António Prates
Para que o mundo tenha mais harmonia basta que as pessoas desejem tanto a sua felicidade como desejam a infelicidade dos outros.
O fanatismo e a inteligência nunca moraram na mesma casa.
A confiança que damos a algumas pessoas é como vestir um sobretudo. Começam num afago de mão para nos apanharem o corpo todo.
Foram tantas as pessoas que me perguntaram se eu estava bem e tão poucas as que se importaram com a minha resposta.
Tenho muitos defeitos, contudo os meus defeitos não nasceram para serem louvados numa sociedade corrupta.
Em muitas ocasiões, para fazer é preciso coragem. Depois da coragem de uns aparecem todos os outros… Aparecem os que criticam, os que sugerem, e até os que se aproveitam da coragem dos primeiros.
Sem que o povo se apercebesse rebaixaram o populismo ao nível do povo e passaram a chamar a isso cultura.
Neste mundo de escravizadores, de escravos, de manipuladores, de manipulados e afins, que eu nunca receba um prémio por me ter portado bem, nem depois de pensarem que estou morto.
Não sei ao certo quantas vezes já fui usado na vida, sei que foram muitas, e o facto de ainda me tentarem usar diz-me que ainda se lembram de mim quando precisam, o que é sempre bom.
Não considero completamente humana uma família onde os irmãos não gostam dos irmãos, os filhos não gostam dos pais, e onde os pais não gostam dos seus próprios filhos.
Vivemos num tempo em que sentimos cada vez mais solidão e os loucos se sentem cada vez mais acompanhados.
De um modo geral, o mundo está a regressar aos regimes autocráticos de há cem anos atrás, salvando-se talvez Portugal, que prefere dar mais força aos animais.
Enquanto nos devoramos uns aos outros, dá-me vontade de rir sempre que oiço alguém dizer que somos seres civilizados.