Antonio Carlos V O Motta (acvomotta)
O medo, assim como uma doença, nos ensina muito. Não podem ser ignorados ou gerar reatividade, mas compreendidos e tratados na sua causa até não fazerem mais parte do aprendizado e seguirem.
Sou um dos lobos bons numa sociedade de galinhas assustadas. Claro que não as mato, só as assusto mais ainda com argumentos e fatos.
Sou muito a favor das pessoas que vêem/ouvem, refletem e questionam, mas sou arbitrariamente contra os que, desse grupo, se acham acima de alguém ou da JUSTIÇA.
Se não percebermos, por causa da tristeza, que quando uma porta se fecha outra se abre, permaneceremos de costas ao novo, olhando e lamentado o que passou.
Se não for pelas nossas mentes, com braços e pernas atuantes e voz alta, continuaremos sobre o assoalho, inertes, como a sujeira que se deposita todos os dias sendo pisada.
É melhor renascer a parar de dar valor às coisas simples por conhecer o luxo e desejá-lo unicamente, pois estaremos mortos em vida.
Tenho o compromisso diário de fazer a diferença para, pelo menos, uma pessoa desconhecida.
Faço mais por mim do que por elas, confesso.
Se olhares me intimidassem seria eu o primeiro a dizer-te, mas ao fazeres isso sobre o meu passado deixastes de escutar-me.
Prefiro o arrependimento daquilo que eu possa ter dito ou feito e me causou prejuizo do que daquilo que deixei de tentar fazer e dizer e me lançou no vácuo, num universo do "e se..."
As expectativas e os desejos nos levam a escolhas desequilibradas, caminhos nublados e a destinos questionáveis.
Sou produto de tudo que vi, ouvi, senti, pensei, falei e mais, do que refleti e questionei disso. Não retiraria nada do meu passado por receio de gerar desvios que alterariam meu aprendizado atual.
Percebendo o tempo que o tempo não tem,
o mesmo tempo que se perdeu no tempo,
se achando, de tempos em tempos também.
Alicerces frágeis devem ser implodidos, mesmo que tenhamos de perder a construção e daí refazê-la com segurança.
Pessoas são como as portas, existem as escancaradas e raras, as entreabertas, as fechadas e, por fim as piores, as trancadas.
A amizade é uma dádiva fascinante e acontece por empatia, por afinidade de algumas ideias e por isso pode ser virtual.
Nunca te vi, mas posso nutrir uma amizade profunda apenas por sinais de fumaça, cartas, telégrafos, telefones, e-mails...afinal, nós a construímos por algumas afinidades de idéias ou empatias.
Filósofos são todos aqueles que amam a sabedoria e se debruçam nas reflexões e questionamentos. Muitos nem passaram pelo círculo acadêmico, mas desfilam pensamentos que desafiam os doutos.
Deixemos os "normóticos" acinzentados andando em círculos, cabisbaixos e vamos sorridentes em linhas retas e tortuosas, colorindo.
A felicidade não reside nos inteligentes.
Independe de dinheiro, local, cultura, raça, cor ou credo, mas está ligada intimamente com o desapego, com a resiliência e com a falta de expectativas, características dos sábios.
Infelizmente o ser humano exige do outro algo que nem mesmo ele conhece a fundo ou possui para oferecer. Enfim, reclama de si.
A parcialidade é a arma de quem não tem argumento e castra a informação com a única intenção de manipular.
A vida morna, entediante, com a falta de entusiasmo e brilho nos olhos é a única morte que devemos temer.
O "E se..." é um juiz interno, feroz, implacável, direto e que martela a qualquer momento, sem cerimônias, bastando apenas uma referência com ou sem sentido, para surgir nos sentenciando.