifícios incomparáveis. Entretanto, nada disso deve ser pretexto para deixar para começar depois. Já que é um processo difícil, indispensável aurir forças para enfrentá-lo com firmeza e determinação, foco e disciplina.
Pessoas que se vangloriam de serem chatas, sistemáticas, difíceis e incapazes de tolerar os outros, e nisso veem vantagem, estão na verdade é plantando, dia após dia, sementes amargas de solidão. Terminarão seus dias sobre a terra precisando da ajuda de outros, e não a terão.
A vileza cultivada sem resistência ou com gosto pela sua presença, patenteia a ignorância no mais alto grau de insanidade.
Tudo na vida exige manutenção constante. A ideia de pagar para manter o ser ‘limpo para sempre’ não é apenas tosca: é sinal de uma imaturidade tal que colocará o ser diante de muitas decepções antes que possa se render à realidade da vida como ela de fato é. Se precisamos nos alimentar todos os dias para não deixar o corpo perecer, a alma também precisa de alimento constante para não se tornar enfermiça. E assim será por todos os dias de nossa existência.
Quanto mais julgarmos os outros, mas estaremos gritando para o Universo nos colocar amanhã na mesma posição que eles se encontram hoje, para provarmos que quando for conosco, damos conta de fazer diferente.
Se você está percebendo que o desgaste está se instalando, que as discussões estão se tornando mais frequentes e que a paciência do outro está acabando, e pior: se de sua parte isso também acontece, cuidado. É a hora de fazer alguma intervenção de choque enquanto a questão ainda não se tornou irreversível. Achar que deixar para resolver amanhã vai funcionar, é tolice. Eleja o que está ruim, e tome providências para mudar o cenário o quanto antes.
Se você se relaciona amorosamente com uma pessoa que só fala mal dos outros, que se incomoda com tudo que as pessoas fazem, que reclama de tudo, que não sabe se colocar no lugar de ninguém, que acha que ser grato se resume a dizer ‘obrigado’, que só procura as pessoas quando precisa delas, que mantém amizades que em nada acrescentam e descarta aquelas que fazem diferença, que julga os outros mas odeia ser julgada, que até já resvalou na queda da traição, foi perdoada mas não aparenta demonstrar gratidão pelo seu gesto nobre; então talvez - e somente talvez - você não esteja com a pessoa certa. Pessoas assim talvez precisem viver a experiencia da solidão e da superficialidade de relações vazias e amizades meramente entusiásticas por muito tempo antes de conseguirem valorizar uma presença verdadeiramente segura na própria vida.
Pessoas que têm a lição carmica representada pelo Arcano ‘Os Enamorados’ viverão relacionamentos onde terão que se adaptar, onde precisarão aprender a ceder, a não serem tão exigentes, a jamais exigir que as coisas sejam do jeito exato que querem (sempre precisarão flexibilizar) e a desenvolver a habilidade de fazerem concessões constantemente. Se com essa lição não se disporem a agir comportamentalmente dessa forma, jamais alcançarão a felicidade legítima de um casamento estável. E não há erros nessa questão. Acontece obrigatoriamente com toda e qualquer pessoa que tenha essa lição carmica em seu contrato reencarnatório.
Fique atento aos seus ciclos de vida. Eles são determinantes para indicar quais devem ser suas expectativas mais acertadas (com baixas chances de frustração) em cada período de sua existência. Ignorar isso é como se colocar numa roleta russa que coloca em risco a vida de seus sonhos.
Se você se relaciona com alguém que tem o hábito constante de falar mal de você continuadamente para outrem na sua ausência, não importa se em pequena ou larga escala, cuidado: com o tempo isso certamente vai piorar, e muito. Claro que a pessoa pode ou deve falar mal de você se você tem hábitos e comportamentos criminosos. Mas não estou aqui falando disso. Estou falando é das pequenas coisas que nunca mereceriam comentarios e a pessoa está ali, ‘descendo a lenha’ em suas manias e características. Avaliemos: se a relação está ruim a ponto de gerar reclamações, ideal é que conversem e resolvam, e não havendo possibilidade de solução, que finalizem nobremente o relacionamento. Mas sair por aí falando mal como se essa rotina fosse ajudar em alguma coisa, é leviano e obtuso. Esse é o tipo de hábito só revela alguém muito distante das mínimas condições de ter uma relação saudável. Sem contar que com esse tipo de atitude tosca, abrirá brechas espirituais que farão eventuais inimigos invisíveis se esbaldarem. Portanto, fique alerta.
A premissa básica de solidez em um relacionamento afetivo, é a cumplicidade. Quanto mais absoluta, quanto mais mútua, quanto mais incondicional (dentro dos limites da lei, claro) melhor qualidade de relacionamento será percebida pelo par. A cumplicidade é a chave das relações mais prósperas do mundo.
Não há problema se você não quer um relacionamento sério agora, e menos ainda se você ainda não encontrou alguém que te faça sentir que vale a pena. Você tem o direito inalienável da escolha de quem, quando e como, desde que o outro também assim o queira. O problema está é em idealizar pessoas perfeitas. Aí sim temos um motivo sério de preocupação, afinal, elas - as pessoas perfeitas - não existem.
A realidade que ninguém gosta de encarar: há pessoas que só terão condições de atrair um novo amor até a idade X. Isso é cabalístico. Há contratos reencarnatorios com esse tipo de limitação sim. Aí a pessoa passa a vida pulando de relação em relação sem buscar algo consistente, mas querendo algo consistente, só que esperando que surja alguém que não exija dela nenhum tipo de adaptação ou mudança. E de descarte em descarte, vai envelhecendo. Aí, quando chega aos 40, 50, 60 (cada caso é um caso) acha que ‘agora eu mereço ser feliz’ e se torna uma pessoa obssecada por um relacionamento. Como? Passou a vida plantando o efêmero, como colher agora o sólido? E aí gastam tufos de dinheiro em consultas esotéricas com o maior número de Tarólogos possível, para saber ‘o que o destino tem para minha vida afetiva’. Acredite: pode ser que não tenha mais nada, e pode ser que só aconteça se você lutar como nunca para ter, e mesmo assim que te desafie a se adaptar. ‘Ah mas assim eu não quero’. Então já temos a resposta do que vai acontecer. E essa realidade não objetiva ferir as pessoas, apenas não deve ser ignorada e encarada com maturidade. Há sim pessoas cujo tempo de construir relações é finito e se a pessoa não aproveitar as oportunidades até o ciclo Y da vida, não terá outras nesta existência, ficando o sonho do ‘amor perfeito’ só para a próxima vida. Portanto, leve em conta o alerta deste ilustre desconhecido: se você quer um amor construtivo, edificante e verdadeiramente sólido, não perca seu tempo plantando efemeridades. E se as plantar, entenda: você precisará colhê-las compulsoriamente.
Viver em um casamento só por dinheiro, ou só por causa da estrutura que se tem, sem que haja nenhum traço de amor e consideração pelo par, não é uma fatalidade: é uma escolha do que se considera prioridade.
A única coisa que realmente somos obrigados a aceitar, é que não se pode ter tudo o que se quiser, e que faz parte das contingências da vida exercitarmos a escolha do que consideramos ser nossa prioridade.